Ambev usa tecnologia de Israel para transformar lixo orgânico em mesas, cadeiras e garrafeiras

A Ambev lançou uma nova iniciativa para valorizar a cadeia de produção e dar um novo destino ao lixo. A gigante do setor de bebidas importou uma tecnologia de Israel capaz de transformar resíduos não-recicláveis e não-triados (orgânicos, plásticos não-recicláveis, papel, papelão, entre outros) em pellets que podem ser reinseridos no processo de fabricação de diferentes produtos e embalagens, como garrafeiras, mesas e cadeiras.

Dessa forma, os rejeitos que seriam descartados em aterros ganham uma nova finalidade, por meio da reutilização e valorização dos materiais. Na prática, o impacto causado é a redução da produção de lixo e o corte das emissões de carbono durante a fabricação dos produtos, que passam a levar pellet em sua composição. O processo vai além da neutralidade de carbono, pois elimina mais gases do que emite.

A tecnologia foi patenteada pela empresa israelense UBQ Materials e certificada pela consultoria Quantis. No Brasil, o projeto piloto está sendo desenvolvido desde 2020, em parceria da Ambev com a UBQ e a Pisani, especializada em soluções em plástico.

Os resultados apresentados até agora são promissores, segundo a companhia. Com a adoção da tecnologia, foi possível reaproveitar mais de meia tonelada de rejeitos que não seriam reciclados, evitando a destinação a aterros. O reaproveitamento é capaz de eliminar cerca de 11,7 quilos de gases de efeito estufa (GEE) a cada quilo de UBQ gerado, que representa uma redução de 5,8 toneladas de GEE lançados na atmosfera.

Segundo a gerente de Sustentabilidade em Embalagens da Ambev, Karina Turci, o objetivo da iniciativa é entender como a tecnologia pode agregar ao ecossistema de forma positiva, adaptando toda a dinâmica de descarte e fabricação.

Até 2025, a Ambev pretende ampliar a iniciativa para materiais de trade e embalagens secundárias, como garrafeiras e pallets, embalagens utilizadas para a proteção e transporte de cervejas, refrigerantes e outros produtos. Todos os produtos gerados pelo novo processo são utilizados pela própria Ambev.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com

Vendas de cerveja crescem 7,7% em 2021

Mesmo diante do cancelamento de grandes eventos e restrições de funcionamento de bares e restaurantes, o consumo de cerveja se manteve em alta em 2021, alcançando o volume de cerca de 14,3 bilhões de litros, crescimento de 7,7% ante 5,3% em 2020, segundo levantamento da Euromonitor para o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).

FONTE: Euromonitor – Dados da pesquisa feita pela Euromonitor International no Brasil no início de 2021. Os dados poderão variar na próxima atualização da edição de 2022.

“O avanço ocorreu em mais um ano desafiador para a indústria, marcado por um cenário econômico de alta nos juros, queda do Produto Interno Bruto, mudança no hábito dos consumidores e incertezas do rumo da pandemia de COVID-19”, diz o superintendente do SINDICERV, Luiz Nicolaewsky.

Ainda assim, em termos de faturamento, a projeção das vendas no varejo apresentou alta de aproximadamente 11% em comparação a 2020 totalizando R$ 208,8 bilhões ante R$ 184,5 bilhões, no ano anterior, impulsionado pela força das cervejas premium entre os consumidores.

Entre os brasileiros, a categoria de cerveja mais popular continua sendo a lager, que representa 91% do volume total de vendas de cerveja no varejo.

O ano apontou o crescimento por parte dos consumidores   de cerveja não alcoólica. A projeção do volume por litros foi de mais de 257 milhões, que corresponde ao crescimento de 30% nas vendas em comparação com 2020 (197,8 milhões/litro).

Skol e Brahma permaneceram na liderança das marcas com maior volume de vendas no país seguida da Antarctica, Itaipava, Nova Schin e Kaiser.  O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos. A indústria da cerveja gera mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e representa pouco mais de 2% do PIB.