Heineken Brasil: os desafios do novo presidente

m 2017 a Heineken resolveu entrar de vez no Brasil. Até então, a empresa holandesa ocupava timidamente o posto de terceira maior cervejaria do país. Uma posição nada confortável, ainda mais na terra da gigante Ambev, a maior do mundo. Ao comprar a Brasil Kirin, então segunda colocada na corrida pelos copos brasileiros, a Heineken passou de 2 mil para 13 mil funcionários. Ganhou novas marcas, novas fábricas e um sistema de distribuição próprio. Neste ano, uma nova mudança. A saída do francês Didier Debrosse, que ocupava o cargo de CEO na fusão, abriu espaço para a chegada de um brasileiro, o primeiro a sentar na cadeira da presidência — Mauricio Giamellaro, economista e até então vice-presidente comercial da cervejaria

O Brasil agora é assunto sério para a Heineken. Com a fusão, o país se tornou a maior operação da cervejaria holandesa em todo o mundo. A empresa acaba de investir R$ 1 bilhão para aumentar sua capacidade produtiva e trabalha para chegar em 2023 usando apenas energia renovável — o primeiro passo para isso foi construir um parque eólico no Ceará. “O Brasil é importante para a Heineken no mundo. Podemos ter momentos mais ou menos positivos no cenário macroeconômico, mas não temos pressa”, diz Mauricio. Para ele, essa calma é sinônimo de respeito, palavra repetida mais de 15 vezes em uma hora e meia de conversa com Época NEGÓCIOS. Na entrevista, Mauricio fala sobre os desafios enfrentados na fusão e os próximos passos da Heineken para ganhar o consumidor brasileiro.

Você é o primeiro presidente brasileiro da Heineken no país. O que muda com isso?
Estou há sete anos na Heineken. Nesta posição, gosto de falar que sou brasileiro, porque isso é relevante para nosso momento como empresa. Morei dez anos fora, mas sempre quis voltar para assumir a presidência de uma empresa grande. Quando decidi vir para a Heineken, esse era meu objetivo, e me preparei com a ajuda do Didier e de todas as pessoas do meu time para chegar a essa posição. O Brasil é um mercado altamente competitivo, e conhecer a cultura local tem me ajudado muito a me conectar com o consumidor, com os colaboradores e os clientes. Acho que a grande fortaleza é conexão.

Leia a entrevista na íntegra em epocanegocios.globo.com

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