“As grandes cervejarias estão se tornando plataformas de tecnologia”

A pandemia do coronavírus desafiou toda a sociedade, mas a indústria cervejeira vai sair dela não apenas modificada, mas também com mais vertentes de atuação. Essa avaliação foi apresentada por Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), em entrevista ao Guia, com o executivo apontando que as grandes cervejarias buscaram alternativas ao longo dos últimos anos, o que as levou a praticamente se transformarem em “plataformas de tecnologia”.

O Sindicerv representa hoje, no Brasil, as duas principais cervejarias do mundo, a Ambev e o Grupo Heineken. E avalia que o poder de adaptação das duas gigantes, que as faz Nicolaewsky qualificá-las como futuras plataformas de tecnologia, indo muito além da atuação apenas com as suas bebidas, foi fundamental para o crescimento de 5,3% em volume em 2020 e de estimados 7,7% em 2021 da indústria cervejeira no país.

Um êxito que faz o diretor do Sindicerv acreditar que nem o aumento de casos de coronavírus no início de 2022 freará a expansão da atividade das cervejarias brasileiras.

“Nós não tivemos carnaval, São João e outras festas em 2021, e o resultado foi acima da expectativa, houve crescimento. Então, a nossa projeção, em ordem de grandeza, é de crescimento tão forte quanto de 2020 para 2021, quando falamos em 7,7% no volume” Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicerv

Ainda assim, o setor não deixa de ter suas demandas, sendo a principal delas a simplificação da cobrança tributária. Confira as razões para esse pedido por uma reforma, as avaliações de mercado, as perspectivas para as grandes cervejarias e a visão sobre as artesanais na entrevista do Guia com Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicerv:

Qual foi o saldo para a indústria cervejeira no ano de 2021?

A gente vem numa crescente desde 2015. O ano de 2020 veio com a pandemia, o que surpreendeu a todos, não só as cervejarias. Por ter sido uma coisa absolutamente nova, não se sabia como lidar com isso. A gente evoluiu nos cuidados, mas isso repercutiu em 2020, com impacto nos três primeiros meses. Mas o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com mais de 1.300 cervejarias e o povo é muito criativo. Então, conseguimos nos adaptar a esse fenômeno. Houve um crescimento em 2020 de 5,3% no volume. Para 2021, estamos projetando um crescimento de 7,7%. Entregamos em 2020 13,3 bilhões de litros de cerveja. E a projeção para 2021, que tivemos com o Euromonitor, é de 14.3 bilhões de litros. Esse aumento se deu por causa da adaptação. Descobrimos que o consumo migrou para o domicílio. E as cervejarias precisavam encontrar um caminho para chegar ao seu cliente. Para isso, a tecnologia favoreceu muito. Quem implementou medidas vinculadas a isso, com os deliveries e os aplicativos, acabou se dando bem, o que justifica esse crescimento.

A chegada da variante Ômicron e o aumento do caso de coronavírus logo no verão podem atrapalhar a continuidade desse crescimento em 2022?

De fato, temos a Ômicron, com uma aceleração de casos, embora não com o mesmo pico de mortes. A vacinação evoluiu muito, o brasileiro aderiu. Então, o desfecho não será tão cruel quanto foi em 2020 e 2021. Muitas cidades têm cancelado o carnaval e concordamos, porque entre a vida e a empresa, nós optamos pela vida. Mas a nossa percepção é que será uma nuvem passageira, que vai se dissipar mais rapidamente do que em 2021. Nós não tivemos carnaval, São João e outras festas em 2021, e o resultado foi acima da expectativa, houve crescimento. Então, a nossa projeção, em ordem de grandeza, é de crescimento tão forte quanto de 2020 para 2021, quando falamos em 7,7% no volume. Acreditamos e confiamos que chegaremos muito próximos disso.

Embora a indústria cervejeira tenha crescido ao longo da pandemia, houve inúmeros desafios. Como foi possível se equilibrar e quais são as perspectivas?

Já temos investimentos anunciados. A Heineken teve um problema em Pedro Leopoldo (MG), de localização e captação de água, mas ela está com R$ 1,8 bilhão para investimento em uma nova fábrica para dar conta da sua demanda. A Ambev vai investir em uma fábrica de vidros e investiu em fábrica de latas. Houve problemas pontuais de abastecimento de insumos na indústria, mas não só na cervejeira. Toda a indústria brasileira experimentou isso. A Estrella Galicia vai colocar uma fábrica em Araraquara (SP), trazendo R$ 2 bilhões. Isso são grandes números, que revelam a confiança em um mercado espetacular, mesmo com os problemas do Brasil.

