Ambev avança no digital e amplia volume de vendas para patamar pré-pandemia

Enquanto o consumo de bebidas não volta para os bares e restaurantes, afetados pelas medidas de restrição para conter o avanço do coronavírus, a Ambev apostou em suas plataformas digitais e registrou aumento de 11,6% no volume de vendas do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O total chegou a R$ 43,530 bilhões.

“Apesar da pressão de custos, voltamos a patamares pré-pandemia de volume no trimestre e devemos terminar o ano no patamar de 2019”, disse o diretor Financeiro da companhia, Lucas Lira, ao Estadão/Broadcast.

O grupo fortaleceu seus canais digitais, como o Zé Delivery e a plataforma BEES, voltada para empresas. O delivery de bebidas da Ambev atingiu 14 milhões de pedidos no primeiro trimestre.

“Continuaremos concentrados na expansão da plataforma”, informou a empresa em seu relatório trimestral, divulgado na quinta-feira, 6. Com o aumento do consumo de cerveja em casa, aliás, a Ambev testa no Brasil uma assinatura de cervejas, por meio do aplicativo.

Na venda para bares e restaurantes, a companhia já atingiu 65% de sua base de clientes comprando através da plataforma digital BEES. “Desde o início de sua implementação no ano passado, já atingimos 100% de nossos centros de distribuição operando no novo modelo”, pontuou a companhia.

Em março, a fabricante anunciou a combinação de esforços da Menu.com com o BEES para impulsionar o desenvolvimento de novos recursos e acelerar a expansão da plataforma.

Lira explica que a plataforma não exclui os representantes de vendas da companhia e que eles passam a atuar como um consultor para os clientes, mas que a operação das vendas fica no BEES. “A plataforma foi importante para entregar boa performance comercial”, afirmou o CEO do grupo, Jean Jereissati, em teleconferência com investidores. Segundo ele, a tecnologia ajudou a companhia a formatar estratégias promocionais também mais acertadas.

Impacto do dólar

A Ambev registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 125% ante o mesmo período de 2020. A receita líquida da empresa totalizou R$ 16,639 bilhões nos meses de janeiro a março, incremento de 32% na mesma base de comparação.

Jereissati explicou que a companhia escolheu focar em recuperar volumes em vez de margens. Segundo ele, boa parte do impacto se dá por custos da empresa indexados ao dólar.

Lira conta que a companhia opera com um câmbio médio de R$ 5,29 para 2021, o que dá previsibilidade para a operação. Algumas commodities também já tiveram preços fechados no ano passado. A maior incerteza está nos custos de commodities para as quais não é possível fazer contratos adiantados e para os contratos que são fechados agora, mas têm efeito só no próximo ano.

Além disso, como em 2020 a companhia não teve altos pagamentos de bônus, essa remuneração variável pressiona agora as despesas da empresa. O aumento de receita, porém, ajuda a equalizar a conta. “Despesas são pressionadas por bônus, mas alta da receita ajuda a compensar”, disse Lira aos investidores.

Destaques

Os analistas de mercado consideraram os resultados da companhia sólidos no trimestre e destacaram o aumento de 16% no volume de cervejas no Brasil. “Mais uma vez vimos uma estratégia comercial bem-sucedida em Brasil Cerveja, com um aumento de preços mais fortes do que esperávamos em cima de uma base de volume sólida, que cresceu 16% na comparação anual, pouco abaixo da nossa projeção de 18% de crescimento anual, apesar do cancelamento do carnaval e da redução do auxílio emergencial”, apontaram os analistas da XP Leonardo Alencar e Larissa Pérez.

“Acreditamos que a inovação no portfólio e a estratégia digital estão dando cada vez mais frutos, impulsionando o desempenho da empresa”, acrescentaram.

Ambev avança no digital e amplia volume de vendas para patamar pré-pandemia

Enquanto o consumo de bebidas não volta para os bares e restaurantes, afetados pelas medidas de restrição para conter o avanço do coronavírus, a Ambev apostou em suas plataformas digitais e registrou aumento de 11,6% no volume de vendas do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O total chegou a R$ 43,530 bilhões

“Apesar da pressão de custos, voltamos a patamares pré-pandemia de volume no trimestre e devemos terminar o ano no patamar de 2019”, disse o diretor Financeiro da companhia, Lucas Lira, ao Estadão/Broadcast.

O grupo fortaleceu seus canais digitais, como o Zé Delivery e a plataforma BEES, voltada para empresas. O delivery de bebidas da Ambev atingiu 14 milhões de pedidos no primeiro trimestre.

“Continuaremos concentrados na expansão da plataforma”, informou a empresa em seu relatório trimestral, divulgado na quinta-feira, 6. Com o aumento do consumo de cerveja em casa, aliás, a Ambev testa no Brasil uma assinatura de cervejas, por meio do aplicativo.

Na venda para bares e restaurantes, a companhia já atingiu 65% de sua base de clientes comprando através da plataforma digital BEES. “Desde o início de sua implementação no ano passado, já atingimos 100% de nossos centros de distribuição operando no novo modelo”, pontuou a companhia.

Em março, a fabricante anunciou a combinação de esforços da Menu.com com o BEES para impulsionar o desenvolvimento de novos recursos e acelerar a expansão da plataforma.

Lira explica que a plataforma não exclui os representantes de vendas da companhia e que eles passam a atuar como um consultor para os clientes, mas que a operação das vendas fica no BEES. “A plataforma foi importante para entregar boa performance comercial”, afirmou o CEO do grupo, Jean Jereissati, em teleconferência com investidores. Segundo ele, a tecnologia ajudou a companhia a formatar estratégias promocionais também mais acertadas.

Impacto do dólar

A Ambev registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 125% ante o mesmo período de 2020. A receita líquida da empresa totalizou R$ 16,639 bilhões nos meses de janeiro a março, incremento de 32% na mesma base de comparação.

Jereissati explicou que a companhia escolheu focar em recuperar volumes em vez de margens. Segundo ele, boa parte do impacto se dá por custos da empresa indexados ao dólar.

Lira conta que a companhia opera com um câmbio médio de R$ 5,29 para 2021, o que dá previsibilidade para a operação. Algumas commodities também já tiveram preços fechados no ano passado. A maior incerteza está nos custos de commodities para as quais não é possível fazer contratos adiantados e para os contratos que são fechados agora, mas têm efeito só no próximo ano.

Além disso, como em 2020 a companhia não teve altos pagamentos de bônus, essa remuneração variável pressiona agora as despesas da empresa. O aumento de receita, porém, ajuda a equalizar a conta. “Despesas são pressionadas por bônus, mas alta da receita ajuda a compensar”, disse Lira aos investidores.

Destaques

Os analistas de mercado consideraram os resultados da companhia sólidos no trimestre e destacaram o aumento de 16% no volume de cervejas no Brasil. “Mais uma vez vimos uma estratégia comercial bem-sucedida em Brasil Cerveja, com um aumento de preços mais fortes do que esperávamos em cima de uma base de volume sólida, que cresceu 16% na comparação anual, pouco abaixo da nossa projeção de 18% de crescimento anual, apesar do cancelamento do carnaval e da redução do auxílio emergencial”, apontaram os analistas da XP Leonardo Alencar e Larissa Pérez.

“Acreditamos que a inovação no portfólio e a estratégia digital estão dando cada vez mais frutos, impulsionando o desempenho da empresa”, acrescentaram.