As vendas de cervejas da Ambev no Brasil devem crescer 25% no segundo trimestre deste ano, na comparação anual, estima o Credit Suisse, sustentada pela alta de 12,5% nos volumes e 11,5% nos preços. Se juntar os últimos dois anos, o crescimento nas vendas deve ficar em 21%.
A analista Marella Recchia fala que o bom momento do segmento vem com a reabertura econômica, com melhora nos indicadores de garrafas retornáveis (que são mais rentáveis) e nas vendas de marcas premium, como o Chopp Brahma. Um melhor mix de produtos e o avanço da plataforma de vendas online também contribuem.
“Notamos que a Ambev começou a gradualmente aumentar preços, ainda não divulgado, de embalagens de uso único. Também vemos que a empresa foi flexível com descontos, sugerindo poucos efeitos no trimestre”, diz o relatório.
A margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das vendas deve ser de 22%, estima Recchia, com o resultado impactado por maiores custos de produção.
As outras divisões da Ambev também devem se recuperar, com os volumes de bebidas não alcoólicas subindo 25% nas estimativas do banco, America Latina Sul, 26%, América Central e Caribe, 61,5%, enquanto Canadá deve cair 1%. Em termos consolidados, o volume da Ambev deve crescer 18,5%, somando R$ 15,6 bilhões em vendas e Ebitda de R$ 4,2 bilhões.
O Credit Suisse tem recomendação de compra para Ambev, com preço-alvo em R$ 21,50, potencial e alta de 20,78% sobre o fechamento de ontem.