Heineken amplia investimento em games com CBLoL e automobilismo

A Heineken, por meio da marca Heineken 0.0, ampliou sua participação no mundo dos games e e-sports, desta vez, através, de uma parceria com o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), da Riot Games. Outro projeto envolve os naming rights de duas competições de automobilismo virtual: a Fórmula Heineken 0.0 e o Heineken 0.0 Masters of Track, fruto de parcerias com a F1BC e IRB E-sports, respectivamente.

O acordo de dois anos com a Riot Games Brasil é inédito globalmente, já que é a primeira vez que a marca se conecta diretamente com o território desta comunidade no mundo. O Brasil possui um dos públicos mais engajados com os e-sports e o CBLoL é um dos campeonatos mais icônicos do cenário competitivo brasileiro, com uma média de audiência de 200 mil espectadores, chegando a quase 500 mil durante as finais de 2021.

Além disso, internacionalmente, a torcida brasileira continua sendo uma das mais representativas. Durante o Mundial de LOL de 2021, foi registrada uma média de 170 mil espectadores brasileiros simultâneos assistindo aos jogos da RED Canids Kalunga, e mais de 250 mil espectadores assistindo às finais do campeonato.

“A Heineken 0.0 chegou ao Brasil herdando plataformas de comunicação da marca mãe e agora vai liderar a plataforma de games da Heineken no mundo. Estarmos inseridos no universo dos games nos permite criar experiências de marca relevantes para os consumidores e competidores, assim como amplifica nossas mensagens a um novo público atento e engajado a desempenhar alta performance”, comenta Eduardo Picarelli, diretor da Business Unit da Heineken no Brasil.

Para Carlos Antunes, head de e-sports da Riot Games no Brasil, os e-sports seguem mostrando seu potencial de alcance engajamento no Brasil. “Também é uma evidência do potencial para as marcas de se conectarem com novos públicos de uma forma mais autêntica. Assim como conseguimos levar a qualidade e excelência do CBLOL para mais de 12 milhões de fãs em 2021, temos certeza de que ofereceremos experiências para a comunidade gamer e fã dos e-sports juntos com a Heineken 0.0”, destaca.

Ampliação no automobilismo

Desde 2016, por meio do patrocínio global à Fórmula 1, a Heineken já conta com o automobilismo como plataforma estratégica e agora leva isso também para o mundo dos games. A Heineke 0.0 adquire os naming rights de dois campeonatos virtuais de iRacing: Fórmula Heineken 0.0, desenvolvido pela F1BC, e Heineken 0.0 Masters of Track, resultado da parceria com a IRB E-sports.

Para Eduardo Picarelli, no Brasil, as parcerias fazem parte de uma jornada que começou no ano passado: “Nossa estreia dentro do automobilismo virtual ocorreu com o Player 0.0, torneio proprietário dentro do game da Fórmula 1, que teve diversas etapas online e uma grande final presencial no Paddock do Autódromo de Interlagos durante o Fórmula 1 Heineken Grande Prêmio São Paulo. Além da alta performance, por meio dessas ativações buscamos seguir fomentando assuntos de extrema importância para a sociedade — como consumo responsável e a incompatibilidade de bebidas alcoólicas e direção”.

“Nosso campeonato F1BC Formula Heineken 0.0 é bastante exclusivo, pois os apaixonados por velocidade nos games e simuladores são desafiados a estarem entre os 30 mais rápidos do Brasil, se classificando para o campeonato que renderá as premiações exclusivas da Heineken”, afirma Rodrigo Steigmann, Diretor Geral do F1BC e-Sports. Já Guilherme Bantel, Gerente de Marketing do IRB Esports, reforça que “o automobilismo virtual é um esporte eletrônico com crescimento exponencial nos últimos anos, aqui no Brasil e em todo o mundo. Além de competitividade e realismo incomparáveis para quem disputa, é uma plataforma interativa de entretenimento que oferece diálogo único com pilotos e espectadores.”

Fonte: https://forbes.com.br

Linn da Quebrada será consultora de diversidade e inclusão na Ambev

Linn da Quebrada foi anunciada nesta sexta (10) como nova consultora de diversidade e inclusão da Ambev. Segundo a empresa, ela atuará em projetos internos e externos voltados a pessoas LGBTQIA+, especialmente trans e travestis.

A atriz, cantora e compositora travesti terá entre as atividades encontros com os cerca de 130 colaboradores trans da companhia —em um universo de quase 30 mil colaboradores— para identificar os principais problemas, as experiências e as conquistas desses profissionais.

Lina, como também ficou conhecida nacionalmente ao participar do Big Brother Brasil 22, também vai discutir práticas de representatividade com outros parceiros e profissionais da Ambev.

