Governo reduz em 10% imposto de importação sobre eletroeletrônicos e máquinas

O governo anunciou nesta quarta-feira (17) uma redução de 10% no imposto de importação sobre produtos de informática, telecomunicações e bens de capital (máquinas e equipamentos).

De acordo com o Ministério da Economia, a medida, que inclui celulares e computadores, vai reduzir o custo de equipamentos usados pelo setor produtivo, além de baratear itens de consumo em geral.

A decisão, tomada em reunião do Comitê-Executivo de Gestão da Camex (Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia), alcança 1.495 produtos que não dependem de negociação com os demais membros do Mercosul.

De acordo com o Ministério da Economia, a medida deve gerar uma renúncia anual de arrecadação de US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,4 bilhão).

O corte nas alíquotas começa a valer sete dias após a publicação da resolução, o que deve ser feito nesta quinta-feira (18).

Atualmente, essas taxas variam de zero a 16%. Com a redução, uma máquina que hoje paga 10% de imposto, por exemplo, passará a pagar 9%.

Um produto com imposto de 16%, como é o caso de celulares e notebooks, passará a ser cobrado com alíquota de 14,4%.

Além disso, todos os itens que possuem alíquota de 2% terão a cobrança zerada.

Também serão reduzidas as tarifas de produtos como guindastes, escavadeiras, empilhadeiras, locomotivas, contêineres e máquinas para panificação e para fabricação de cerveja.

O secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Roberto Fendt, afirmou que o governo não vai “repetir erros do passado” e não avalia conceder benefícios para setores específicos, mas sim promover uma abertura linear da economia.

“A abertura deve abordar todos os setores e deve ser gradual. Não há nenhuma razão para que haja um choque na economia. Ela deve ser lenta, segura e previsível”, disse.

Pelas projeções da pasta, a medida tem potencial para adicionar R$ 150 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ao longo de 15 anos. No mesmo período, o ministério acredita que a medida pode estimular a criação de 20 mil empregos.

José Velloso Dias Cardoso, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), afirma que faltou previsibilidade na medida. O mercado do setor pode ser afetado porque a redução de tarifa dos importados reduz a competitividade relativa de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil.

Segundo ele, o governo não comunicou o setor com antecedência, tendo apenas aventado o assunto em uma reunião com a Coalizão da Indústria (grupo que reúne representantes de vários setores) no mês passado.

Ele afirma que não reclama da abertura comercial, mas do fato de a medida ter sido direcionada ao setor em um momento em que a indústria está sob pressão de custos, com preços de insumos subindo até 35% em 12 meses (por fatores como o patamar do câmbio), e sem que as tarifas sobre esses bens tenham sido alteradas.

“Eles nos pegam em uma situação muito difícil de aumento de custo de matéria-prima. E não foi transversal, porque não mexeu [em tarifas dos] nossos insumos. A redução da alíquota sem reduzir nossos insumos é escolha de perdedores”, afirma.

Para Velloso, a decisão poderia esperar a próxima reunião do Mercosul para verificar se há disposição dos outros países do bloco para baixar a TEC (Tarifa Externa Comum) como um todo, tema em discussão. Segundo ele, empresas do setor estão com margens apertadas e operando até no vermelho.

“Não podemos repassar os custos em função da maior concorrência externa, sobretudo da China. Nossos principais concorrentes são máquinas chinesas e americanas”, afirma.

​Questionado sobre as reclamações do setor, o secretário especial de comércio exterior disse que a equipe econômica vem dialogando com empresários e que o plano de redução tarifária estava inclusive no plano de governo do presidente Jair Bolsonaro.

Fendt afirma que a redução da tarifa de importação anunciada nesta quarta é pequena e não coloca em risco a indústria nacional.

“Não posso crer que uma redução tão pequena possa ameaçar a solidez das empresas. Além disso, as recentes desvalorizações cambiais criaram um colchão de proteção para toda a atividade econômica do país”, disse.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/03/governo-reduz-em-10-imposto-de-importacao-sobre-eletroeletronicos-e-maquinas.shtml

Heineken assume compromisso de ter 50% de mulheres na liderança

O Grupo Heineken Brasil decidiu que as posições de lideranças da empresa deverão ser ocupadas pelo mesmo número de mulheres do que o de homens. Ou seja, há um objetivo de atingir 50% de mulheres nessas posições até 2026.

Os cargos são de supervisão, coordenação, gerência gerência senior, diretoria e C-Level.

Segundo a Heineken, para alcançar esse objetivo, a empresa já trabalha com o desenvolvimento das mulheres que já atuam na companhia, em todas as áreas, por meio de um mapa de sucessão e de um plano de desenvolvimento pessoal que prevê mentorias e treinamentos.

Além disso, o grupo também pretende aumentar a contratação de mulheres. A empresa tem como diretriz buscar 50% de finalistas do gênero feminino nos processos seletivos.

A empresa reconhece também que o setor cervejeiro é predominantemente masculino, e que a meta é ousada, mas que a direção mostra o compromisso do grupo com a igualdade de gênero.

A vice-presidente de Recursos Humanos do grupo, Raquel Zagui, afirma também que é preciso haver uma mudança cultural na empresa que garanta uma real igualdade de gênero. Para isso, foi formado um grupo interno de afinidade com a participação voluntária de colaboradores de todas as áreas.

Fonte: https://exame.com/carreira/heineken-assume-compromisso-de-ter-50-de-mulheres-na-lideranca/