Abertas as inscrições do 2º prêmio Lata + Bonita do Brasil

Começam nesta segunda-feira (05/09) as inscrições para a 2ª edição do Prêmio Lata Mais Bonita do Brasil, promovido pela Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio) com o objetivo de estimular a criatividade de cervejarias, que, a cada ano, surpreendem e encantam consumidores com a beleza dos seus rótulos.

No Brasil, mais de 60% de toda a cerveja é envasada pela lata, embalagem mais reciclada do mundo, com ciclo de vida de apenas 60 dias – entre o consumo e a volta da embalagem já reciclada para as prateleiras – além de gerar renda para mais de 800 mil catadores.

“A 1ª edição do Prêmio buscou reconhecer o trabalho primoroso que vem sendo feito pelas cervejarias nacionais”, explica Cátilo Cândido, presidente executivo da Abralatas. “Para esta 2ª edição, e pelo que temos acompanhado ao longo do último ano, estamos apostando em rótulos ainda mais criativos”, comenta.

Podem concorrer ao Prêmio todas cervejarias proprietárias intelectuais e industriais do design de seus rótulos, operantes no mercado brasileiro. Além disso, o rótulo inscrito deve ter sido criado e produzido no Brasil, estar adequado às exigências do Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento (IN 65/2019) e ter circulado de 2020 até a data do término das inscrições ou 30/09.

A votação dos rótulos finalistas pelo público e a avaliação dos jurados vai de 19 de outubro a 20 de novembro. O anúncio dos ganhadores e a cerimônia de premiação estão previstas para dezembro deste ano. O Prêmio conta ainda com os importantes apoios da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), da Abracerva (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja) e do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).

O Prêmio está divido em três categorias, de acordo com o tamanho das empresas:

– micro cervejarias: produção anual de até 2,5 milhões cerveja em lata;

– médias cervejarias: entre 2,5 milhões e 60 milhões de unidades/ano;

– grandes cervejarias: mais de 60 milhões unidades/ano.

Segundo a nova edição do Anuário da Cerveja, publicado recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com dados de 2021, o número de cervejarias registradas e ativas no Brasil aumentou 12% em comparação com 2020. Com isso, o País alcançou um total de 1.549 cervejarias, com forte tendência de crescimento. Para se ter uma ideia, em 2011, o País contava com 129 cervejarias, o que comprova o salto deste segmento, com um crescimento superior a 1.000% nos últimos 10 anos.

1ª Edição da Lata + Bonita

Em 2021, mais de três mil pessoas votaram para escolher os rótulos de latas de cervejas mais bonitos. Dos mais de 150 rótulos inscritos, 26 finalistas foram também avaliados por júri técnico e os vencedores de cada categoria contaram com ampla divulgação por parte da Abralatas e puderam conhecer de perto os detalhes envolvidos na fabricação da latinha.

Na 1ª edição, a categoria micro cervejarias ficou com a APA PQP, da microcervejaria cigana Aqueles Caras. Entre as médias cervejarias, a gaúcha Salva Craft Bier levou todas as premiações. Já nas grandes, a Colorado levou as duas primeiras colocações. Em primeiro ficou a Appia e, em segundo, a Ribeirão Larger. Já o terceiro lugar foi para o rótulo da Cacildis, do Grupo Petrópolis.

Confira o cronograma da 2ª edição do Prêmio Lata + Bonita

05/09 a 05/10Inscrições das latas
8 a 17/10Seleção dos jurados  
19/10 a 13/11Votação do público (hotsite)  
11/11 a 20/11Votação dos jurados (rótulos físicos)  
Entre 29/11 e 09/12Noite de premiação

Abralatas

Fundada há 19 anos, a Abralatas é a voz da indústria de latas de alumínio para bebidas no Brasil, terceiro maior mercado mundial, principal embalagem para cerveja no País e recordista de reciclagem. A Associação trabalha pelo fortalecimento e desenvolvimento do Setor, sempre com responsabilidade socioambiental.

Cerveja em lata, a preferida dos brasileiros, completa 50 anos

Era 3 de abril de 1971. Naquele sábado, a sede da Companhia Cervejaria Skol-Caracu estava em polvorosa.

A fabricante de Rio Claro, a 173 quilômetros da capital paulista, se preparava para a cerimônia de lançamento da primeira cerveja em lata do Brasil, a Skol, marca sueca que a cervejaria do interior havia começado a produzir no país em 1967 —antes de ser comprada pela Brahma, que só em 1999 viria a se tornar Ambev.

