Presidente do Sindicerv: “Apoiamos toda reforma que ajude a gerar emprego”

As grandes cervejarias projetam um ano positivo para 2023, com crescimento do mercado, investimento e chegada de novos produtos. Considerando as micro e pequenas fábricas, o Brasil tem mais 1.500 cervejarias em funcionamento atualmente, com perspectiva de chegar a 1.600 ainda neste ano. O setor foi um dos poucos que manteve o crescimento mesmo durante a pandemia da covid-19, e viu um aumento de 8% nas vendas do produto no ano passado. Além disso, o Brasil é o terceiro maior consumidor da bebida no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, em segundo, e da China, em primeiro.

Ao Correio, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria das Cervejas (Sindicerv), Márcio Maciel, conta que o mercado passa por uma diversificação em nichos, com as empresas mirando setores específicos como as cervejas sem álcool, low carb e premium. O sindicato representa fabricantes de grande porte, como a Ambev e a Heineken.

Segundo Maciel, as cervejarias vêm de um crescimento nas vendas desde 2017, e o cenário deve se manter positivo nos próximos anos, com empresas investindo no mercado brasileiro e pensando em trazer novos produtos ao país. Ele enfatiza, porém, que a reforma tributária é importante para o setor, principalmente a simplificação dos tributos. Os altos nível de taxação impactam o setor. Uma lata de cerveja contém cerca de 56% de impostos, por exemplo. Leia, a seguir, os principais pontos da entrevista.

Setor em expansão

O setor de cervejas no Brasil está vindo de alguns anos com um crescimento bom. No último ano, a gente teve um crescimento de 8% em volume. De 2018 para cá, a gente tem tido uma recuperação relevante. Saltamos, nos últimos 10 anos, segundo o Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura, de 157 cervejarias no Brasil para 1.549. Temos a expectativa de passar de 1.600 neste ano. A gente ainda espera ter um crescimento para 2023, e as perspectivas são boas. Não deve ser tão vigoroso quanto foi nos últimos anos, mas a expectativa é, sim, de um crescimento relevante.

Nichos

Estamos começando a ver também o setor da cerveja cada vez mais se dedicando aos nichos. Há todo tipo de cerveja: parecida com champanhe, misturada com café, com frutas cítricas — que inclusive é um tipo exclusivamente brasileiro. São cervejas para todas as categorias de pessoas que querem beber, desde as alcoólicas até as sem álcool. Você tem as que a gente chama de low cost, as mais populares, até as com preços muito mais altos, que se assemelham a vinhos e outros tipos de bebidas.

Zero álcool

O setor de low and no (com baixo teor ou sem álcool) deve crescer bastante. Há uma década, o pessoal bebia cervejas zero álcool e dizia ‘pô, não é a mesma coisa’. A inovação no setor foi tão forte que hoje tem cerveja zero álcool que é cerveja mesmo. Ao fim do processo de produção, é adicionada uma nova etapa que retira o álcool por diferentes formas, algumas por evaporação, outras usando um tipo específico de lúpulo. No Brasil, de 2019 para cá, a gente praticamente triplicou o volume de cervejas zero sendo vendidas. A gente saiu de 140 milhões de litros para 390 milhões no fim do ano passado.

Moderação

Quem bebeu uma cerveja zero recentemente viu que é igual a uma tradicional. Isso é muito bom. Permite que as pessoas que não podem ingerir álcool, ou não querem, possam ter a oportunidade de participar de uma celebração. Por exemplo, vou em um happy hour, mas vou dirigir depois. Posso tomar um produto que não vai me colocar em risco dirigindo. A gente diz muito no setor que, hoje em dia, a cerveja zero álcool é um convite à moderação, tema que as cervejarias trabalham há décadas. A gente deu mais essa ferramenta para o consumidor. Mundialmente, segundo a Worldwide Brewing Alliance, é um mercado que deve crescer em pelo menos um terço até 2025. O mercado está estimado em US$ 10 bilhões.

Cerveja low carb

Temos também as cervejas que a gente chama de low carb, que têm menos álcool e menos calorias, outro perfil de cervejas. A média de teor alcoólico é de 4,5%. Essas cervejas low estão em torno de 3% e com baixa caloria, normalmente menos de 70 kcal. Então são cervejas para você tomar saindo da academia, querendo algo para se hidratar, porque, querendo ou não, 96% da cerveja é água. Para quem tem esse estilo de vida mais fitness, quer consumir menos calorias, é um mercado que está crescendo em todo o lugar do mundo.

