A Ambev lançou nesta quinta-feira (3) um programa de inclusão produtiva que deve impactar 5 milhões de brasileiros nos próximos dez anos.
O Bora vai oferecer conhecimento, apoio financeiro e conexão para pessoas que estão enfrentando a pobreza, em busca de trabalho ou de oportunidades de crescimento nos negócios.
A plataforma foi anunciada em evento com diversos atores do ecossistema de impacto social. Mesas de debate e um happy hour aproximaram o público dos pilares de ESG da empresa.
“Há um ano atualizamos nosso propósito de lutar por um futuro com mais prosperidade e inclusão e hoje, com o ESG Day, deixamos uma mensagem e fincamos essa bandeira para toda a nossa comunidade”, disse Jean Jereissati, CEO da Ambev, na abertura do encontro.
“O Bora é uma plataforma para a Ambev ajudar a incluir produtivamente milhões de brasileiros”, explica Carla Crippa, vice-presidente de impacto positivo e relações corporativas da Ambev para a América do Sul.
“O Bora é um movimento, não é só da Ambev”, enfatiza ela, ao fazer uma convocação para que todos usem a plataforma.
A mesa ‘Inclusão produtiva: o que é isso?” reuniu Adriana Barbosa (Feira Preta e Preta Hub), Edgard Barki (FGVCenn) e Priscila Martins (Artemisia).
Adriana resgatou o histórico de empreendedorismo no Brasil, ressaltando que o recorte racial é transversal quando se fala de inclusão produtiva e combate à desigualdade no país.
Já Barki citou o gap gigantesco na periferia, em que o empreendedor dispõe de 37% menos de recurso na largada, enquanto Priscila Martins salientou que pobreza significa falta de acesso.
“A inclusão produtiva melhora o panorama da sociedade para a redução da desigualdade, mas para isso requer capital financeiro e humano”, afirmou Barki.
A segunda mesa, ‘Soluções coletivas e inovadoras’, trouxe Ana Fontes (Rede Mulher Empreendedora) e Raphael Mayer (Simbiose Social).
Mayer falou sobre a necessidade de democratizar o acesso ao investimento social privado.
“Precisa botar dinheiro na mesa. A Rede colocou R$ 40 milhões nas contas de mulheres durante pandemia”, disse Fontes, sobre programa que empodera principalmente negras e mães em todo o país, lembrando também da importância de oferecer conhecimento.
Mediadora do painel, Andreza de Souza Machado, gerente de impacto social da Ambev, pegou o gancho para explicar os pilares do Bora, estruturado em três frentes: conhecimento, apoio financeiro e conexão.
Na primeira, serão disponibilizadas ferramentas de expansão e aperfeiçoamento de negócios para micros e pequenos empreendedores. Na segunda frente, serão oferecidas soluções financeiras com programas de pontuação e opções personalizadas de microcrédito, além de bolsas de estudos.
E, na terceira, a Ambev conecta parceiros para networking, indicações de vagas e profissionais em uma plataforma virtual.
“A sacada é usar nosso ecossistema gigante para conectar pessoas”, afirmou Andreza.
Prova disso são os dois projetos em andamento: no Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto da Criança, o programa treina 1.000 jovens, maiores de 18 anos, para atuar em bares, restaurantes, hotéis e eventos. A ideia é conectá-los a empresas do setor, aumentando as chances de conquistar um emprego.
Em Recife e São Luís, por meio da parceria com a Rede Mulher Empreendedora, 2.000 micros e pequenas empreendedoras que atuam com gastronomia estão sendo treinadas pelo programa.
Para incentivar o ecossistema, a Ambev vai ainda reconhecer dez práticas de inclusão produtiva no país. O 1° Prêmio Ambev de Inclusão Produtiva: Empreendedorismo e Empregabilidade distribuirá R$ 20 mil para dez organizações. As propostas podem ser enviadas até 17 de novembro em boraambevaprov.netlify.app.
Outro incentivo ao empreendedorismo é a Aceleradora 100+, programa de inovação aberta para fomentar impacto social e que atendam aos desafios de sustentabilidade elencados pela marca.
Desde a primeira edição, mais de 60 startups foram aceleradas e R$ 15 milhões investidos em negócios parceiros.
“Podemos ajudar o Brasil por meio do empreendedorismo e da inclusão produtiva, usando o superpoder da Ambev para transformar nosso ecossistema para o bem”, concluiu Jereissati, sobre os compromissos da marca com a agenda ESG.