Quais são as principais demandas do Sindicerv nesse momento para as grandes cervejarias?

Uma ampla reforma tributária, não fatiada, que simplifique a tributação. Nossos associados têm mais gente trabalhando na parte fiscal do que na inovação. É importante não só para a indústria cervejeira, mas para todo o país. Precisamos de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) único, que estava previsto na PEC 45. Ela perdeu tração, depois abrindo espaço para a PEC 110. Ela está parada na CCJ no Senado, talvez seja pautada nesse começo de 2022, mas esse é um ano atípico, por ser eleitoral, quando os grandes temas costumam não ser tratados. Consideramos que a PEC 110 está madura para ser votada. Não se trata nem de mexer na carga tributária, mas de simplificá-la. A carga tributária da cerveja no Brasil está em 56%, é uma das maiores do mundo, um percentual que está próximo ao limite que na economia se abre caminho para a baixa qualidade e a informalidade, como acontece com outros produtos.

A carga tributária também é uma reclamação constante das microcervejarias. Como o Sindicerv enxerga essa demanda?

Nas conversas que nós fizemos, no Senado e na Receita Federal, apresentamos em conjunto as demandas das pequenas cervejarias, que envolvem a aplicação de um redutor de acordo com o volume produzido, como é praticado em alguns países. Têm países que se caracterizam por produção de determinados produtos, como a França com o vinho. Nesses países, o imposto é reduzido a praticamente zero para estimular o mercado e o seu produto. Aqui, nós teríamos a cerveja, e a cachaça que é brasileira e merece atenção e cuidado.

Em sua visão, em termos de bebida, há alguma tendência surgindo no setor cervejeiro?

O PIQ da Cerveja abre uma avenida para a criatividade. Nós vamos ter novos produtos, estaremos mais próximos do que se pratica no mundo. O pessoal é muito criativo, as nossas associadas têm times de inovação, 20% do faturamento de uma delas é de produtos desenvolvidos nos últimos anos. O que eu vejo com o PIQ é a maior variedade de produtos, algo que já temos um crescimento importante. Se você olhar em perspectiva, isso já acontece com a cerveja sem álcool. De 2015 a 2020, a produção de cerveja sem álcool cresceu 91%, passando de 103 milhões de litros para quase 198 milhões de litros anuais. Além disso, deu um salto de 40% de 2019 para 2020. Tem a demanda do low carb, da cerveja sem glúten e com menor teor alcoólico. A cultura dos mais jovens é de valorizar o mundo sustentável e saudável. E você vai atender esse público com essas cervejas.

E como o Sindicerv vê o futuro das grandes cervejarias? Como será a atuação delas?

Em função da pandemia e da mudança de hábito de consumo, as empresas se reposicionaram e estão muito próximas de serem plataformas de tecnologia, com delivery e e-commerce. Além de trabalhar com o seu produto, a cerveja, você tem, por exemplo, um aplicativo (Zé Delivery, da Ambev), como acontece com um dos associados, que existe para você encomendar produtos, alguns até da concorrente. Também tem um aplicativo de B2B (Parceiro BEES, da Ambev). A Amazon nasceu dessa maneira, com venda de livros pelo correio. Hoje está colocando gente no espaço.

Fonte: https://guiadacervejabr.com/

A manifestação da agenda ESG no setor de bebidas

Rosana Jatobá conversa com o vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo, sobre o papel da maior produtora de cerveja do mundo na preservação do meio ambiente. Segundo ele, a empresa ‘é comprometida com a prática sustentável tem metas ambiciosas de redução de impacto socioambiental, com foco na inovação e colaboração com o ecossistema.’ Figueiredo fala, dentre outros pontos, sobre a eficiência hídrica, aspecto vital para uma indústria que tem a água como matéria prima.

‘Hoje, partimos de quais são as dores dos clientes’, diz diretor da Ambev

Colocar o cliente no centro do negócio e desenvolver as estratégias a partir das necessidades dele foi chave para a Ambev conseguir se recuperar da estagnação que vinha vivendo desde 2016, diz o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Lucas Lira. “Aprendemos que era essencial ouvir mais o cliente e o consumidor para desenvolver produtos e serviços que ajudem no negócio.”