Reforma tributária

O setor é totalmente apoiador da reforma tributária e de todas as reformas estruturantes que melhorem a qualidade de vida do brasileiro, a capacidade de você gerar emprego, gerar renda, e produzir aqui no Brasil. O setor cervejeiro — e os números mostram isso — é parceiro da retomada econômica do Brasil. Na nossa cadeia produtiva são gerados mais de 2 milhões de empregos, do campo à mesa. O que for ajudar esse mercado a gerar mais empregos, é positivo.

Imposto simplificado

Na nossa avaliação, está sendo discutida hoje uma reforma que foca em melhores práticas internacionais. Simplificar sem aumento de carga funciona no mundo inteiro, então tem que funcionar no Brasil também. É totalmente inviável que, nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) você tenha 160 horas gastas por ano com compliance tributário, e no Brasil você tenha, em média, 1.500 horas. Imagine o custo que está envolvido.

Prejuízo geral

Esse é o cenário para as grandes produtoras de cerveja, que a gente representa. Mas as micro, pequenas e até médias cervejarias também sofrem com esse problema. Óbvio que com uma grandeza diferente. Tem uma pesquisa recente pelo Guia da Cerveja mapeando o cenário das micro e pequenas cervejarias no Brasil. 37% delas colocam a questão tributária como o principal problema. ‘Ah, mas eles não estão na reforma tributária, eles estão no Simples’. Mas até quem está no Simples tem problema com o nosso cenário atual.

Projeções

As grandes cervejarias, talvez em um ritmo um pouco menor, vão continuar crescendo. Olhando as micro e pequenas, mais da metade delas ficaram no zero a zero em 2022, não obtiveram lucro. Isso é problemático para um setor que tem 1.600 cervejarias. A expectativa para 2023 é que esse cenário se reverta e elas acompanhem o crescimento das mainstreams de fora geral. Há uma expectativa de mais de 80% das micro e pequenas cervejarias de fato terem um crescimento para este ano. O nosso principal ponto de venda, que são bares e restaurantes, 33% segundo pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) estão com perspectiva de contratar em 2023, o que é superpositivo. E a gente tem um ano cheio de eventos. Temos vários festivais, e 2023 foi o melhor carnaval de todos os tempos, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Mais de R$ 8 bilhões foram gerados na economia. A expectativa do setor é que seja um ano bom.

Investimentos

A expectativa é de que produtos novos, presentes em outros países, cheguem ao Brasil ao longo deste ano. O setor está investindo bastante. Uma associada nossa, neste mês, anunciou uma expansão com investimento de mais de R$ 2 bilhões em Pernambuco, em uma fábrica. Outra vai lançar a pedra fundamental de uma fábrica em Minas Gerais, com investimento de mais de R$ 1,8 bilhão. O pessoal está investindo no Brasil, porque entende que é um mercado que vai crescer.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2023/05/5095930-presidente-do-sindicerv-apoiamos-toda-reforma-que-ajude-a-gerar-emprego.html

Produção de cerveja sem álcool deve subir 24% no Brasil em 2023

O mercado de cervejas sem álcool ou com menor porcentagem dessa substância tem crescido. No mundo, o segmento movimenta US$ 10 bilhões, com expectativa de crescer mais um terço nos próximos anos, segundo dados da World Beer Awards. No último ano, o crescimento foi de 5,7%.

No Brasil, a produção de produtos dessas linhas no último ano foi de 390 milhões de litros. Para 2023, a expectativa é de alta de 24% no volume produzido, segundo estudo da Euromonitor International para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).

A estratégia das empresas é impulsionar o consumo em bares e restaurantes, já que hoje 70% do consumo dessas bebidas se dá fora desses ambientes, principalmente nas casas. Como exige uma fase adicional na fabricação, para retirar o álcool, cervejas do tipo são enquadradas nas categorias premium, que custam mais caro e trazem margens mais vantajosas para as fabricantes.

Para 2023, o plano das cervejarias é crescer em receita e não tanto em volume, dado que esse ainda é um ano desafiador do ponto de vista macroeconômico, com consumidores com menor renda disponível.

Assim, investir em categorias voltadas a consumidores de maior poder aquisitivo, ou que compram menores quantidades com mais qualidade, pode ser uma forma de segurar as contas.