“Essa é uma dádiva, mas também uma grande responsabilidade de pensar ações que de fato permitam que estejamos vivas e atuantes em nosso momento presente. Isso muda não o futuro, mas o aqui e agora, o presente”, afirma Linn da Quebrada ao Inteligência de Mercado.

De acordo com a empresa, a proposta é que ela tenha total abertura para a construção de caminhos e iniciativas que levem a uma atuação mais inclusiva para a comunidade trans e travesti na sociedade.

“Estou muito feliz, muito honrada e quero conseguir ocupar esse cargo dentro da empresa da melhor maneira possível e poder mostrar não apenas nossas cicatrizes mas o quanto somos excelentes enquanto profissionais. E que o mínimo que é preciso é que haja uma oportunidade para que a gente possa mostrar muito mais e possa ser muito mais”, diz a artista.

No BBB, ela, que tem tatuado “ELA” na testa, teve de explicar algumas vezes por que não deveria ser tratada com o pronome masculino, como ocorreu algumas vezes dentro do programa da Globo.

“Eu fiz essa tatuagem por causa da minha mãe. No começo da minha transição, a minha mãe ainda errava e me tratava no pronome masculino. Eu falei: ‘Vou tatuar na minha testa’. Por isso ficou na dúvida, lê e aí vocês lembram que eu quero ser tratada com pronome feminino”, disse Linn da Quebrada na casa a pedido do apresentador Tadeu Schmidt.

A artista será ainda uma das embaixadoras do Lager, grupo de afinidade que discute e implementa ações voltadas para o público LGBTQIAP+ na empresa.

“Acreditamos no poder da união e do diálogo para transformar a vida e a realidade de pessoas trans ou LGBTQIAP+ e é motivo de muito orgulho contarmos com uma mulher negra e trans com tanta representatividade como a Lina atuando como conselheira em nossa área de D&I”, destaca a Ambev em nota sobre a importância de Lina.

A empresa ainda ressalta o papel fundamental de pessoas cis no processo de mudança. “Só vamos conseguir construir um futuro em que todas as pessoas tenham mais razões para brindar se a mudança começar em cada um de nós.”

Desde 2016, a Ambev tem apresentado algumas ações em relação a diversidade. Uma delas é um suporte a retificação civil dos nomes de todos os colaboradores trans/travestis que desejarem, projeto intitulado “Me chame pelo meu nome (e pronome também!)”.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/inteligencia-de-mercado/2022/06/linn-da-quebrada-sera-consultora-de-diversidade-e-inclusao-na-ambev.shtml

Ação que apoia retificação de nomes causa impactos além do ecossistema cervejeiro

João, Maria, Luiz Eduardo, Ana Carolina… Simples ou composto, comum ou diferente, o fato é que, apesar de os nomes próprios serem tantos, cada um carrega a sua singularidade por ser a identificação de uma pessoa perante a sociedade.

O impacto dos nomes no convívio social de um indivíduo está estabelecido pelo Código Civil, apontando que toda pessoa precisa ter um, estando nele compreendidos o prenome e o sobrenome, que geralmente são definidos no registro da certidão de nascimento.

Entretanto, imagine uma pessoa transgênero que começou sua hormonização e tem barba, mas nos documentos ainda carrega um nome atrelado ao gênero feminino. Se ela precisar apresentar seu documento para entrar em um estabelecimento, essa situação poderá causar questionamentos, transfobia e desconforto.

Foi pensando nisso que a Ambev criou o projeto “Me chame pelo meu nome (e pronome também)”, que apoia pessoas trans e travestis da companhia no processo de retificação de seus nomes. “Nosso objetivo é ajudar nosso time de colaboradores trans e travestis a se sentir cada vez mais incluídos dentro e fora da Ambev”, pontua a companhia.

Entendendo as questões burocráticas que englobam a alteração de nomes, a Ambev chamou um advogado especializado no tema para ajudar os colaboradores nesse processo. “Basta o funcionário enviar um e-mail para seu respectivo gestor que a equipe responsável de D&I (diversidade e inclusão) entrará em contato com o advogado, iniciará o processo e arcará com todos os custos envolvidos”, destaca a empresa.

A ação se soma a outros programas internos da Ambev para ajudar a combater homofobia, transfobia, machismo, racismo e a objetificação da mulher dentro do seu ecossistema.

“Acreditamos que um ambiente diverso faz com que as pessoas se sintam mais confiantes para propor novas ideias e estimular a inovação e criatividade, resultando na qualidade das decisões tomadas”.