Outra lição desses anos difíceis, diz o executivo, é a necessidade de ousar. Segundo ele, a empresa ousou antes da chegada da pandemia investindo em tecnologias que se mostraram essenciais durante a quarentena. Confira, a seguir, a entrevista. 

Lucas Lira: ‘conforme ouvimos mais o consumidor, tivemos melhores condições de desenvolver produtos’. Foto: Ambev – 7/1/2022

Quais fatores fizeram a Ambev se recuperar?

Estamos passando por uma transformação estrutural. Isso leva tempo. De 2019  para cá, começamos a trilhar um caminho que acreditamos que pode ser muito bom. Primeiro, resolvemos nos abrir mais como companhia e olhá-la como parte de um ecossistema maior, que inclui revendedores, clientes, consumidores, fornecedores. Começamos a tentar trabalhar de forma mais colaborativa com esse ecossistema. Conforme ouvimos mais o consumidor e os clientes, tivemos melhores condições de desenvolver produtos e serviços que podem agregar valor. Hoje, partimos de quais são as dores dos clientes e consumidores em termos de experiência e qualidade. Tentamos desenvolver nossa estratégia com base nisso. A primeira é um portfólio  de bebidas mais amplo e diverso. Não só de cerveja, mas de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Segundo, ouvindo os clientes, conseguimos dar um salto importante no nível de serviço na pandemia.  Terceiro, fizemos apostas em tecnologia. A plataforma Bees passou a ser não só o principal veículo de comunicação com o ponto de venda, o que nos ajuda a atender melhor e ofertar mais produtos para os clientes, como também ajuda a digitalizar o negócio do cliente, além de trazer benefícios na área de logística.  Outro exemplo: no Rio, temos um marketplace que permite que possamos oferecer para nossos clientes produtos que não são da Ambev. Temos feito parcerias com outras empresas de bens de consumo, como Camil, Pernod Ricard, Mondelez… 

De 2016 até mais ou menos o começo da pandemia, a empresa teve um desempenho mais fraco. Como avalia esse período?

Vou tentar responder com base nos nossos aprendizados. Número um: a gente realmente precisava se abrir mais como companhia. Dois: aprendemos que era essencial ouvir mais o cliente e o consumidor para desenvolver produtos e serviços que ajudem no negócio. Colocamos o cliente e o consumidor mais no centro. Houve algo que não foi um aprendizado propriamente dito, mas uma oportunidade que se apresentou, e a companhia tem, por enquanto, sabido aproveitar. Foi essa aposta em tecnologia que fizemos como forma de ajudar o cliente que estava com as portas fechadas e precisava encontrar uma forma de operar. O Zé Delivery (aplicativo de venda de bebidas) chegou como uma solução para que nossos clientes pudessem continuar abertos, entregando em casa. Esse tipo de solução surgiu de uma demanda real. A pandemia trouxe dificuldade para todo mundo, mas, por já estarmos investindo nessas tecnologias há alguns anos, fizemos apostas corretas e isso talvez seja um aprendizado: ousar mais.Ousamos na parte tecnológica e também na de inovação de produto. No meio da pandemia, lançamos a Brahma Duplo Malte, que chegou super bem. O produto foi desenvolvido escutando 3 mil consumidores ao mês e conseguiu estar presente em um momento em que o consumidor estava mudando seu padrão de comportamento. A Brahma Duplo Malte abraçou as lives. Isso ajudou a marca a ser conhecida.

Apesar do aumento de receita e market share, as margens da Ambev ainda não se recuperaram. Como melhorá-las diante de um cenário de alta no dólar e no preço das commodities?

