Ambev vai construir uma nova fábrica, e a previsão para término é para 2025

Na última quinta feira (23), a Ambev anunciou que vai construir uma nova fábrica de vidros sustentáveis. Essa nova unidade terá um investimento de R$870 milhões, e a previsão de começar a operar é em 2025. A unidade será no Paraná e vai produzir garrafas a partir da reciclagem de cacos e retornáveis, sendo reutilizadas mais de 20 vezes ao ano. 

A fábrica de vidros produzirá garrafas por meio da reciclagem de cacos, em que serão recolhidos em parcerias com empresas de logística reversa e cooperativas. O local terá capacidade de produzir garrafas long neck, 300ml, 600ml e 1 litro para diversas marcas, como Stella Artois, Becks, Spaten, entre outros. 

Além dos vidros renováveis, a fábrica nascerá com 100% de energia elétrica renovável e será preparada para operar com biocombustíveis. Além disso, a unidade contará com uma estação para tratamento de 100% dos efluentes gerados e reaproveitamento da água, garantindo uma alta eficiência hídrica e energética.

De acordo com Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev: “A nova fábrica de vidros vai impulsionar um futuro cada vez mais sustentável. Essa novidade vai impactar positivamente todo o ecossistema de logística reversa. Além da meta de embalagem circular, a construção endereça outros compromissos da companhia, como ter 100% da energia proveniente de fontes renováveis. Somos uma companhia brasileira e estamos investindo na retomada por um futuro com mais razões para brindar.”

Neste ano (2021), a Ambev faz de forma pioneira a sua primeira garrafa de vidro 100% reciclado no país em escala industrial. Quando o material é reciclado, além de fomentar a cadeia de logística reversa, gera impactos positivos como redução do consumo de energia. O vice-presidente da Ambev acredita que a nova unidade no Paraná deve gerar mais renda e emprego para o Estado com o impacto positivo para todo o ecossistema de logística reversa.

Fonte: https://lorena.r7.com/post/Ambev-vai-construir-uma-nova-fabrica-e-a-previsao-para-termino-e-para-2025

Ambev leva projeto de cultivo de lúpulo para Ribeirão Preto

O lúpulo brasileiro e o curupira estão cada vez mais distantes. Não faz muito tempo, os dois eram tratados como lenda por aqui. Porém recentemente um deles — o lúpulo— começou a se tornar uma feliz realidade, ainda que em escala pequena.

Vem de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a nova iniciativa com o lúpulo —um dos ingredientes da cerveja, ao lado do malte, da água e da levedura. Localizada na Fazenda Pratinha, a Silver Hops fechou uma parceria com o projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev, para plantação e pesquisa da florzinha, responsável pelo aroma e amargor da cerveja.

Na região sul, o projeto da Ambev já começou a colher frutos. A Lohn Bier, de Santa Catarina, já lançou dois rótulos com o lúpulo de Santa Catarina: a Green Belly e, neste ano, a Toda Nossa, em parceria com a Ambev. A Colorado também usou o lúpulo nacional na hop Lager da linha Brasil com S, que valoriza ingredientes de biomas brasileiros e tinha também tapioca na receita —a cervejaria de Ribeirão Preto integra o portfólio da Ambev.

Por enquanto, a Silver Hops ainda está realizando os testes de adaptação climática para o cultivo da florzinha, que não tem vida fácil no país. Via de regra, o lúpulo precisa de muita exposição à luz, algo entre dez e 13 horas diárias, como acontece no verão europeu; ao mesmo tempo, gosta das temperaturas mais amenas do hemisfério Norte. A Silver Hops pretende dedicar 1,5 hectare para o cultivo de nove variedades do lúpulo.

“Nosso papel será complementar o trabalho que já está sendo feito com a agricultura familiar, trazendo ainda mais o olhar da pesquisa e da inovação. Com essas duas frentes, poderemos gerar transformações importantes na cadeia de produção cervejeira e no agronegócio responsável brasileiro”, afirma José Virgílio Braghetto Neto, responsável pela Silver Hops.

Para Felipe Sommer, coordenador do projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev, o projeto integrado “garante uma produção de lúpulo nacional de altíssima qualidade”. Para Sommer, é fundamental integrar os pequenos produtores no desenvolvimento do lúpulo, incluindo a ampliação e o acesso ao crédito. “O foco é desenvolver e escalar a produção do lúpulo brasileiro com apoio da Fazenda Pratinha, produtores, universidades, Aprolúpulo [Associação Brasileira dos Produtores de Lúpulo] e outros envolvidos”, afirma.