A expectativa era grande também do lado da Indústrias Reunidas Matarazzo, dona da Metalma, responsável pela produção das primeiras latas de cerveja em folhas de flandres, um material laminado composto por ferro e aço revestido. À época, a empresa dos Matarazzo já fabricava essas latas para abastecer a indústria alimentícia.

De terno, o então prefeito de Rio Claro, Álvaro Perin, conferiu o tom solene ao momento e tomou o primeiro gole da cerveja em lata, sob os olhares curiosos dos diretores da cervejaria, conforme registrou o Diário do Rio Claro na época.

Nestes 50 anos desde aquela primeira degustação, a embalagem individual e prática da latinha conquistou milhões de adeptos, a ponto de ser responsável hoje por 79% de todas as embalagens de cerveja consumidas no país, segundo a consultoria Kantar.

De acordo com outra consultoria, a Euromonitor, o consumo em 2020 foi de 19,6 bilhões de latas de cerveja, um salto de 16% sobre o ano anterior, puxado pela pandemia –foram tomadas mais latinhas em casa do que long necks ou litros nos bares e restaurantes.

“A mudança dos padrões de consumo durante a pandemia ressaltou ainda mais as vantagens das bebidas em latas de alumínio, como o baixo impacto ambiental, a facilidade para o consumo individual e a segurança”, diz Cátilo Candido, presidente da Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio).

A partir da instalação da Latasa, a primeira fábrica de latas de alumínio do Brasil, em 1989, em Pouso Alegre (MG), as latas em folhas de flandres foram sendo substituídas pelas de embalagem que permite a conservação da cerveja gelada por muito mais tempo.

Mas, à época do lançamento, as latinhas produzidas pelos Matarazzo foram um sucesso. O ex-chefe de vendas da Skol-Caracu, Arnaldo Pecini, hoje com 88 anos, relatou ao Diário do Rio Claro que a demanda era tão alta que filas de caminhões se formavam ao redor da fábrica, esperando carregamento.

A linha de envase produzia 500 latas por minuto, ou 30 mil por hora. Como operação era de três turnos de seis horas, a capacidade produtiva somava 540 mil latas por dia. O feito se deu 12 anos depois que a americana Coors lançou a primeira cerveja em lata.

Hoje, a produção brasileira alcança 32 bilhões de latas no ano, segundo a Abralatas. Em 2020, houve um aumento de 7,3% no volume produzido sobre o ano anterior e, em 2021, a demanda sinaliza para uma nova alta de um dígito.

“Nos últimos cinco anos, mesmo com a pandemia e a crise financeira, a média foi de mais de 8% de crescimento anual”, diz Candido.

As fabricantes de latas de alumínio faturam R$ 14 bilhões ao ano no Brasil e vêm acelerando investimentos. Entre 2021 e 2023, estão sendo aplicados no país US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), com a inauguração de quatro novas fábricas, informa a Abralatas.

A multinacional americana Ball deu início à fabricação em uma unidade em Frutal (MG) este ano e, em 2022, deve começar a produção em Benevides (PA). Já a brasileira Crown Embalagens vai inaugurar a sua sétima fábrica em Uberaba (MG) no ano que vem. A multinacional europeia Ardagh, por sua vez, anunciou uma nova planta para 2022, mas ainda não divulgou o local.

A cervejaria Ambev, que concentra dois terços da venda da bebida no Brasil, inaugurou no ano passado a sua Fábrica de Latas, com investimentos de mais de R$ 700 milhões e capacidade de produção de 1,5 bilhão de unidades por ano. Localizada em Sete Lagoas (MG), a planta abastece operações em Minas Gerais e em partes da região Sudeste.

A Ambev não é autossuficiente em embalagens e continua comprando latas de outras fabricantes. A cervejaria não integra os números da Abralatas.

“A lata de alumínio é a principal embalagem para cerveja no Brasil, e o setor tem uma participação crescente no envasamento da bebida”, afirma Candido, destacando o número de novas cervejarias no país entre 2015 e 2020, principalmente artesanais. “Foram mais de mil no período, segundo o Ministério da Agricultura”, diz.

De acordo com a entidade, a cerveja respondia por 55% das bebidas em lata em 2019, fatia que saltou para 70% no ano passado. Hoje o Brasil produz 13 tipos de latas de 220 ml a 710 ml, onde são envasadas, além de cerveja, refrigerantes, sucos, energéticos, chás e, mais recentemente, água, vinho e coquetéis.