O mundo que estamos vivendo está mais incerto e volátil. Isso faz com que qualquer projeção seja complicada. Por isso, no nosso processo de planejamento, passamos a trabalhar com diferentes cenários, mais ou menos conservadores. A rentabilidade do nosso negócio tem estado sob pressão nos últimos anos muito em função de fatores fora do controle, como a desvalorização cambial e a inflação de commodities. Quando a gente olha para frente, em maior ou menor grau, continuamos vendo esse desafio. Por conta disso, acreditamos que o caminho segue sendo entregar crescimento de receita sólido. Tudo que a gente vem falando – da nossa estratégia comercial, da parte de inovação, do foco em marcas “premium” e da volta do consumo do bar – tende a nos ajudar muito. É no bar que a garrafa retornável (cuja margem é maior)  é campeã de audiência. Isso ajuda a recuperar rentabilidade. Acreditamos que, se continuarmos entregando o nosso plano comercial, que é o que tem feito a diferença da pandemia para cá, e esse crescimento de receita, isso deverá continuar nos ajudando a recuperar a rentabilidade do negócio. Nosso ‘mood’ (humor) é de recuperação, e essa recuperação é puxada pelo crescimento da receita por conta da estratégia comercial.

O que ainda falta fazer nessa transformação da empresa e o que é importante para manter os resultados positivos?

Tudo que falei de aprendizado, temos de continuar aplicando para frente. Não existe jogo ganho, longe disso. Para mim, o mais importante agora é consistência. Continuar ousando, ouvindo o cliente e o consumidor e construindo produtos e serviços para atendê-los melhor. 

A companhia está com um foco em cervejas “premium”. Como ficam as tradicionais Brahma, Skol e Antarctica?

Continuam sendo importantes. Na pandemia, elas foram resilientes. Vimos consumidores voltando para marcas conhecidas.  A Brahma Duplo Malte foi importante para a família Brahma. Mas aqui também é importante falar como enxergamos o mercado brasileiro. Parecido com a Argentina e o Paraguai, o Brasil é um mercado em fase de expansão e de amadurecimento. O País ainda não é um mercado maduro do ponto de vista de perfil de consumo. A indústria de cerveja do Brasil segue crescendo, mas, dentro desse crescimento, tem as marcas “premium” e “core plus” crescendo em um ritmo mais acelerado. Quando olhamos nosso portfólio premium, ainda tem muita coisa para fazer. Quando o consumidor começa a considerar mais de uma marca, quem consegue desenvolver um portfólio mais amplo tende a criar um negócio de crescimento mais sustentável.

Fonte: https://economia.estadao.com.br

Grupo Heineken reforça ESG com criação de vice-presidência

Para ter mais foco e ação na agenda ESG no Brasil, o Grupo Heineken anuncia a criação da vice-presidência de sustentabilidade e assuntos corporativos com a nomeação de Mauro Homem como líder da área, que atuará diretamente com Mauricio Giamellaro, presidente da cervejaria.

“Esta foi uma decisão da alta liderança da empresa, especialmente do presidente, que vê a necessidade de se posicionar mais, trabalhar o tema nas marcas e ter um acompanhamento do comitê de direção. Fico feliz pela oportunidade de ampliar a atuação na agenda ambiental e social, principalmente”, diz Homem em entrevista à EXAME.

Segundo o executivo, ainda não há detalhes sobre rotina com comitê, por exemplo, mas a intenção é ampliar uma jornada que contou, em novembro, com o lançamento da plataforma Green Your City, de iniciativas de sustentabilidade para a vida noturna de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com compromissos firmados em três diferentes pilares: economia circular, cidades mais verdes e consumo responsável.

Além disso, há o acompanhamento de metas anunciadas, como a neutralização das emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor até 2040 e levar energia renovável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras, até 2030. “Meu desafio é continuar o trabalho com a marca institucional e também ampliá-lo nas outras marcas do Grupo”, diz Homem.

Segundo ele, foi ao pensar nessa estruturação com as marcas que se optou pela unificação de sustentabilidade e assuntos corporativos. “O Brasil é o país de maior mercado para o Grupo Heineken, em volume, e é impossível prosperarmos sem responsabilidade social e sustentabilidade. Para isto, é preciso realizar comunicações com diferentes partes, ter relações públicas e mais, assim entendemos a sinergia das áreas”, explica. Deste modo, haverá um trabalho também com a vice-presidência de jurídico e governança.

“Acreditamos que a agenda ESG nas empresas precisa estar em um nível de maturidade ainda mais elevado e, para além de firmar compromissos públicos, é preciso atuar com base no propósito e nos valores da companhia. Estamos fazendo esse trabalho há alguns anos e, com essa nova estrutura, conseguiremos colocar ainda mais foco e agilidade no que queremos construir e deixar de legado para a sociedade”, diz Giamellaro.

