Ambev rumo a um mundo melhor e, desta vez, com o pioneiro e-Delivery

Por Rodrigo Figueiredo*

Embora nossa sociedade ultrapasse a cada dia barreiras tecnológicas, lançando ações inovadoras aos diversos problemas da atualidade, é preciso sempre lembrar que estamos inseridos em um meio ambiente que precisa de cuidado e atenção. Neste contexto, colaboração e tecnologia passam a ser, então, importantes aliados da sustentabilidade.

E, rumo a essa missão, a Ambev alcança mais um marco histórico no Brasil: pela primeira vez utilizaremos um caminhão 100% elétrico, com zero emissão de gases nocivos (carbono, NOX e micropartículas), em nossas operações logísticas pelas ruas, avenidas e estradas do país. O modelo? Um e-Delivery 14 toneladas 6×2, brasileiro.

A iniciativa pioneira é fruto da parceria fechada com a Volkswagen Caminhões & Ônibus em 2018. Cem unidades já estão em fabricação e entrarão em circulação até o final do ano. O plano é ter 1.600 modelos com a tecnologia zero emissões até 2025, o que representa um terço da nossa frota.

Mas, na prática, o que isso muda na evolução da agenda ESG, especialmente em E? Quando falamos em ações climáticas, cujas mudanças estão entre os nossos maiores e mais urgentes desafios, assumimos o compromisso de reduzir as emissões dos escopos 1, 2 e 3 em nossas atividades. Isso significa reduzir emissões diretas, emissões indiretas provenientes da aquisição de energia elétrica, e todas as outras emissões indiretas da nossa cadeia, mas não controladas pela companhia.

Assumimos publicamente a meta de reduzir 25% das emissões de carbono ao longo da nossa cadeia de valor até 2025 e, desde 2003, já reduzimos 63% das nossas emissões diretas. Embora ambicioso, o objetivo se torna atingível a partir de muito trabalho e esforço conjunto com nossos parceiros.

Ao entrarmos com uma das maiores frotas de veículos elétricos, estamos diretamente garantindo chegar rapidamente a esse objetivo e influenciando outras companhias a fazer o mesmo. Somente no primeiro ano de operação, estimamos que essa frota de 100 caminhões elétricos deixará de emitir aproximadamente 1.540 toneladas de gás carbônico na atmosfera e 583 mil litros de diesel serão economizados.

Completando o círculo virtuoso, 100% desses caminhões em prestação de serviços logísticos à Ambev serão alimentados por energia renovável quando a frota estiver completa. A companhia está inaugurando mais de 44 usinas solares em todo o país, que, juntamente com outros projetos de energia renovável, vão produzir eletricidade suficiente para atender 100% dos 93 centros de distribuição da companhia no Brasil.

Nossa jornada de carbono é 360°, ou seja, olha para todas as direções de atuação da companhia. Desenvolvemos iniciativas em outras frentes, como embalagem circular, agricultura sustentável, gestão de água, entre outras. Juntas, todas caminham para um objetivo único: construir um mundo melhor com negócios sustentáveis a longo prazo.

E, como ninguém faz nada sozinho, cada vez mais passamos a contar e trocar com pessoas, mercados, parceiros, consumidores e comunidades em que estamos inseridos. Integramos todos um ecossistema em que cada ação positiva gera resultados transformacionais para as gerações futuras.

Sempre menciono Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo” e por aqui seguimos assim, fazendo juntos, hoje, um amanhã melhor para todos.

*Rodrigo Figueiredo é vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev

Fonte: https://exame.com/bussola/ambev-rumo-a-um-mundo-melhor-e-desta-vez-com-o-pioneiro-e-delivery/

Vendas de cervejas da Ambev devem subir 25% no 2º trimestre, diz Credit Suisse

As vendas de cervejas da Ambev no Brasil devem crescer 25% no segundo trimestre deste ano, na comparação anual, estima o Credit Suisse, sustentada pela alta de 12,5% nos volumes e 11,5% nos preços. Se juntar os últimos dois anos, o crescimento nas vendas deve ficar em 21%.