“A latinha pequena é uma grande aposta entre as cervejas premium”, diz Hudson Romano, gerente sênior de consumo fora do lar da consultoria Kantar. “Mas quando as contas apertam, o consumidor migra para os formatos mais tradicionais de embalagens, como é o caso da lata de 350 ml”, afirma.

Segundo o executivo, nos 12 meses entre outubro de 2020 e setembro de 2021 (na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior), houve um aumento de preço de 8,3% nas cervejas em lata para consumo dentro de casa e uma queda de 1,9% para o consumo fora de casa —justamente no período em que os bares e restaurantes ficaram muito tempo operando com restrições.

“Agora vemos o consumo dentro de casa diminuindo, com a reabertura do comércio”, diz. “Porém, o desafio dos bares vai ser aumentar a frequência de consumo, diante deste cenário de inflação”.

O grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, avalia a demanda de embalagem de acordo com a região do país. “No Rio de Janeiro, por exemplo, o latão de 550 ml é bem-vindo, assim como em Pernambuco, onde é bastante consumido”, diz Eliana Cassandre, diretora de marketing do grupo Petrópolis.

“Já na Bahia, a latinha de 269 ml tem boa aceitação”, diz ela, ressaltando que o latão é a embalagem de melhor custo-benefício. “É o formato mais indicado para compartilhar. Não chega a ser uma garrafa de 600 ml, mas é para dividir”.

Vale lembrar que, com tanta lata, o Brasil é um dos maiores recicladores da embalagem no mundo. O país recicla 97% do que produz, o equivalente a 400 mil toneladas ao ano. Segundo a Abralatas —que apresentou os dados no pavilhão Brasil-Glasgow na COP26—, a atividade envolve 800 mil catadores. ​

Abralatas lança prêmio “lata mais bonita do Brasil”

A embalagem que mais vem conquistando os brasileiros, a lata de alumínio para bebidas, não oferece apenas praticidade, sendo encontrada em vários formatos; e sustentabilidade, com um índice de reciclagem histórico superior a 95%. A latinha também conquista pelo visual, são diversos desenhos, cores e criações que tornam a degustação da bebida ainda mais especial.

Para valorizar esse trabalho, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) lança esse ano a primeira edição do prêmio “Lata Mais Bonita do Brasil”. O Prêmio conta com o apoio do Sindicato Nacional da Indústria Cervejeira (Sindcerv).

De acordo com o presidente executivo da Associação, Cátilo Cândido, a lata envasa mais de 60% da cerveja produzida no País. “Essa é uma forma que encontramos de reconhecer o belo trabalho de criação de design de rótulos para latas de cervejas no Brasil”, explica.

Podem concorrer ao Prêmio todas cervejarias proprietárias intelectuais e industriais do design de seus rótulos, operantes no mercado brasileiro. Além disso, o rótulo inscrito deve ter sido criado e produzido no Brasil, estar adequado às exigências do Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento (IN 65/2019) e ter circulado de 2019 até a data da inscrição.

Os interessados em participar devem preencher o formulário de inscrição disponível no site da Abralatas. As inscrições começam no dia 1º e vão até 21 de outubro.

Categorias

 O “Lata Mais Bonita do Brasil” está divido em três categorias definidas de acordo com o tamanho das empresas: micro e pequenas cervejarias com produção anual de até 2,5 milhões de latas de cerveja; médias cervejarias, entre 2,5 milhões e 60 milhões de unidades; e grandes cervejarias, mais de 60 milhões unidades.

As latas serão avaliadas por Conselho de Jurados, composto por profissionais de design, artes plásticas, artes visuais, marketing e merchandising, reconhecidamente capacitados. E as selecionadas vão a júri popular. Os critérios de avaliação são criatividade, beleza estética, adequação ao produto e clareza na comunicação.

Premiação

Haverá uma auditoria externa para garantir a lisura da premiação e os concorrentes passarão por três fases eliminatórias. Na primeira, os jurados vão escolher os 30 melhores rótulos, sendo dez de cada categoria. Na fase seguinte, os 30 selecionados devem, obrigatoriamente, enviar amostras que serão analisadas pelos jurados. Por fim, as escolhidas vão ser publicadas no site da Abralatas para receberem o voto popular. Os que obtiverem maior pontuação no Conselho de Jurados e mais votos no site serão os vencedores.

Os vencedores terão o direito de aplicar Selo exclusivo do Prêmio nos rótulos de suas cervejas, além de terem espaço garantido em publicações e eventos da Abralatas e a conhecerem de perto como uma latinha é produzida.