OUTRAS INICIATIVAS

Entre outras ações envolvendo o lúpulo brasileiro, tivemos em 2020 também a Braza Hops, uma german pils lançada pela Black Princess, do grupo Petrópolis —com lúpulos que floresceram em plantações de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Muito antes disso, a Baden Baden, de Campos do Jordão, já havia utilizado a florzinha cultivada na própria região, utilizada também em outras cervejas artesanais nas cercanias da Serra da Mantiqueira, sempre em pequena escala.

Já a Cuesta Cervejaria, de Botucatu, interior de São Paulo, lançou em 2019, em parceria com a Carranca, um pequeno lote de uma hazy IPA feita 100% com ingredientes locais.

Todas as iniciativas no desenvolvimento do lúpulo brasileiro são muito importantes para o mercado, que usa quase 100% do ingrediente importado, principalmente de países como Alemanha, República Tcheca e Estados Unidos. Um lúpulo que cresça com características do terroir brasileiro é fundamental para quem sonha em ver o país como uma nova referência de escola cervejeira no mundo.

Juiz de Fora entra na disputa pela fábrica da Heineken em Minas Gerais

Juiz de Fora é mais uma cidade a pleitear a fábrica da cervejaria Heineken. Outros seis municípios já demonstraram interesse pelo empreendimento

A prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, entrou na disputa pela fábrica da cervejaria Heineken em Minas Gerais. Desde que a empresa anunciou o cancelamento dos planos de construir o empreendimento em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de BH, várias cidades mineiras entraram na briga pela fábrica.

O volume de investimentos previsto para o novo empreendimento é de R$ 1,8 bilhão e a unidade vai atender à demanda de consumo da Região Sudeste do país.

O interesse do município em ter a fábrica surgiu logo que foi anunciada a desistência por Pedro Leopoldo.

“Enviamos um documento sobre as vantagens e oportunidades que a cidade de Juiz de Fora oferece e também um documento sobre oferta e qualidade da água do município”, explica Ignacio Delgado, secretário de Desenvolvimento de Juiz de Fora.

Segundo ele, esses dois documentos foram enviados para a Heineken três dias após o anúncio do cancelamento em Pedro Leopoldo.

“No primeiro, destacamos as qualidades logísticas da cidade. Juiz de Fora é uma cidade que tem conexão rodoviária e ferroviária com os principais centros econômicos do país. Tem um porto seco, o que permite operações de importação e exportação com desembaraço alfandegário no município. Tem um aeroporto de carga próximo, em Goianá, e um aeroporto para voos executivos dentro da cidade. E, em um raio de 700 km, tendo a cidade como epicentro, está situado 50% do PIB brasileiro.”

Tradição no setor cervejeiro e mão de obra qualificada

Delgado ressalta que o município oferece condições logísticas, de acesso ao mercado, além de áreas que a empresa pode avaliar para a instalação da fábrica.

“Além de tudo, é uma cidade que tem uma longa tradição no setor cervejeiro. Somos reconhecidos pelo estado de Minas Gerais como arranjo produtivo local cervejeiro, de cerveja artesanal. Temos mais de 15 cervejarias instaladas no município e uma das primeiras cervejarias mineiras foi instalada aqui, que é a José Weiss. Temos uma longa história com a produção de cerveja.”

“Uma pesquisa recente da Endeavor e da Escola Nacional de Administração Pública, chamada Cidades Empreendedoras, mostra Juiz de Fora em 4° lugar em capital humano, entre as 100 cidades mais populosas do Brasil. Além disso, mais de 50% da população da cidade, segundo o Censo de 2010, tem o segundo grau completo. Temos uma mão de obra muito qualificada, além de instituições de pesquisa que têm conexão com a área cervejeira.

A Universidade Federal de Juiz de Fora é a 36ª no Brasil e a 3ª em Minas com mais depósitos de patente no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).”

Delgado afirma que além de todas essas vantagens, a prefeitura está à disposição da cervejaria para negociar questões de natureza fiscal, patrimonial e de infraestrutura para acolher a empresa.

“Também estamos em conversação direta com a secretaria de Desenvolvimento Econômico e com o INDI (Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais). E nos colocamos à disposição da empresa para uma conversa presencial.”

A desistência da cervejaria em instalar a fábrica em Pedro Leopoldo deflagrou uma corrida de outros municípios mineiros para disputar o empreendimento. Já demonstraram interesse: Uberaba, Patrocínio e Frutal, no Triângulo Mineiro, Ouro Preto e Mariana, na Região Central, e Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas.