Marcas e ESG

Cada marca do Grupo Heineken tem um papel para reforçar a comunicação ESG com o consumidor final. Enquanto a cerveja Heineken encabeça a plataforma Green Your City, a cerveja Amstel realiza ações sociais com foco em diversidade e inclusão, especialmente para a população LGBTQIA+; a Devassa tem uma plataforma de criatividade cultural e igualdade racial; a Lagunitas trabalha com proteção de animais abandonados; e as marcas de não alcóolicos carregam compromissos como a redução de 80% no uso de garrafas PET, ocasionando em menos 25% do uso do plástico no portfólio.

“Percebemos a oportunidade de gerar diferenciação por meio das marcas, ao levar as mensagens da companhia, reforçar o propósito e gerar vantagem competitiva”, diz Homem.

Fonte: https://invest.exame.com

Ambev planeja atingir zero emissões de carbono até 2040

Terceira maior indústria cervejeira e quinta maior produtora de bebidas do mundo, a Ambev planeja zerar as emissões de carbono de toda sua cadeia de valor até 2040. O anúncio, de caráter global, foi feito no final de 2021, junto com a apresentação do novo propósito da companhia: “Sonhamos grande por um futuro com mais razões para brindar”.

O anúncio marca um movimento que começou em 2017, quando a Ambev assumiu compromissos importantes focados na melhoria dos processos de gestão de uso de água, agricultura, embalagem circular e outros relacionados à sustentabilidade até 2025. Desde então, a companhia vem avançando consideravelmente nessa jornada.

O anúncio marca um movimento que começou em 2017, quando a Ambev assumiu compromissos importantes focados na melhoria dos processos de gestão de uso de água, agricultura, embalagem circular e outros relacionados à sustentabilidade até 2025. Desde então, a companhia vem avançando consideravelmente nessa jornada.

Os avanços

Só no Brasil, as emissões totais de Gases de Efeito Estufa (GEE) de suas atividades foram reduzidas em 35% até 2020 e 100% de suas 32 unidades nacionais já operam com energia renovável.

Em 2021, a fábrica de produção de malte em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e o centro de distribuição em Joinville, Santa Catarina, se tornaram as primeiras unidades nacionais da Ambev a operar com carbono neutro.

Metas para 2025

Entendendo que sua responsabilidade vai além do último gole de cerveja, a Ambev agora está de olho em 2025, ano limite para que 100% de toda a eletricidade que move a empresa venha de comprada fontes renováveis, para que as emissões de carbono já estejam reduzidas em 25% e para que todas as embalagens sejam retornáveis ou feitas majoritariamente feitas de conteúdo reciclado.

“O novo propósito traduz a união entre a nossa capacidade de mobilizar pessoas em um objetivo comum e nossas ações para construir um futuro melhor. A sustentabilidade é fundamental nessa construção. O avanço na pauta de ação climática representa a solidez dos resultados das nossas ações e compromissos ambientais até aqui, e a certeza de que podemos e iremos fazer muito mais”, diz Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev.

Nos últimos quinze anos, a empresa reduziu as emissões diretas das fábricas em mais de 60% e está próxima de atingir 100% de uso de energia renovável. Com isso, está em 32% de sua meta atualmente. Pelo futuro do planeta, esperamos que passos ousados como esses influenciam de forma positiva outras companhias. Para conhecer todas as iniciativas da Ambev, clique aqui.

Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br

A reforma tributária precisa caminhar

Falar em retomada econômica é a previsão mais incerta do momento. A escalada da taxa de juros para conter a inflação de 10%, a mais alta nos últimos seis anos, somada ao aumento dos custos de produção e desemprego, reduz de forma drástica o poder de compra da população, além de afastar investimentos.

Diante desse cenário é indispensável voltar a discutir projetos que abram espaço para o Brasil retomar o ritmo de crescimento econômico e desenvolvimento social. E um deles é a reforma tributária, que precisa ser aprovada com a maior celeridade possível para aumentar a competitividade da indústria brasileira.

Entre os projetos abrangentes em tramitação no Congresso Nacional, que unificam e simplificam os diversos tributos que incidem sobre o consumo, temos as Propostas de Emenda à Constituição, a PEC 45/2019, na Câmara dos Deputados, e a PEC 110/2019, no Senado Federal.

