Fase de retorno de bares gera oportunidades para cervejarias de diferentes portes

Uma pesquisa realizada pelo banco Credit Suisse revelou um aumento de vendas de cerveja em bares no mês de dezembro passado, o que mostra uma oportunidade de retorno de maiores margens em vendas para cervejarias.

Boa parte desse aumento em vendas, avaliado pelo banco, está concentrado em garrafas de 1 litro e 600 ml retornáveis, que são responsáveis por margens maiores para as grandes cervejarias, mas o retorno de confiança na operação de bares abre oportunidades para cervejarias de diferentes portes.

Após quase dois anos de mudanças desde o início da pandemia o setor de bares e restaurantes foi o mais atingido do mercado de cerveja com uma série longa de restrições completas ou parciais em diferentes períodos da crise sanitária. Tudo isso resultou em mudanças profundas nos canais de vendas do setor cervejeiro conforme a Catalisi publicou em 2020.

O retorno da confiança de uma parcela maior do público consumidor a bares e restaurantes, bem como uma queda de restrições observadas nos últimos meses estão fazendo com que os canais do chamado segmento On Trade recuperem sua força.

Para as cervejarias isso é muito importante pois as margens dentro deste tipo de canais são muito mais atraentes por serem menos pressionadas pela questão de embalagens, uma vez que a maior parte da cerveja vendida nestes locais utiliza vasilhames retornáveis sejam garrafas ou barris de chope.

No caso do chope há um outro fator positivo pois permite vendas em maiores volumes, o que pode ser adicionado por alta recorrência em bares com grande giro de consumidores.

Pequenas e grandes cervejarias devem reconstruir estratégias para bares e restaurantes

A disputa de permanência e reentrada em bares e restaurantes está se aquecendo com o aumento de consumo nos canais de On Trade. Publicação do Valor Investe, comentando a pesquisa do Credit Suisse, analisou domínio da Ambev com suas marcas tradicionais, mas também com a inserção de lançamentos realizados nos últimos anos pela gigante, como a marca Spaten.

A Heineken continua com aumento de interesse por suas marcas mas ainda com restrições de distribuição para o tamanho de sua demanda, de acordo com o Valor a presenças de marcas da holandesa pulou de 78% para 90% nos bares pesquisados.

Pequena cervejarias que possuem pouca entrada fora de bares especializados também podem pensar estratégias de entrada em canais de On Trade conforme a cerveja artesanal ganha popularidade, porém o nível de operação requerida para construção desses fluxos necessita ser mais sofisticada, bem como os seus planos comerciais.

Um planejamento interessante, no caso de microcervejarias, pode ser o de pensar bares e restaurantes de maior abrangência com um olhar diferenciado de suas operações normais, pois as características de portfólio e de nível de serviço na operação são bastante diferentes dos exigidos do seu comum.

O lugar para cervejas de maior valor agregado em bares e restaurantes do grande público deve crescer no Brasil, sendo que as grandes cervejarias já tem mirado na ocupação desses espaços e caberá as pequenas demonstrar seu grau de entrega e competitividade para incluir suas marcas e produtos.

Fonte: https://catalisi.com.br/fase-de-retorno-de-bares-gera-oportunidades-para-cervejarias-de-diferentes-portes/

Bares e restaurantes tentam construir plataforma aberta

Colocar em prática, o Open Delivery, um padrão único e aberto de programação para integrar diferentes aplicativos de entrega, cardápios digitais, sistemas de ponto de venda e de gestão de restaurantes, é a meta da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), para 2022.

Até o fim de fevereiro, 79 empresas de software devem finalizar os testes do novo padrão. O objetivo, segundo a associação, é conectar 150 mil restaurantes com softwares de ponto de venda compatíveis com o Open Delivery”.

“O Open Delivery facilita a entrada de outros concorrentes, permite um ajuste entre os fornecedores de software e reduz ineficiências operacionais para os restaurantes”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, que lidera a iniciativa.

O primeiro teste prático do Open Delivery foi feito em dezembro do ano passado na confeitaria Colombo, no centro do Rio de Janeiro, incluindo a padronização de cardápio e gestão de pedidos.

“O estabelecimento não precisará mais entrar em cada aplicativo para verificar os pedidos ou reajustar o valor de um item do cardápio, em cada plataforma”, diz Solmucci. Com o padrão, o restaurante consegue visualizar todos pedidos on-line, seja por aplicativos de delivery, WhatsApp ou site próprio, em uma única tela, na ordem de chegada. “Para evitar o transtorno operacional, hoje em dia, todo mundo opta pelo líder de mercado”, diz o executivo.