A Heineken informa que ainda não há nenhum local definido para a instalação da unidade em Minas e que todo o estado está na disputa. A empresa afirma que, para a escolha, o local tem que ter capacidade hídrica e logística para facilitar o escoamento para a Região Sudeste – e propiciar menores impactos ambientais locais. O anúncio do novo local deve ser feito no início de 2022.

Heineken aplica método ágil para levar energia renovável a bares

O objetivo da Heineken é levar energia sustentável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras até 2030 (Crédito: Divulgação)

No ano de 2021, um dos principais esforços do Grupo Heineken no Brasil foi expandir seu projeto de implantação de energia renovável nos bares e restaurantes brasileiros. A plataforma Green Your City, por exemplo, se propõe a expandir as dinâmicas sustentáveis de consumo de energia e contribuir para que o setor de serviços reduza os custos de energia, elemento fundamental, sobretudo em um momento de recuperação pós-pandemia. O objetivo é levar energia sustentável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras até 2030.

O projeto, que contou com a integração de várias áreas da companhia, foi desenvolvido por meio de prototipagem, método ágil e de maneira que conseguisse levar para a prática as dinâmicas de inovação já aplicadas dentro da empresa. De acordo com Gabriel D’Angelo Braz, diretor de marketing da Heineken Brasil, a velocidade com que as transformações surgiram no setor fez com que a empresa atuasse de forma ainda mais consistente no uso de MVP, ou seja, desenvolvendo projetos, testando e os aprimorando conforme eles eram testados.

“Em outros projetos já havíamos entendido que era importante testar rápido. O My Heineken, aplicativo lançado em abril de 2021, por exemplo, nos ajudou a entender a velocidade de resposta e a importância, do ponto de vista de dados e tecnologia, na proximidade com nossos consumidores. É um desafio de atuar como startup na velocidade e escala com que se desenvolvem os projetos”, explica. “Outra forma de atuação aplicada neste ano foi o desenvolvimento de scrum, metodologia de dinâmicas ágeis que se propõe a otimizar a maneira como se desenvolve e acompanha os projetos”, completa.

No segundo semestre do ano passado, depois de dois anos de trabalho que precisaram ser revisitados em função da pandemia, o lançamento de Heineken, em outubro de 2020, por exemplo, ajudou a companhia enxergar que era necessário reduzir os ciclos de tomada de decisão. “Existiam uma série de desafios neste projeto por se tratar de um segmento novo, e mesmo com dois anos de trabalho desse projeto precisamos começar do zero por que veio uma pandemia e mudou toda a dinâmica. Essa experiência serviu de grande aprendizado para a maneira que basearíamos nossas dinâmicas em novos projetos”, explica Gabriel.

Sobre o Green Your City, Gabriel explica que o projeto traz uma complexidade, pois conecta não só o olhar para os parceiros e a cadeia, mas também para o foco em entrega de entretenimento e experiência aos consumidores. “Quando determinamos que o quarto ingrediente de Heineken seria energia renovável foi importante levar esse projeto muito além da produção da cerveja em si, mas ter uma plataforma que materializasse esse novo momento e como tudo isso se integra dentro de uma plataforma maior de repensar o espaço, a cidade, a sustentabilidade, o entretenimento e a tecnologia”, destaca Gabriel.

Um dos grandes desafios, segundo Gabriel, foi mostrar para os parceiros o universo de possibilidade que existia em um projeto como este. “Fizemos vários pilotos na nossa base em determinadas regiões para entender como seria essa conexão geográfica, mas sobretudo, era importante deixar claro que os parceiros tinham não só a questão ambiental por trás de um projeto como este, mas também a possibilidade de melhorar a gestão e reduzir os custos com energia”, destaca.

Luiz Gustavo Pacete

Fonte: https://forbes.com.br/forbesesg/2021/12/heineken-aplica-prototipagem-para-levar-energia-renovavel-a-bares/

Cerveja em lata, a preferida dos brasileiros, completa 50 anos

Era 3 de abril de 1971. Naquele sábado, a sede da Companhia Cervejaria Skol-Caracu estava em polvorosa.

A fabricante de Rio Claro, a 173 quilômetros da capital paulista, se preparava para a cerimônia de lançamento da primeira cerveja em lata do Brasil, a Skol, marca sueca que a cervejaria do interior havia começado a produzir no país em 1967 —antes de ser comprada pela Brahma, que só em 1999 viria a se tornar Ambev.