Em 2016, para reforçar seu compromisso com a causa LGBTQIAP+, a companhia aderiu ao Fórum de Empresas e Direitos LGBTQ+. Também criou o LAGER, grupo de afinidade para todos os membros da comunidade LGBTQIAP+ poderem discutir as melhores práticas de inclusão para que se sintam cada vez mais à vontade para se expressar da maneira que quiserem.

O projeto “Me chame pelo meu nome (e pronome também!)” é mais uma iniciativa dentro desse guarda-chuva de diversidade e inclusão criado para apoiar os mais de 120 colaboradores trans que estão distribuídos em diferentes níveis dentro da companhia.

Me chame de Issabela

Issabela Alves Reis, trans, de 25 anos, é formada em gestão de recursos humanos pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP), e atualmente atua na Ambev como analista de gente e gestão. Ela conta que o nome antigo a afetava negativamente. “Eu não era lida conforme meu gênero. As pessoas associam nome ao gênero e isso não é correto”, afirma.

A retificação do nome de Issabela está acontecendo a partir da ação “Me chame pelo meu nome”. Antes, ela já havia pesquisado formas de mudar de nome, processo que planejava dar início neste ano. “Poder escolher como quero ser chamada me trouxe mais autonomia para ser quem eu quiser ser. O processo está em andamento. Estou aguardando atualização do advogado responsável pela ação”, destaca a analista.

“Como empresa, é um movimento muito humano e empático com nossa existência sendo pessoas trans [a realização da ação], e no Brasil é um movimento para provocar a mudança de comportamento, pois as pessoas que estão na Ambev vão compartilhar essas notícias de forma a conscientizar outras”, completa.

Muito além da companhia

Para que pessoas em situação de vulnerabilidade também possam realizar a mudança de nomes, a Ambev fará ainda uma doação proporcional ao valor investido em seus colaboradores à Casa Neon Cunha, ONG de acolhimento às pessoas da comunidade LGBTQIA+.

A Casa Neon Cunha promove a autonomia da comunidade LGBTQIA+, apoiando sobretudo a população trans com atividades de formação, qualificação, acolhimento e distribuição de cestas básicas.

Além disso, a companhia destaca a consciência de o quão importante é para as pessoas trans e travestis serem chamadas pelo nome e pronome que escolheram. “Afinal, isso é um direito básico atribuído a todas as pessoas, algo importantíssimo para a construção da identidade e dignidade do ser humano, e que, junto com a aparência, nos identifica e diferencia das outras pessoas, nos tornando únicos”.

Junto com o programa, a Ambev lançou um guia com conteúdo especialmente pensado para apoiar a jornada da população trans e travesti dentro de seu ecossistema. “A conclusão que fica é que precisamos, cada vez mais, olhar com atenção para as pessoas, entender suas individualidades e pensar em ações de inclusão que tragam essas pessoas para perto do jeito que elas são, pois só assim conseguiremos construirmos um futuro com mais razões para todos nós brindarmos”, completa.

O que diz a lei?

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal reconheceu que pessoas trans podem alterar o nome e o sexo no registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia de transgenitalização ou decisão judicial. De acordo com a lei, quem deseja fazer a retificação de nome poderá se dirigir diretamente a um cartório para solicitar a mudança. Ainda é preciso ter 18 anos ou mais para poder trocar de gênero nos documentos. Menores de idade, mesmo com autorização dos pais, precisam entrar com um processo judicial.

Outra alternativa para pessoas trans com menos de 18 anos que desejam trocar de nome é utilizar o nome social, que pode ser inserido no RG e deve ser respeitado em escolas, hospitais e outras instituições. Para isso, um caminho pode ser contar com o auxílio do Poupatrans, um coletivo de São Paulo, iniciativa de três mulheres trans comprometidas com o direito de pessoas trans ao reconhecimento de seu nome e identidade através do processo de retificação. Com um portal dedicado ao tema, o Poupatrans esclarece ainda a diferença entre nome social e retificação de nome e formas de obtê-los. O primeiro não muda o nome escrito na certidão de nascimento e é uma política que permite às pessoas trans utilizarem os nomes pelos quais se identificam em diferentes instituições, como escolas e serviços de saúde.

Já o segundo permite a retificação de prenome e/ou gênero através de um procedimento administrativo nos documentos pessoais, substituindo o nome registrado na certidão de nascimento por aquele que a pessoa se identifica.

Para quem busca mais compreensão e caminhos para a tão sonhada retificação de nome, o coletivo elaborou uma cartilha que favorece o direito de retificação do nome e/ou do gênero em documentos oficiais de identificação e que está disponível gratuitamente em seu portal

(https://www.poupatrans.org.br/).

Fonte: https://guiadacervejabr.com