Fonte: https://www.estadao.com.br

Dia Mundial da Reciclagem: como os catadores fomentam a economia circular

Foto de Nareeta Martin na Unsplash

Eles fazem parte de uma força de trabalho estimado entre 600 mil e 1 milhão de trabalhadores, conhecidos como catadores de lixo reciclável, no País. Estima-se que 90% do material reciclado que retorna para a indústria, passa pelas mãos desses profissionais, que atuam na coleta, separação e venda, como meio de vida ou complemento de renda.

Em um País que só em 2022 produziu 81,8 milhões de toneladas de lixo e reciclou apenas 4%, reconhecer a importância e o valor ambiental, econômico e social dos catadores é fundamental, principalmente no mês em que se comemora o Dia Mundial da Reciclagem, no dia 17 de maio.  

Para valorizar essa categoria tão importante para o setor cervejeiro, que tem entre suas prioridades a economia circular, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV conversou com Roberto Rocha, presidente da Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT).

“A indústria da cerveja tem preocupação ambiental e diálogo com quem está na ponta, como os catadores. Entendemos que o setor tem bons projetos que contribuem para a recuperação das embalagens, fazendo com que parte dos materiais voltem as linhas de produção das empresas”, afirma o dirigente.

Há 30 anos, Roberto se dedica a buscar soluções, parcerias e políticas públicas para o fortalecimento dos catadores. A ANCAT é uma associação sem fins lucrativos que atua pelo avanço e a profissionalização da categoria organizada em cooperativas e associações, além de contribuir para o trabalho dos catadores que atuam nas ruas, aterros sanitários e em lixões no Brasil, realidade que ele conhece de perto.

Tudo começou nas ruas, quando aos 19 anos, Roberto iniciou suas andanças como catador. A discriminação sofrida por exercer essa prática o impulsionou a ir em busca de mudanças. Desde então, ele construiu uma trajetória de luta em prol da categoria. Fundou a cooperativa CRUMA, em Poá, São Paulo, participou na construção do Movimento Nacional de Catadores (MNCR), da criação da Rede de Cooperativas CataSampa e atualmente pleitear a presidência da ANCAT. “Somos trabalhadores invisíveis, mas que graças a nosso trabalho e dedicação, a profissão de catador passou a ser reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações”, orgulha-se.

Atualmente, além de ter se tornado uma referência nacional no debate sobre a gestão de resíduos sólidos e de visibilidade dos catadores, Roberto Rocha tem atuado de forma efetiva para estabelecer políticas públicas em prol da reciclagem, logística reversa e direitos dos profissionais da catação, buscando incluí-los de forma cada vez mais justa na cadeia produtiva. Além de buscar trazer reconhecimento ao fato de que sua atuação não se limita à coleta dos resíduos, mas contribuem também com um serviço de educação ambiental, ainda que a remuneração hoje esteja garantida apenas na ponta, na venda dos materiais, e não nesse processo como um todo.

“O trabalho realizado pelos catadores está totalmente alinhado com as propostas que são a base do ESG. E isso pode ser melhorado. Tanto no trabalho de recuperação de embalagens, parte importante das boas práticas ambientais, como no aspecto do social, que se refere a melhores condições de trabalho e renda”, finaliza do dirigente.

A reciclagem é das mulheres

As mulheres são a maioria dentro das organizações de catadores. De acordo com dados do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), as mulheres são maioria entre os catadores, representando 70% dos 800 mil trabalhadores em atividade no Brasil.

Confira outras informações sobre o setor no Atlas Brasileiro da Reciclagem, no site.  

Sobre o Sindicerv  

O Sindicato Nacional da Industria da Cerveja é a entidade que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contribuam com o desenvolvimento da indústria e suas respectivas cadeias produtivas. 

Masterclass Heineken: Em parceria com a Bilheteria Digital, o grupo traz grandes nomes para debater a comunicação

O novo projeto da Heineken Masterclass, em parceria com a Bilheteria Digital, convidou um time de peso para promover aulas gratuitas ao público. A ação faz parte das estratégias de construção da marca, para apresentar os valores e atributos.

Lançada no último dia 17 de janeiro, a Masterclass conta com quatro episódios e um bônus. As aulas têm as presenças de lideranças do Grupo HEINEKEN: Vanessa Brandão, diretora de marketing das marcas de cerveja mainstream; Beatrice Jordão, gerente de marketing da Business Unit da marca Heineken no Brasil; Guilherme Bailão, diretor de Brand Experience; Fernanda Saboya, diretora de conexões com o consumidor”. Alguns episódios contam com a participação do cofundador da GRUV, Gabriel Lira, como host.

