Na volta ao bar, Heineken não perde a soberania

As brechas da pandemia de Covid-19 começam a aparecer com o avanço da vacinação. As medidas restritivas foram flexibilizadas. Pouco a pouco, a população começa a voltar às ruas, e estabelecimentos que ficaram fechados no período mais agudo da segunda onda, como bares e restaurantes, retomam as atividades.

O maior desafio agora é ganhar a confiança do brasileiro.

Bares e restaurantes estão abertos na maioria das cidades brasileiras. A maior parcela dos estabelecimentos está funcionando acima de 50% da capacidade de utilização. No entanto, há uma resistência do consumidor em frequentar os espaços físicos.

De acordo com um levantamento realizado pelo Bank of America envolvendo 1 mil consumidores no Brasil, 90% dos entrevistados estão saindo menos de casa em comparação ao período pré-pandemia ou não estão saindo. Para 45% dessa parcela, o principal motivo é o fato de não terem sido vacinados. Outros 43% sinalizaram medo de pegar Covid mesmo após a vacina.

Paralelamente, os aplicativos de delivery continuam ganhando participação. o Zé Delivery, da Ambev (ABEV3), está ganhando tração, tendo 42% dos consumidores já realizado pedidos na plataforma.

Na opinião do Bank of America, a aceleração da campanha de vacinação deve ajudar parcialmente na recuperação dos bares e restaurantes. A recuperação total pode ocorrer apenas quando a Covid estiver inteiramente sob controle.

Número um

Apesar do aumento da demanda por diversos tipos de bebidas alcoólicas, a cerveja ainda é a favorita dos brasileiros. Os consumidores têm provado novas marcas, como Brahma Duplo Malte, mas a Heineken continua encabeçando a lista de preferência, seguida por Budweiser e Brahma.

O Bank of America vê um bom gap entre a participação de preferência e de vendas da Heineken, o que implica um potencial de ganhos de participação no mercado.

Para Ambev, o banco manteve a recomendação de underperform. Na avaliação dos analistas, a cervejaria está fazendo um bom trabalho na linha da receita. A implementação de iniciativas inovadoras em suas operações também não passou despercebida, mas a forte pressão nos custos esperada para 2022 acabou pesando mais na tese de investimento.

Fonte: https://www.moneytimes.com.br/na-volta-ao-bar-heineken-nao-perde-a-soberania/

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