A analista Marella Recchia fala que o bom momento do segmento vem com a reabertura econômica, com melhora nos indicadores de garrafas retornáveis (que são mais rentáveis) e nas vendas de marcas premium, como o Chopp Brahma. Um melhor mix de produtos e o avanço da plataforma de vendas online também contribuem.

“Notamos que a Ambev começou a gradualmente aumentar preços, ainda não divulgado, de embalagens de uso único. Também vemos que a empresa foi flexível com descontos, sugerindo poucos efeitos no trimestre”, diz o relatório.

A margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das vendas deve ser de 22%, estima Recchia, com o resultado impactado por maiores custos de produção.

As outras divisões da Ambev também devem se recuperar, com os volumes de bebidas não alcoólicas subindo 25% nas estimativas do banco, America Latina Sul, 26%, América Central e Caribe, 61,5%, enquanto Canadá deve cair 1%. Em termos consolidados, o volume da Ambev deve crescer 18,5%, somando R$ 15,6 bilhões em vendas e Ebitda de R$ 4,2 bilhões.

O Credit Suisse tem recomendação de compra para Ambev, com preço-alvo em R$ 21,50, potencial e alta de 20,78% sobre o fechamento de ontem.

Ambev entrega 1,3 mil cilindros de oxigênio em unidades de saúde no Estado de SP

A Ambev concluiu nesta sexta-feira (9) a entrega de 1.467 cilindros de oxigênio, produzidos na usina especialmente montada na fábrica da Colorado, em Ribeirão Preto, a rede de pronto atendimento paulista, que sofre com alta demanda de oxigênio em decorrência da pandemia. As entregas beneficiam 10 cidades do interior do Estado de São Paulo.

Em parceria com a Air Liquide, os cilindros foram entregues em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) das cidades de:

  • Batatais – 126 cilindros de oxigênio
  • Brodowski – 160 cilindros de oxigênio
  • Serrana – 88 cilindros de oxigênio
  • Araraquara – 74 cilindros de oxigênio
  • Pontal – 24 cilindros de oxigênio
  • Terra Roxa – 144 cilindros de oxigênio
  • Severínia – 79 cilindros de oxigênio
  • Viradouro – 12 cilindros de oxigênio
  • Olimpia – 470 cilindros de oxigênio
  • Bebedouro – 290 cilindros de oxigênio

Em março de 2021, a Ambev iniciou a adaptação da cervejaria Colorado para produção e envase de oxigênio hospitalar. A fábrica, operada por equipes da companhia, tem capacidade para produzir 120 cilindros de 10 metros cúbicos por dia, volume suficiente para manter até 166 pessoas por dia com oxigênio.

Fonte: https://portalregional.net.br/2021/07/ambev-entrega-13-mil-cilindros-de-oxigenio-em-unidades-de-saude-no-estado-de-sp/

Ambev abre inscrições para programa de aceleração de startups

Estão abertas, até 23 de julho, as inscrições para a terceira edição da Aceleradora 100+, programa de aceleração promovido pela Ambev para impulsionar startups de impacto que, de acordo com a empresa, ofereçam soluções aos principais desafios de sustentabilidade de hoje e dos próximos anos com projetos inovadores.

Podem participar companhias que se encontram no momento de ida a mercado, ou seja, que já testaram inicialmente suas ideias e desejam tracionar suas vendas. Após selecionadas e um mês junto executivos da Ambev, mentores especialistas e fundos de investimento, as propostas mais qualificadas serão contratadas e receberão acompanhamento de gestores para implementação.

“Os desafios ambientais atuais exigem soluções inovadoras e fora da caixa, por isso a Aceleradora 100+ surge como uma oportunidade para encontrarmos essas ideias novas e desenvolvermos parcerias que vão impulsionar negócios e ajudar o meio ambiente”, afirma Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev.

Objetivos e necessidades

Gestão da água, agricultura sustentável, mudança climática, embalagem circular, ecossistema empreendedor e conservação da biodiversidade na Amazônia são os desafios contemplados pelo Aceleradora 100+, que, neste ano, conta a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e o Quintessa.