Nesta Masterclass, 100% on-line e gratuita, a marca conta sua história e também do portfólio, composto por mais de 11 marcas, dentre alcoólicos e não alcoólicos, como: Heineken, Amstel, Devassa, Eisenbahn, Baden Baden, Itubaína, FYS, e muitas outras que estão presentes no dia a dia do brasileiro.

“Para a criação deste Masterclass, consideramos a expertise do Grupo HEINEKEN, como detentora de marcas importantes no mercado, assim como seus executivos, que têm grande experiência mercadológica para compartilhar com os alunos, tanto que, desde o lançamento, tivemos 79 mil acessos e 30 mil inscrições no site”, conta Lira.

Fonte: https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/analice-nicolau/masterclass-heineken-em-parceria-com-a-bilheteria-digital-o-grupo-traz-grandes-nomes-para-debater-a-comunicacao/

O que é a Heineken Silver, que aparece nos estádios da Champions League

Entra ano, sai ano, e uma das principais apostas comerciais da Heineken é a parceria com a Champions League, o maior campeonato entre clubes do mundo. Tão certo quanto o hino da Champions no início da partida é o comercial da cerveja holandesa no início e no intervalo dos duelos do torneio europeu.

A parceria já dura desde 2005, mas, ao longo dos anos, a Heineken altera o produto que usa como principal destaque. Depois da versão tradicional e de alguns anos com a 0.0 (a zero álcool), a bola da vez é a Heineken Silver, que também tem aparecido em alguns GPs de Fórmula 1 (igualmente no lugar da 0.0).

Nos jogos da Champions, como no duelo de terça entre Real Madrid e Manchester City, a Silver aparece nas placas publicitárias ao redor do estádio.

Curiosamente, a Silver nasceu no metaverso, mas a brincadeira virtual se transformou em real em 2022.

A cervejaria tem investido na Silver para atrair um público jovem e, para isso, aposta em características como o teor alcoólico mais baixo (4,0%, contra 5% da original). Também não tem gordura ou açúcar e apenas 2,9 g de carboidratos, segundo o site oficial. De acordo com a campanha de marketing, a versão é um pouco mais sutil e refrescante.

Mas nem adianta procurar a Heineken Silver nos mercados por aqui. A cerveja foi lançada primeiramente em 19 países, com destaque para os europeus, como Holanda, Dinamarca, Espanha, Portugal, Finlândia, Grécia, Itália e Reino Unido, entre outros. No Brasil ainda não há uma previsão para o lançamento da cerveja.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/copo-cheio/2023/05/o-que-e-a-heineken-silver-que-aparece-nos-estadios-da-champions-league.shtml

Cerveja sem álcool é alternativa para estilo de vida mais saudável

A paixão do brasileiro é a cerveja. Tanto que segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o Brasil é o terceiro maior fabricante mundial da bebida, com 15,4 bilhões de litros, atrás da China e Estados Unidos. Tão relevante que as indústrias do setor movimentam R$ 77 bilhões e representam 2% do PIB nacional, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).

A grande novidade nesse cenário é o aumento do consumo da cerveja sem álcool. Se por um lado a cerveja teve crescimento de 8% no último ano, a modalidade sem álcool registrou alta de 37% no consumo. Em 2022, foram 400 milhões de litros consumidos no país. “Notamos aumento nas vendas principalmente entre os clientes que passaram a adotar um estilo de vida mais saudável, em busca de equilíbrio na alimentação e mais qualidade de vida. Pensando nisso, passamos a investir em oferecer mais opções para esse público, trazendo nas gôndolas opções de marcas variadas para escolha”, diz o gerente do Comper Itanhangá Luiz Carlos Narciso.

Resultado de uma combinação de água, cevada, cereais não maltados e lúpulo, a única diferente entre as bebidas é realmente o álcool. E comparada a outras bebidas como sucos industrializados ou refrigerantes, a cerveja sem álcool apresenta baixo teor de carboidratos e calorias.

A dúvida frequente entre os consumidores é se realmente não há nada de álcool nesse tipo de cerveja. Pela legislação brasileira, essa bebida pode conter até 0,5% de teor alcoólico, então é possível encontrar opções de 0% a 0,5%. “Nesse caso, a recomendação é sempre ficar atento ao rótulo, principalmente nos casos em que o cliente tem restrição total ao álcool, como no caso dos diabéticos, que ainda contam com a versão low carb da cerveja, ou até mesmo a quem tem intolerância aos ingredientes da cerveja”, complementa Narciso.

Fonte: https://capivaranews.com/cerveja-sem-alcool-e-alternativa-para-estilo-de-vida-mais-saudavel