Além de oferecer uma interface única para pedidos e atualizações, o Open Delivey está em fase de construção de padrões para contratos entre estabelecimentos e aplicativos de entrega, bem como a conciliação de pagamentos, incluindo cartões, Pix e benefícios. Em uma segunda etapa, o projeto prevê a integração da malha logística de entregas.

O projeto iniciado em janeiro do ano passado, contou com R$ 3 milhões de 16 investidores incluindo Alelo, Ambev e Coca-Cola, bem como o suporte dos principais aplicativos de entregas do mercado, incluindo iFood, Uber Eats e Rappi, que dedicaram horas de desenvolvedores e profissionais especializados à iniciativa.

A adesão dos aplicativos ao projeto, entretanto, ainda não tem data para acontecer.

“Estamos na fase de construção e entendimento de como os sistemas de ponto de venda dos restaurantes e o nosso vão conversar para que a integração seja o mais fluida e padronizada possível”, diz Tijana Jankovic, presidente do Rappi no Brasil. “É um movimento que traz união e força para os restaurantes, mas ainda não vejo um início imediato”, afirma.

Roberto Gandolfo, vice-presidente de restaurantes e logística do iFood, diz que o momento é de estar perto e apoiar a iniciativa. “Ainda não temos uma decisão tomada da nossa plataforma”, afirma.

Solmucci diz que a Abrasel está ansiosa pela adesão dos grandes aplicativos como iFood e Rappi ao Open Delivery. “Com isso trazemos um exemplo de autorregulação e maturidade para outros setores”, afirma.

O AppJusto, o mais recente do setor, informou que está comprometido a aderir ao padrão aberto. “Com isso a gente combate o monopólio e a exploração”, afirma Rogério Nogueira, co-fundador do aplicativo lançado em agosto, que atua na cidade de São Paulo.

A Abrasel prevê terminar o ano com 25% das transações do setor acontecendo no padrão aberto. “São metas arrojadas mas possíveis”, afirma o presidente da entidade.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/01/21/bares-e-restaurantes-tentam-construir-plataforma-aberta.ghtml

Ambev anuncia nova gerente de saúde mental e diversidade

Michele Salles, fundadora da Carreira Preta, é a nova diretora de saúde mental, inclusão e diversidade da Ambev (Divulgação/Ambev)

A AmBev deve reportar crescimento na receita no Brasil no quarto trimestre de 2021, refletindo o A cervejaria Ambev anunciou nesta sexta-feira, 21, a contratação de Michele Salles como sua nova head de diversidade, inclusão e saúde mental. A executiva é a segunda a ocupar o cargo criado em 2020, assumindo a diretoria após a saída de Mariana Holanda.

A criação de uma diretoria focada em saúde mental marcou o processo de transformação da cultura organizacional da Ambev, que é conhecida pelo foco em metas e meritocracia.

A empresa se antecipou ao debate dentro da empresa de problemas que têm crescente relevância dentro do mundo corporativo: o estresse crônico e o esgotamento profissional. No início de 2022, entrou em vigor a nova classificação da OMS que coloca a Síndrome de Burnout como um fenômeno ligado ao trabalho.

O objetivo da empresa é construir um ambiente inclusivo e com segurança psicológica. Assim, os temas de diversidade e inclusão ficam nas mãos da mesma diretoria para criar um olhar para o ser humano em sua totalidade.

“Inclusão e saúde mental estão totalmente conectadas, se retroalimentam. Se temos um ambiente de respeito à individualidade e à singularidade, naturalmente a pessoa tende a se sentir incluída e única. Através disso, entregamos uma cultura diversa e de segurança psicológica, conectadas à saúde mental”, diz a nova gerente.

Michele Salles Villa Franca é formada como psicóloga e tem mais de 12 anos de experiência na área de recursos humanos e diversidade. Ela fundou e lidera a Carreira Preta, consultoria de soluções corporativas e educacionais de inclusão.

Para ela, seu papel será fomentar o cenário que fortalece uma cultura de performance, mas que respeita e acolhe a individualidade.

“Diversidade, inclusão e saúde mental são elementos-chave da estratégia da companhia que potencializam os resultados de negócio”, afirma.

Fonte: https://minha.exame.com/carreira/ambev-saude-mental-inclusao-diversidade/