Soluções para os temas apresentados vão ao encontro dos objetivos de sustentabilidade definidos pela Ambev em 2018, destaca a companhia, que, neste caso, conta com apoio institucional do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).

Figueiredo complementa: “A pandemia vem reforçando a necessidade de crescimento compartilhado, de trabalho em conjunto com o ecossistema. Este é o principal objetivo desta edição da Aceleradora 100+: provar que juntos podemos criar e desenvolver ações que tenham um impacto verdadeiro na sociedade.” Para saber mais, clique aqui.

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/mercado/220766-ambev-abre-inscricoes-programa-aceleracao-startups.htm

Podcast Digitalize: Você conhece o Zé? 27 milhões de pessoas disseram sim

A Ambev quer atrair e formar profissionais de tecnologia e para isso vem investindo em aplicativos, big data e inteligência artificial. Neste bate-papo, ouvimos Eduardo Horai, diretor de tecnologia da companhia, que conta como surgiu a Ambev Tech, o aplicativo Zé Delivery e o Empório da Cerveja.

Com a Ambev Tech, a tecnologia permeia o ecossistema da empresa, sendo protagonista na revisão de todos os processos operacionais, com foco em agilidade, colaboração, eficiência e inovação. “Nossa estratégia se baseia na centralidade do cliente, com implementação de ferramentas big data, advanced analytics e inteligência artificial, entre outras, para entregar a melhor experiência nas horas de comprar e de consumir”, diz Horai.

Com o  Zé Delivery, o maior app de bebidas do Brasil, com mais de 27 milhões de clientes, a empresa além quer estar mais próxima de clientes e consumidores. A Ambev também desenvolveu o Empório da Cerveja, e-commerce da companhia que agregou o portfólio de outras cervejarias; e o BEES, um superapp voltado ao comerciante, uma plataforma B2B em que estão disponíveis o portfólio Ambev e produtos de outros segmentos e marcas, a exemplo de alimentos.

Fonte: https://exame.com/bussola/podcast-digitalize-voce-conhece-o-ze-27-milhoes-de-pessoas-disseram-sim/

Ambev desafia as startups contra as mudanças climáticas

Para fabricar um litrão de Skol, a Ambev precisa de quase 2,5 vezes a medida de água. Em tempos de mudanças climáticas e alterações no regime de chuvas, reduzir o uso de água está na ordem do dia da cervejaria.

Em busca de alternativas para esse e outros desafios ambientais, a Ambev lançou a terceira edição da Aceleradora 100+ para selecionar startups em estágio inicial com projetos que possam ajudar a companhia a atingir suas metas de sustentabilidade.

Até 2025, o objetivo da Ambev é aumentar a eficiência do uso de água nas regiões de estresse hídrico. Nessas áreas, a cervejaria quer produzir um litro da bebida com 2 litros de água. Atualmente, a Ambev precisa de 2,4 litros de água para um litro de cerveja — a média da indústria global é 3,4 litros.

As startups escolhidas para o programa da Aceleradora 100+, que contempla até um mês e meio de imersão — com aulas com executivos da cervejaria e de fundos de investimentos —, poderão testar o modelo de negócios com a ajuda da Ambev.

Não há um número fechado de startups que podem participar do programa — as inscrições vão de 5 a 23 de julho e as escolhidos serão conhecidas em agosto —, mas o objetivo é que as companhias estejam no mesmo estágio de maturidade, entre pré-seed e série A, diz Carolina Pecorari, diretora de sustentabilidade da Ambev.

Nas duas primeiras edições do programa, 39 startups passaram pela aceleradora da Ambev — 21 em 2019 e 18 no ano passado. “Não há uma quantidade definitiva. Priorizamos a qualidade, igual no nosso programa de traine”, afirma.

Alguns frutos da Aceleradora 100+ já apareceram. A startup FNM, que participou da edição de 2019 do programa de aceleração, firmou um acordo com a Ambev em janeiro para fornecer mil veículos elétrico — entre caminhões e vãs — até 2023 para a cervejaria fazer a entrega de bebidas. Ao todo, a Ambev já investiu R$ 10 milhões para viabilizar os programas da Aceleradora 100+.