A expectativa era grande também do lado da Indústrias Reunidas Matarazzo, dona da Metalma, responsável pela produção das primeiras latas de cerveja em folhas de flandres, um material laminado composto por ferro e aço revestido. À época, a empresa dos Matarazzo já fabricava essas latas para abastecer a indústria alimentícia.

De terno, o então prefeito de Rio Claro, Álvaro Perin, conferiu o tom solene ao momento e tomou o primeiro gole da cerveja em lata, sob os olhares curiosos dos diretores da cervejaria, conforme registrou o Diário do Rio Claro na época.

Nestes 50 anos desde aquela primeira degustação, a embalagem individual e prática da latinha conquistou milhões de adeptos, a ponto de ser responsável hoje por 79% de todas as embalagens de cerveja consumidas no país, segundo a consultoria Kantar.

De acordo com outra consultoria, a Euromonitor, o consumo em 2020 foi de 19,6 bilhões de latas de cerveja, um salto de 16% sobre o ano anterior, puxado pela pandemia –foram tomadas mais latinhas em casa do que long necks ou litros nos bares e restaurantes.

“A mudança dos padrões de consumo durante a pandemia ressaltou ainda mais as vantagens das bebidas em latas de alumínio, como o baixo impacto ambiental, a facilidade para o consumo individual e a segurança”, diz Cátilo Candido, presidente da Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio).

A partir da instalação da Latasa, a primeira fábrica de latas de alumínio do Brasil, em 1989, em Pouso Alegre (MG), as latas em folhas de flandres foram sendo substituídas pelas de embalagem que permite a conservação da cerveja gelada por muito mais tempo.

Mas, à época do lançamento, as latinhas produzidas pelos Matarazzo foram um sucesso. O ex-chefe de vendas da Skol-Caracu, Arnaldo Pecini, hoje com 88 anos, relatou ao Diário do Rio Claro que a demanda era tão alta que filas de caminhões se formavam ao redor da fábrica, esperando carregamento.

A linha de envase produzia 500 latas por minuto, ou 30 mil por hora. Como operação era de três turnos de seis horas, a capacidade produtiva somava 540 mil latas por dia. O feito se deu 12 anos depois que a americana Coors lançou a primeira cerveja em lata.

Hoje, a produção brasileira alcança 32 bilhões de latas no ano, segundo a Abralatas. Em 2020, houve um aumento de 7,3% no volume produzido sobre o ano anterior e, em 2021, a demanda sinaliza para uma nova alta de um dígito.

“Nos últimos cinco anos, mesmo com a pandemia e a crise financeira, a média foi de mais de 8% de crescimento anual”, diz Candido.

As fabricantes de latas de alumínio faturam R$ 14 bilhões ao ano no Brasil e vêm acelerando investimentos. Entre 2021 e 2023, estão sendo aplicados no país US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), com a inauguração de quatro novas fábricas, informa a Abralatas.

A multinacional americana Ball deu início à fabricação em uma unidade em Frutal (MG) este ano e, em 2022, deve começar a produção em Benevides (PA). Já a brasileira Crown Embalagens vai inaugurar a sua sétima fábrica em Uberaba (MG) no ano que vem. A multinacional europeia Ardagh, por sua vez, anunciou uma nova planta para 2022, mas ainda não divulgou o local.

A cervejaria Ambev, que concentra dois terços da venda da bebida no Brasil, inaugurou no ano passado a sua Fábrica de Latas, com investimentos de mais de R$ 700 milhões e capacidade de produção de 1,5 bilhão de unidades por ano. Localizada em Sete Lagoas (MG), a planta abastece operações em Minas Gerais e em partes da região Sudeste.

A Ambev não é autossuficiente em embalagens e continua comprando latas de outras fabricantes. A cervejaria não integra os números da Abralatas.

“A lata de alumínio é a principal embalagem para cerveja no Brasil, e o setor tem uma participação crescente no envasamento da bebida”, afirma Candido, destacando o número de novas cervejarias no país entre 2015 e 2020, principalmente artesanais. “Foram mais de mil no período, segundo o Ministério da Agricultura”, diz.

De acordo com a entidade, a cerveja respondia por 55% das bebidas em lata em 2019, fatia que saltou para 70% no ano passado. Hoje o Brasil produz 13 tipos de latas de 220 ml a 710 ml, onde são envasadas, além de cerveja, refrigerantes, sucos, energéticos, chás e, mais recentemente, água, vinho e coquetéis.