Fruto de um extraordinário esforço do senador Roberto Rocha (PSDB/MA), temos visto maiores chances de a PEC 110 avançar ainda este ano. Em meio ao recesso parlamentar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que o projeto terá prioridade na Casa, com a leitura de seu relatório na Comissão de Constituição e Justiça, votação no plenário e envio à Câmara dos Deputados, até o fim de fevereiro.

Em linhas gerais, trata-se de um caminho mais próximo que o setor industrial brasileiro tanto aguarda: um sistema tributário que reduza a burocracia, o contencioso jurídico, a quantidade de impostos, a complexidade e o custo da sua operação. E que traga segurança jurídica para a indústria, mas sem aumentar a carga tributária, uma das mais altas do mundo para a atividade produtiva. O impacto atual dos tributos no preço final da cerveja chega a 56%.

O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos, com uma produção anual de mais de 14,3 bilhões de litros. Movimenta uma cadeia do “Campo ao Copo” que se estende desde o agronegócio, com destaque para a produção de diversos grãos, mais de 40 mil veículos empregados na distribuição e 1,2 milhão de postos de vendas espalhados por todo o país, até o consumo final das famílias.

Em números, o setor cervejeiro representa 14% da indústria de transformação e 2% do Produto Interno Bruto. Contribui com mais de R$ 25 bilhões em impostos, gera uma massa salarial de R$ 27 bilhões e é responsável por mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos. Estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas para o Sindicerv revela que, a cada emprego em uma cervejaria, outros 34 novos postos de trabalho são criados na cadeia produtiva.

Daí a importância da indústria da cerveja como uma das principais molas propulsoras na geração de empregos e retomada do país em meio à crise sanitária que vivemos.

Entendemos que a reforma tributária é um tema complexo e mesmo diante da agenda eleitoral há sensibilidade do Poder Legislativo federal para a aprovação de uma reforma estruturante que conta com o apoio e o consenso entre indústria, Estados e sociedade civil. A reforma tributária precisa caminhar para que o Brasil retome os trilhos de desenvolvimento.

LUIZ NICOLAEWSKY Superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv)

Publicado inicialmente em: https://congressoemfoco.uol.com.br/projeto-bula/opiniao/a-reforma-tributaria-precisa-caminhar/

A convite de cervejaria, artistas baianos criam obras inspiradas na festa de Iemanjá

Os artistas plásticos baianos Amanda Santana, Andressa Moniqui, Suzane Lopes, Ani Ganzala, Eder Muniz e Tárcio V foram convidados pela cervejaria Bohemia para, sob suas óticas, traduzirem em obras de arte a representação da cultura e tradição do 2 de Fevereiro, data em que se presta homenagens à Iemanjá. As obras estão expostas online, nas redes sociais de cada criativo.

“Em 2020 propomos a troca do presente manufaturado a Iemanjá por uma flor. Neste ano, ainda sem poder celebrar como a tradição manda, convidamos esses artistas para não apenas retratar a importância cultural da festa, mas fazeram as obras chegarem as pessoas pelo digital”, comenta Juliana Vianna, head da draftLine Ambev.

Fonte: https://aloalobahia.com

Heineken abre mais de 180 vagas de emprego

Esse pode ser o momento certo para quem está procurando vagas de emprego, porque a Heineken tem mais de 180 oportunidades abertas. As ofertas estão espalhadas por todo o território nacional e contemplam várias áreas de atuação. Profissionais de diferentes níveis de escolaridade podem pleitear os cargos.

A empresa oferece tanto oportunidades fixas como para Jovem de Aprendiz. Entre as vagas de emprego na Heineken, estão:

Motorista Entrega; Coordenação de Marketing; Promotor Trade Execução; Supervisor Logística; Ajudante Interno Armazenagem; Vendedor; Supervisor de Vendas; Analista de Suporte; Promotor de Vendas; Executivo Regional de Vendas; Operador Logístico; Ajudante Entrega.

De acordo com a marca de cervejas, os contratados receberão salários compatíveis com os do mercado. Além disso, as vagas de emprego na Heineken contam com uma série de benefícios, como: Home office (alguns cargos); Assistência médica; Assistência odontológica; Seguro de vida; Vale-transporte; Auxílio combustível; Vale-alimentação; Vale-refeição; Auxílio academia; Previdência privada.

A inscrição é feita de forma totalmente gratuita pelo site de carreiras da empresa.