Para as startups, a participação é uma oportunidade de receber treinamentos em temas como tributação. Um chamariz da terceira edição é a possibilidade de receber treinamento de gestores de fundos de venture capital. Nas primeiras versões, a própria Ambev dava as aulas de como fazer um pitch. “Agora, vão ouvir dos fundos o que eles esperam ouvir num pitch”, enfatiza Pecorari.

Ao final do programa, as startups fazem o pitch num Demo Day — a melhor recebe um prêmio de R$ 100 mil. “É um ganha ganha para todo mundo. Temos a solução que ajuda nos nossos desafios, o meio ambiente ganha e a sociedade ganha”, resume a diretora da Ambev.

A Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e o Quintessa, uma aceleradora de negócios de impacto, são parceiros da cervejaria no Aceleradora 100+.

Fonte: https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/ambev-desafia-as-startups-contra-as-mudancas-climaticas.ghtml

Ambev reforça comprometimento com agenda ESG em evento para investidores, diz BTG

O evento sobre práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) que a Ambev realizou nesta semana reforça a mudança de filosofia que a empresa vem realizando nos últimos anos, na avaliação do BTG Pactual.

“No passado recente, a Ambev vem saindo da zona de conforto. A nova filosofia centrada no consumidor não significa apenas que a empresa está mudando sua abordagem nos negócios, mas também cultura corporativa”, escrevem os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Rafaella Dortas.

Entre as principais iniciativas que a companhia vem realizando está o baixo uso de água por litro de cerveja produzido, só 2,4 litros, abaixo da média global de 3,4 litros.

“A Ambev se comprometeu a reduzir esse número para 2 litros em áreas de risco.”

Outro ponto de destaque para o BTG é a renovação do conselho de administração da Ambev, trazendo diversidade e novos olhares para a empresa. “Isso permitiu que a Ambev ganhasse uma certificação da ONU”, comentam os analistas.

O banco acredita que o incentivo a práticas ESG dentro da Ambev podem criar vantagens competitivas para a empresa, de forma a compensar algumas que sumiram ao longo do tempo. “A execução das iniciativas durante a pandemia é um testemunho de como fazer tudo isso e continuar a entregando excelência operacional.”

O BTG Pactual tem recomendação neutra para Ambev, com preço-alvo em R$ 16, valor 8,58% menor que o fechamento de ontem.

Ambev: ação fecha em alta de 3,24% nesta segunda; veja valores

As ações da empresa Ambev (ABEV3) fecharam em alta de 3,24% nesta segunda-feira (28), na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Os papéis da companhia estão cotados a R$ 17,50.

A mudança no valor ocorre no mesmo dia em que o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores brasileira), variou +0,14%, fechando em 127.429,17 pontos.

Ainda no cenário econômico, o dólar comercial fechou hoje com variação de -0,19% ante o real, cotado a R$ 4,928 na venda.

Ambev e Abrasel firmam parceria para oferecer programa de cuidado emocional

A cervejaria Ambev, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), estendeu para todos os seus clientes o Seu Apoio, um de seus programas internos. Elaborado pela cervejaria para dar suporte emocional a seus funcionários, o programa tem uma área totalmente voltada para a saúde, o bem-estar e a inclusão.

A partir de agora, proprietários de bares e restaurantes também podem ter acesso a uma rede de Psicólogos e Assistentes Sociais de forma gratuita e confidencial. O serviço funciona 24 horas por dia pelo telefone 0800 033 0305.

O Seu Apoio busca a resolução de problemas pessoais diversos, tais como: questões de estresse, depressão, ansiedade, abuso de substâncias, violência doméstica, luto, crises ou traumas. Além de dar orientações sobre Previdência Social, autocuidado, acesso a medicamentos especiais, dúvidas sobre adoção e acesso à legislação.

Para o secretário do Sindicerv e Diretor de Relações Institucionais da Ambev, Rodrigo Moccia, o momento pede mais cuidado e um olhar atento às pessoas.