“A latinha pequena é uma grande aposta entre as cervejas premium”, diz Hudson Romano, gerente sênior de consumo fora do lar da consultoria Kantar. “Mas quando as contas apertam, o consumidor migra para os formatos mais tradicionais de embalagens, como é o caso da lata de 350 ml”, afirma.

Segundo o executivo, nos 12 meses entre outubro de 2020 e setembro de 2021 (na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior), houve um aumento de preço de 8,3% nas cervejas em lata para consumo dentro de casa e uma queda de 1,9% para o consumo fora de casa —justamente no período em que os bares e restaurantes ficaram muito tempo operando com restrições.

“Agora vemos o consumo dentro de casa diminuindo, com a reabertura do comércio”, diz. “Porém, o desafio dos bares vai ser aumentar a frequência de consumo, diante deste cenário de inflação”.

O grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, avalia a demanda de embalagem de acordo com a região do país. “No Rio de Janeiro, por exemplo, o latão de 550 ml é bem-vindo, assim como em Pernambuco, onde é bastante consumido”, diz Eliana Cassandre, diretora de marketing do grupo Petrópolis.

“Já na Bahia, a latinha de 269 ml tem boa aceitação”, diz ela, ressaltando que o latão é a embalagem de melhor custo-benefício. “É o formato mais indicado para compartilhar. Não chega a ser uma garrafa de 600 ml, mas é para dividir”.

Vale lembrar que, com tanta lata, o Brasil é um dos maiores recicladores da embalagem no mundo. O país recicla 97% do que produz, o equivalente a 400 mil toneladas ao ano. Segundo a Abralatas —que apresentou os dados no pavilhão Brasil-Glasgow na COP26—, a atividade envolve 800 mil catadores. ​

Ambev vai investir R$ 870 mi em fábrica de vidros no Paraná

Ambev anunciou nesta quinta-feira que vai construir uma fábrica de embalagens de vidro no Paraná que deve começar a operar em 2025 e que receberá investimentos de R$ 870 milhões, dentro de estratégia da companhia de ter todos os seus produtos em embalagens retornáveis ou feitas principalmente de conteúdo reciclado até lá.

A fábrica, a segunda de embalagens de vidro da empresa no país, vai produzir garrafas a partir da reciclagem de cacos, recolhidos em parcerias com empresas de logística reversa e cooperativas, afirmou a Ambev em comunicado.

O anúncio ocorre em um momento de oferta restrita de garrafas de vidro no país. Segundo a associação dos fabricantes de vidros, Abividro, o aumento do mercado, e a mudança do perfil do consumidor criaram o cenário de uma “demanda super aquecida frente a uma oferta inelástica”.

A entidade afirmou sem citar números que são “as compras não programadas que estão sofrendo com a escassez” uma vez que “todas as empresas que tinham contrato de fornecimento tiveram seus contratos plenamente atendido”.

A expectativa da entidade é que até o fim de 2023, com novas fábricas sendo instaladas no país, a situação seja normalizada.

A fábrica anunciada pela Ambev nesta quinta-feira terá capacidade para produzir garrafas long neck, 300ml, 600ml e 1 litro para diversos rótulos, como Stella Artois, Beck’s e Spaten, e abastecerá as cervejarias da companhia em vários Estados, incluindo o Paraná.

A companhia afirmou que a nova fábrica vai operar com energia 100% renovável e que vai ser preparada para funcionar também com biocombustíveis.

A primeira fábrica de vidros da Ambev foi inaugurada em 2008 no Rio de Janeiro.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2021/12/23/ambev-vai-investir-r870-mi-em-fabrica-de-vidros-no-parana.htm

Raízen fecha acordo para fornecer energia renovável para unidades da Heineken

A Raízen vai fornecer energia renovável para os centros de distribuição da cervejaria Heineken em 12 Estados, evitando assim a emissão de 85 toneladas de carbono. O acordo tem vigência de cinco anos e o valor da operação não foi revelado.

Toda a energia será certificada pelo I-REC Standard, sistema global de rastreamento de atributos ambientais de energia, que garante energia limpa, renovável e que atende aos mais altos padrões de sustentabilidade energética.

Pelo contrato, 23 unidades da Heineken nos Estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo receberão energia renovável da Raízen, além da fábrica de concentrados em Manaus, no Amazonas, e as cervejarias Baden Baden e Eisenbahn, localizadas em Campos do Jordão (SP) e Blumenau (SC).

Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,raizen-fecha-acordo-para-fornecer-energia-renovavel-para-unidades-da-heineken,70003933768

‘Zé Delivery pode se tornar um app além da bebida’, diz CEO da empresa

Assim como outros apps de delivery, a plataforma de entregas de bebidas Zé Delivery tem surfado o bom momento do setor, atendendo quem tem sede por uma “gelada” em casa. A startup, criada pela Ambev em 2016, atingiu 29 milhões de vendas no primeiro semestre deste ano, superando as 27 milhões de entregas feitas ao longo de todo o ano de 2020 – mesmo com a reabertura dos bares, o app atendeu 15 milhões de pedidos no trimestre encerrado em setembro.

Em entrevista ao Estadão, Rodolfo Chung, presidente executivo do Zé Delivery, fala sobre o crescimento da startup, que viu seu quadro de funcionários aumentar de 100 para 700 funcionários durante a pandemia. Ele também dá detalhes sobre o funcionamento da tecnologia do aplicativo, que usa uma base de distribuidores para realizar vendas diretas para os consumidores – os entregadores são contratados pelos pontos de venda parceiros.

Segundo Chung, um dos possíveis caminhos para o Zé Delivery é se tornar um aplicativo de confraternização, que vai além das bebidas – ele englobaria serviços e outras cestas de produtos. O executivo, porém, não dá detalhes sobre a possível transformação. “São hipóteses para o futuro para a gente se provar, mas temos de pensar quais são as necessidades do consumidor que está numa sexta-feira à noite e quer se preparar para uma festa”, afirmou.

Abaixo, os melhores momentos.

A que você atribui o crescimento do Zé Delivery nos últimos anos?

Como todas as startups, aprendemos, erramos e fomos evoluindo. Só começamos mesmo a acelerar o investimento em 2019, que foi quando acertamos na proposta de valor – não foi algo que veio tão fácil. Estava claro que o consumidor brasileiro era obrigado a fazer uma escolha entre conveniência e preço, e a tecnologia trouxe a possibilidade de ter as duas coisas. O consumidor tinha de cruzar a cidade, pegar fila, entrar em uma loja gigante e carregar peso para economizar alguns centavos. Era tão clara a demanda que sabíamos que era questão de ajustar o modelo de negócio e a parte tecnológica.

O que exatamente deu errado no começo?

Somos um marketplace que une pontos de venda, entregadores, consumidores e indústria. Talvez o erro tenha sido privilegiar ou garantir a lucratividade de um lado ou outro antes da hora certa. Quando olhamos para o longo prazo e focamos na satisfação do consumidor, é preciso subsidiar, ajudando o ponto de venda a passar pelo período de baixa demanda. Acertamos quando focamos no consumidor em vez de tentar ter todo mundo ao mesmo tempo. Hoje, com escala, já conseguimos atender às necessidades dos quatro atores.

O Zé Delivery atingiu número recorde de vendas no primeiro semestre deste ano, superando todo o ano passado. Sem a pandemia, esse resultado seria possível?

A pandemia teve um papel acelerador. Mas o momento não criou novos comportamentos. A tendência de consumir em casa, em delivery, já existia. A prova disso é que, agora, que todas as restrições de lockdown foram liberadas, continuamos batendo recorde mês após mês. Tivemos a velocidade e a capacidade de aproveitar essa aceleração da melhor forma possível.

Como foi a adaptação à explosão de demanda na pandemia?

Antes da pandemia, tínhamos 100 funcionários. Hoje, temos mais de 700 pessoas, sendo 200 delas envolvidas na parte de tecnologia. Contratar gente e manter a cultura interna de inovação é fácil quando você tem um time de 50 pessoas, mas é outra escala quando você tem centenas de funcionários. Uma das coisas importantes nesse momento de crescimento rápido foi manter o foco. Somos reconhecidos por termos uma plataforma que faz muito bem o que se presta, mas não tem uma complexidade, como recursos acessórios. Sempre prezamos pela simplicidade e robustez da nossa plataforma. É uma experiência fácil, simples e transparente para o consumidor. Acho que resistir às tentações de aumentar a complexidade do aplicativo durante a época de crescimento exponencial foi fundamental para mantermos a qualidade de serviço.

Quais são os principais pilares tecnológicos do Zé Delivery?

Desenvolvemos muitas tecnologias proprietárias: temos algoritmos internos e uma parte de cibersegurança e proteção de dados bastante robusta. Existe uma complexidade porque não trabalhamos com um aplicativo só. Na verdade, temos quatro plataformas: a do consumidor, a da indústria, a dos pontos de venda parceiros e a dos entregadores. Fazer a coordenação dessas quatro plataformas para que elas trabalhem em sincronia é um desafio. Também estamos avançando na parte de dados. A natureza do nosso negócio é muito rica em inteligência de dados. É um produto de frequência muito alta e temos uma abundância de informações muito grande.

