Brasil chega a 1.549 cervejarias registradas no Mapa

O Brasil atingiu a marca de 1.549 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2021, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior (1.383).  Os dados e números constam no Anuário da Cerveja 2021 – estatísticas do setor cervejeiro no Brasil – divulgado na quarta-feira (31), durante evento “Confraria Sindicerv: Números do Setor”, realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindicerv, em parceria com o Mapa, em São Paulo.

O país é o terceiro maior produtor de cerveja no mundo, atrás da China e dos Estados Unidos, e em 2021, o volume de vendas atingiu o patamar de 14.3 bilhões de litros, de acordo com levantamento realizado para a entidade da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.

Para o superintendente do Sindicato, Luiz Nicolaewsky, os números apresentados comprovam o potencial do setor cervejeiro, que demonstrou evolução, mesmo em um ano desafiador para a indústria, marcado pelo cancelamento de grandes eventos, um cenário econômico instável e por dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19.

 “A indústria cervejeira é um dos principais setores que contribui para geração de empregos e retomada econômica do país, que movimenta uma das extensas cadeias produtivas responsável por 2% do Produto Interno Bruto e a geração de mais de dois milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos”, ressalta o superintendente.

“Os dados do Anuário da Cerveja 2021 demonstram que o setor cervejeiro vem evoluindo quantitativamente e qualitativamente e resiliente às crises internas e externas. O aumento do número de cervejarias e cervejas ano a ano exemplificam a expansão do mercado, o que evidencia que a atividade cervejeira caminha firmemente dia após dia”, relata o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo.

O evento contou com a participação dos principais representantes do setor cervejeiro e de autoridades do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Entre os destaques da publicação:

Concentração Sul-Sudeste

Do total, as regiões Sudeste e Sul representam 85,8% das cervejarias do país, com 691 e 638 registros, respectivamente. Seguido da região Nordeste (7,2%), Centro-Oeste (5,1%) e Norte (1,9%).

O estado com mais cervejarias registradas continua sendo São Paulo, com 340 estabelecimentos e do Rio Grande do Sul com 285. Pela primeira vez, desde o início da série histórica, Santa Catarina ocupa a terceira posição, com 195 cervejarias.

O estado paulista observou um aumento de 55 cervejarias, o equivalente a uma média de uma nova fábrica registrada por semana, o dobro em comparação ao estado do Rio Grande do Sul, que foi de 27 cervejarias, no período de 2020 a 2021.

Destaque região Norte

 No período, o maior aumento percentual no número de produtos ocorreu na região Norte, com evolução em 20,8%, em que foram abertas cinco novas cervejarias sendo duas em Rondônia (200%) e uma nos estados do Acre, Tocantins e Pará.

O Anuário da Cerveja 2021 revela ainda que em 672 municípios brasileiros há pelo menos uma cervejaria, o que representa um aumento da dispersão em 10,3% se comparado a 2020. 

Produtos

Em 2021, o total de novos produtos registrados teve crescimento em 5,2%, em relação a 2020, totalizando 1.178 a mais. Atualmente, o Brasil possui 35.741 produtos em cervejaria e o estado de São Paulo lidera a lista com 10.104 produtos.

A média nacional é de 23,1% registros por estabelecimento sendo que o estado de Alagoas apresentou a média mais elevada em todas as unidades da federação, com 34.7%.

Exportação e importação

A cerveja brasileira também está ganhando novos mercados. Em dez anos, as exportações brasileiras tiveram um aumento de 200% no volume, saindo de 80.331.760 quilos em 2011 e chegando a 241.116.776 quilos, em 2021.

Já a importação brasileira de cerveja reduziu 58,7% nesse período, de 44.607.806 kg em 2011 para 18.406.249 kg, em 2021. Ao todo, o Brasil exportou para 71 países em 2021 e importou de 27 países.

Os principais parceiros econômicos na compra de cerveja brasileira são os países da América do Sul, com destaque para o Paraguai, Bolívia, China e Argentina.

Clique AQUI para acessar o Anuário completo.

A gigantesca campanha da Ambev contra a fome no Brasil

Dados recentes do governo mostram que 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil e não têm certeza de quando vão conseguir fazer a próxima refeição.

O dado alarmante, que está acima da média mundial, fez com que o Brasil voltasse a figurar no Mapa da Fome das Nações Unidas.

Por outro lado, cerca de 26 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas anualmente no Brasil, segundo dados da FAO/ONU.

Para ajudar a minimizar o desperdício e contribuir com a alimentação de brasileiros que não têm o que comer, a Ambev fez uma parceria com a startup social Comida Invisível que vai conectar quem quer doar alimentos – neste caso, estabelecimentos como restaurantes, bares, mercados e supermercados – com quem precisa.

