Empresas aderem a licença PETernidade para incentivar adoções

Adotar um animal de estimação representa uma mudança na rotina do tutor e do pet. A adaptação pode levar alguns dias, e nada melhor do que ambos estarem juntos nesse momento.

Por isso, empresas têm concedido licenças a funcionários que adotarem animais.

No caso mais recente, o Grupo Heineken implementou dois dias de licença PETernidade após a adoção e anunciou descontos em plano de saúde —benefício estendido a todos os colaboradores que possuem animais de estimação.

O grupo tem em seu portfólio a marca de cerveja Lagunitas, que nasceu na Califórnia e tem a causa cachorreira como um de seus principais pilares.

Assim, terão direito ao benefício os colaboradores que adotarem pets nas instituições parceiras da companhia.

Enquanto o bichinho precisa reconhecer o ambiente e se acostumar com as pessoas, o tutor tem o desafio de ensinar as regras da casa. Além disso, deve se preocupar com a segurança e rever as condições do imóvel, como checar telas nas janelas ou a disposição de móveis ou objetos para que o pet não se machuque. ​

“Sabemos que ser adotado e mudar de lar transforma a vida de um animal, assim como é um momento de grande felicidade para as famílias. Afinal, os pets se tornam uma companhia para todos os momentos, inclusive durante o trabalho remoto”, lembra diz Raquel Zagui, vice-presidente de recursos humanos do Grupo Heineken.

“Por isso, acreditamos que a licença PETernidade tem tudo a ver com o que o estamos construindo em relação ao bem-estar dos nossos colaboradores, mas também dos pets recém-adotados que viverão uma grande mudança e estarão em fase de criar vínculo e confiança com seus tutores. Queremos que eles, colaboradores e pets, se sintam acolhidos nesse passo tão especial que é adotar um novo bichinho.”

A paixão por cães é uma das marcas da Lagunitas, que nasceu em 1993 em Petaluma. Desde que chegou ao Brasil, em setembro de 2019, também desenvolve por aqui ações de apoio à causa animal, com parcerias com ONGs. Entre as iniciativas, reverteu compras de Lagunitas em bares e estabelecimentos recém-fechados em 1 kg de ração —ao todo foram doadas mais de 2 toneladas de alimento—, substituiu seu rótulo por fotos de cães disponíveis para adoção, já realizou ensaio fotográfico com animais de abrigo e promoveu o reencontro entre cães desaparecidos e seus tutores no ano passado, com o “Onde está meu dog?”

Mas outras empresas aderiram recentemente à licença. A Doggi, franquia especializada em banho e tosa por app, também disponibilizou dois dias de folga a seus colaboradores para incentivar adoções. E vale para qualquer animal de estimação: cães, gatos, coelhos, tartarugas, hamsters.

“Queremos garantir que o animal tenha a melhor adaptação possível ao seu novo lar. Caso a adoção ocorra no final de semana, o colaborador pode pedir a folga nos dias da semana”, explica Rodolfo Calvo, fundador da empresa.

Para solicitar o benefício, o funcionário deve preencher formulário de interesse da licença e informar à sua gestão e ao setor de RH com cinco dias de antecedência.

Em março, a consultoria Great Place to Work anunciou licença de dois dias para pais de cães e gatos.

Outra preocupção cada vez maior das empresas é o bem-estar no ambiente do trabalho. E, se os pets foram importantes durante o período de confinamento e home office, também precisam de atenção e de estarem perto dos tutores na volta ao trabalho presencial.

Neste mês, a Nestlé lançou o programa Pets At Work, em que passa a permitir que os colaboradores levem pets todos os dias para o trabalho.

De acordo com a empresa, o Brasil é o primeiro mercado da Nestlé na América Latina a implementar esse projeto, que nasceu nos Estados Unidos.

Para participar, os colaboradores devem se inscrever previamente e comprovar que os pets estão com as vacinas em dia e boa saúde. Os tutores devem garantir que o pet esteja com coleira e brinquedos, além de se responsabilizarem pela alimentação do pet e higiene do local. A iniciativa é parte do movimento #MelhorJuntos, criado pela Nestlé Purina para estimular a convivência de pessoas e seus animais de estimação em ambientes fora do espaço de casa.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

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