Na prática, como vocês usam algoritmos e inteligência artificial na operação?

A nossa demanda flutua muito. Ela muda conforme a temperatura e eventos do dia, como jogos de futebol. Nosso negócio também é baseado em picos: sábado à noite e domingo à tarde na ocasião dos churrascos, principalmente. É importante termos capacidade de predição de demanda, porque não é fácil escalar nosso negócio e se adaptar aos picos. Temos modelos preditivos de demanda que consideram várias variáveis externas (desde preço até temperatura, previsão de chuva e jogos de futebol), para conseguirmos modelar tudo isso e orquestrar o ecossistema, informando nossos parceiros e entregadores dessa capacidade.

Qual é a relevância das ‘dark stores’ (lojas ocultas do cliente, sem fachadas nem balcões) para a operação do Zé Delivery?

A grande maioria do nosso volume vem da conexão de pontos de venda com o consumidor – usamos dezenas de dark stores, enquanto temos milhares de vendedores terceiros. As dark stores funcionam mais como laboratórios, para aprendermos a operar o negócio e até preparar melhor nossos parceiros, que não são muito profissionalizados – testamos a roteirização de entregadores e a parte logística dentro do estoque, por exemplo. O nosso modelo é baseado na capilaridade, na densidade de pontos de venda disponíveis, para que a cerveja percorra o menor número de quilômetros possível e chegue mais rápido, pelo menor preço, na casa do consumidor. Nosso modelo sempre vai ser baseado numa malha muito grande.

Quais tecnologias o Zé Delivery ainda pretende incluir na operação?

Cada uma das quatro plataformas precisa evoluir muito, principalmente em personalização. Já que temos clientes tão fiéis, temos muito o que avançar na segmentação, para personalizar ofertas, por exemplo. Do lado dos entregadores, temos de aprender com a avaliação na plataforma para criar os incentivos certos, para os entregadores melhorarem cada vez mais o nível de serviço e se sentirem reconhecidos por isso.

Outros aplicativos têm apostado em modelos de entrega rápida com capilaridade, como Rappi. Como o Zé Delivery pretende se diferenciar?

Não nos consideramos concorrentes diretos. Somos especializados na ocasião de confraternização, de juntar os amigos em casa, de fazer o esquenta e o churrasco. Resolver as demandas que são particulares do momento de consumo de bebidas será sempre nosso diferencial. Enxergamos uma oportunidade de criar um app especializado no momento da confraternização, que vai além da bebida. São hipóteses para o futuro para a gente se provar, mas temos de pensar quais são as necessidades do consumidor que está numa sexta-feira à noite e quer se preparar para uma festa. Talvez possamos adicionar serviços e cestas de produtos que sejam complementares. Esse consumidor também deve estar pensando em como vai dividir a conta com os amigos, como vai chamar o transporte para a festa da casa do amigo dele. É esse tipo de coisa que precisamos entender.

O Zé Delivery poderia ser considerado um “unicórnio” (startup com avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão)?

Há alguns meses, temos uma receita registrada que é equivalente à de unicórnios. Temos uma estrutura semelhante a de uma startup que já venceu. Hoje, olhamos muito mais para as demais big techs do mercado.

A Ambev está atrás de novos negócios como o Zé Delivery?

A Ambev tem falado muito sobre ecossistema. Isso significa que não é só uma empresa com uma natureza de negócio que vai vencer. Nesse sentido, eu sinto o centro de gravidade mudando para um modelo muito mais horizontal. Imagino que a Ambev terá vários casos como o do Zé Delivery. Acho que o Zé Delivery nasceu de um ambiente favorável para tudo isso. Eu vejo absolutamente que é um terreno fértil para várias iniciativas chegarem em um patamar muito grande, do nível de unicórnios.

Quais são os planos de expansão geográfica?

Se falarmos do nível de penetração que temos cidade a cidade no Brasil, há uma oportunidade enorme de crescimento. Dá para crescer várias e várias vezes só mantendo o mesmo modelo de negócio que já deu certo em muitos lugares. Em paralelo, existe um esforço grande de replicar esse modelo em outros países da América Latina, como Argentina, México e Colômbia. A Ambev, por ter operações no mundo todo, nos ajuda nessa expansão.