Desde o início de agosto, pontos de vendas da região oeste do Rio de Janeiro, por exemplo, cadastrados no BEES – plataforma B2B da Ambev – já podiam solicitar seu cadastro junto à startup social, que atua com soluções de combate ao desperdício de alimentos.

“Sabemos que muitas famílias vivem em situação de insegurança alimentar e, por isso, buscamos um parceiro que nos ajudasse a dar destinação a uma parte de alimentos que normalmente seriam descartados. Temos consciência de que, com o nosso tamanho, conseguimos impulsionar muita gente para frente. Por isso, disponibilizamos aos nossos pontos de venda a possibilidade de contribuir com o trabalho realizado pela Comida Invisível”, diz Carla Crippa, vice-presidente da área de Impacto Positivo e Relações Corporativas da Ambev.

Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/radar/a-gigantesca-campanha-da-ambev-contra-a-fome-no-pais/

Heineken em Passos: arrecadação de receitas deve aumentar 15 vezes

Em 2021, o VAF que retornou a Passos referente à atividade de empresas no município foi de R$ 35 milhões; espera-se que o imposto gere R$ 30 milhões por mês

O início das atividades da Heineken em Passos, no Sudoeste de Minas, prevista para 2025, deve aumentar em 15 vezes a arrecadação anual do Valor Adicionado Fiscal (VAF), quota-parte que compõem o Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado e que retorna aos cofres dos municípios geradores de riquezas por intermédio das atividades econômicas que recolhem o referido imposto.

Durante o ano de 2021, o VAF que retornou a Passos referente à atividade de todas as empresas do município foi de R$ 35 milhões. Porém, conforme os estudos e projeções realizados pela Secretaria de Fazenda do município, espera-se que o recolhimento de impostos realizado apenas pela Heineken renda, mensalmente, cerca de R$ 30 milhões aos cofres da cidade mediante o acréscimo do VAF.

“Estes cálculos realizados pela prefeitura utilizam uma perspectiva conservadora e pessimista. Isso porque, segundo as expectativas da empresa, esse valor pode variar na casa de R$ 41 milhões a R$ 45 milhões por mês. Todas as empresas que nós temos no município arrecadaram, juntas, R$ 35 milhões no exercício de 2021, e espera-se que a Heineken irá recolher entre R$ 30 e R$ 45 milhões por mês”, disse Maxwell Ribeiro, secretário de Indústria, Comércio e Turismo.

Ontem à tarde, houve uma reunião entre os secretários municipais de Indústria, Comércio e Turismo, Maxwell Ribeiro; Fazenda, Juliano Beluomini; Planejamento, Edson Martins; Obras, Habitação e Serviços Urbanos, Clelia Rosa e a Procuradora do Município, Eliane Abreu, com os vereadores para discutir pontos do Projeto de Lei que o prefeito Diego Oliveira (União Brasil) mandou para a Câmara para fins de incentivar a instalação da multinacional.

Eles apresentaram o impacto financeiro e orçamentário do projeto de concessão de isenções fiscais à multinacional, envolvendo o IPTU, ISSQN, ITBI e demais taxas municipais.

Os vereadores questionaram de onde vêm os recursos para pagamento de obras de infraestrutura da cervejaria.

A Carta de Intenções assinada pelo diretor tributário e procurador da Empresa, Flávio Galiano, informa que a multinacional se compromete a desenvolver e doar ao município projeto básico para licitação das obras de terraplanagem, drenagem e pavimentação da estrada municipal pela qual escoará a produção da Heineken e de outras grandes empresas já instaladas nas imediações, tais como a Usina Itaiquara e a Usina Ipiranga.

Estima-se que deverão transitar por esta estrada, diariamente, cerca de 400 carretas para escoar apenas a produção inicial da Heineken.

Os projetos também envolvem a construção de dispositivos de acesso entre a MG-050 e a estrada municipal e dois trevos de acesso à fábrica na LMG-146. A empresa também vai desenvolver e doar ao município o projeto executivo para licitação da segunda adutora de água do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), contribuindo com o plano de expansão de captação de água do Rio Grande e otimizando os custos e os serviços ora já prestados pelo Saae.

Caberá à prefeitura realizar as licitações e pagar as obras.

Estima-se que o custo envolvendo as obras na MG-050 e na LMG-146 sejam da ordem de R$ 45 milhões. A prefeitura conta com uma emenda parlamentar de R$ 12 milhões do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Se necessário, o município também já possui como plano alternativo, carta de crédito para empréstimo junto à Caixa Econômica Federal e outros meios de levantar o recurso.