Fonte: https://link.estadao.com.br/noticias/inovacao,ze-delivery-pode-se-tornar-um-app-alem-da-bebida-diz-ceo-da-empresa,70003932430

Ambev investe R$ 130 milhões na sua cervejaria no Maranhão

A companhia investiu R$ 130 milhões na ampliação da sua cervejaria no Maranhão em uma linha de latas, que terá capacidade de produzir 90 mil unidades por hora, e na linha de processamento de líquidos.

Este é mais um ciclo de investimento que a empresa realiza para aumentar a capacidade produtiva da Cervejaria Magnífica, antigamente conhecida como Cervejaria Equatorial, e gerar mais desenvolvimento local, beneficiando centenas de maranhenses e outros brasileiros no Piauí, Pará, Tocantins e Amapá, estados abastecidos pela unidade.

“Somos uma empresa com raízes brasileiras, comprometida com o desenvolvimento do nosso País. Por meio desse nosso investimento, com apoio do Governo do Estado, acreditamos que podemos gerar mais empregos na região e incentivar a Magnífica, nosso rótulo maranhense que produzimos em parceria com os produtores locais”, afirma Jean Jereissati, presidente da Ambev.

Atualmente, a fábrica localizada em São Luís já produz alguns dos rótulos mais desejados pelos brasileiros, como Magnífica, Brahma, Chopp Brahma, Brahma Duplo Malte, Antarctica, Skol e Bohemia. Ao todo, a Cervejaria tem capacidade de produção de cerca de 4,2 milhões de hectolitros por ano, em uma área construída de 59 mil m², e gera mais de 19 mil empregos no Maranhão, considerando diretos, indiretos e induzidos.

O ato simbólico de inauguração ocorreu sem presença de público externo nesta segunda-feira (20) na unidade Magnífica, com a presença de Jean Jereissati, presidente da Ambev, executivos da companhia, do governador do Maranhão, Flávio Dino, e de representantes do Governo.

Economia local

A presença da Ambev no Nordeste vem sendo ampliada de maneira sustentável e pensada para que os produtos reflitam a cultura da região. O primeiro passo foi dado em 2018, quando a companhia escolheu a mandioca, um ingrediente tipicamente nordestino, como principal matéria-prima do portfólio regional.

Neste cenário, a Ambev lançou a Magnífica, cerveja leve e refrescante, que tem a mandioca como o ingrediente principal. Ela foi criada pelo e para os maranhenses para prestigiar as raízes do Maranhão e brindar o orgulho de quem é nascido e criado no estado. Mais de 20 mil toneladas de mandioca já foram consumidas, gerando mais renda e emprego para cerca de 16 mil famílias no estado. Atualmente, mais de 68 municípios do Maranhão estão sendo beneficiados pela iniciativa.

Fonte: https://www.blogsoestado.com/danielmatos/2021/12/20/ambev-investe-r-130-milhoes-na-sua-cervejaria-no-maranhao/

Ambev desenvolve latinha feita de palha de milho

A Cervejaria Colorado vem se mostrando cada vez mais preocupada com a preservação do meio ambiente. No mês passado, a marca lançou a primeira cerveja orgânica do Brasil, a Colorado Orgânica, feita a partir de Sistemas Agroflorestais.

Agora a cervejaria lançou mais uma novidade em sua busca pela sustentabilidade: uma “lata” criada a partir da palha do milho.

A nova embalagem é feita de forma 100% mecânica, sem uso de aditivos químicos e pode ser descartada justo de materiais orgânicos, ou reciclada junto ao papel.

A Colorado tem investido em soluções que valorizam a biodiversidade do país e trabalha com comunidades que exercem um papel fundamental na conservação e manutenção da floresta em pé”, disse Daniel Carneiro, gerente de Marketing da Colorado.

“Neste primeiro momento estamos com essa inovação sustentável em pequena escala, mas a expectativa é aplicar a nova embalagem nas linhas da Colorado”, completou.

Além de tudo isso, a nova “lata” consome 80% menos água na sua produção, reduz em 50% as emissões de gás carbônico e economiza cerca de 25% de energia elétrica em comparação ao papel cartão.

A novidade fará parte da linha Colorado Ribeirão Lager e ficará disponível em edição limitada apenas na Toca do Urso, em São Paulo. Ainda não se sabe se a Cervejaria Colorado pretende manter a utilização do biomaterial no futuro.

A iniciativa faz parte de um conjunto de metas de sustentabilidade da Ambev para 2025, que consiste em melhorar sua gestão de água, fomentar a agricultura sustentável e promover a reciclagem de suas embalagens.