Segundo o secretário, desde o ano passado a Ambev tem aumentado o suporte emocional dos seus funcionários.

“Percebemos que a saúde mental da população se intensificou com a pandemia da Covid-19 e a busca por ajuda profissional é fundamental para saúde mental dos nossos funcionários e parceiros”, explicou Moccia.

Ao ligar no 0800 033 0305, uma consultora especializada fará algumas perguntas para identificar o beneficiário e iniciar o atendimento, que passará por uma triagem da situação e realizará o suporte e dará as orientações. O programa está disponível até 8 de agosto deste ano.

Sobre o SINDICERV

O Sindicerv – Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja é a entidade que representa há mais de 70 anos o setor. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contemplem a evolução e o desenvolvimento da indústria nacional da cerveja e suas respectivas cadeias produtivas e que beneficiam absolutamente todos os atores do setor, sejam eles pequenos, médios ou grandes fabricantes. Atualmente, as empresas associadas ao Sindicerv representam 80% da produção de cerveja no país.

Cooperativas investem R$ 1 bi em maltaria para Heineken e Ambev

Uma onda de investimentos está se formando na região Sul do Brasil e nos vizinhos Argentina e Uruguai para atender à demanda do setor cervejeiro por malte. No Paraná, Estado produtor de cevada (insumo usado para fazer malte), as cooperativas Agrária, Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia vão destinar mais de R$ 1 bilhão para criar uma nova maltaria, na região de Campos Gerais.

Prevista para ser inaugurada em 2023, a fábrica produzirá 240 mil toneladas de malte anualmente e tem previsão de gerar mais de mil empregos diretos e indiretos. Ainda no papel, a nova maltaria já tem um cliente garantido: o grupo Heineken anunciou contrato de dez anos de compra do malte da unidade.

Segundo fontes, a Ambev também vai ser uma das compradoras. A expectativa é de que a dona das marcas Brahma e Skol compre 50% do malte da nova fábrica e a Heineken, 35%.

Entre as razões para o crescimento na busca pelo ingrediente, essencial na fabricação de cervejas, está o sucesso das versões puro malte, que têm ganhado o paladar do consumidor brasileiro. Na pandemia esse gosto ficou bastante evidente, com produtos liderando as vendas, como a Brahma Duplo Malte da Ambev, e com novas apostas, como a asiática Tiger, do grupo Heineken, que está chegando ao Brasil.

Dados da consultoria Nielsen apontam um crescimento de 39% dessa categoria no último ano. A procura pelo ingrediente também é puxada pelo bom desempenho das vendas totais de cerveja no país, a despeito da pandemia. Em 2020, o consumo chegou a 13,3 bilhões de litros, abaixo apenas de 2014, diz a consultoria Euromonitor. E deve avançar mais 2,70% neste ano, para 13,67 bilhões de litros. Assim, garantir matéria-prima é crucial.

Além do projeto paranaense, fontes do setor destacam o projeto uruguaio da Maltería Mosa, pertencente ao Grupo Petrópolis, que produzirá 240 mil toneladas a partir de 2022. A dona das cervejas Itaipava e Petra previa inaugurar uma maltaria em Araucária (PR) em 2018, mas o projeto não se concretizou.

Maior produtora de cervejas no país, a Ambev mantém seis maltarias próprias. Duas estão na Argentina, outras duas no Uruguai e mais duas no Estado do Rio Grande do Sul. O projeto de uma sétima maltaria está em andamento. Juntas, as seis maltarias produzem em torno de 1 milhão de toneladas de malte de cevada por ano, o que faz da Ambev a maior produtora da América do Sul e garante cerca de 95% de seu consumo de malte. Também mantém um programa de fomento ao cultivo de cevada com cerca de 800 produtores no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e uma parceria com a Agrária.

Para a nova maltaria das cooperativas paranaenses, a escolha da região foi pelo clima propício à plantação da cevada, com um potencial de plantio que pode atingir até 100 mil hectares por ano. Além da nova maltaria, batizada de Maltaria Campos Gerais, a Agrária, que lidera o projeto, já produz 360 mil toneladas por ano em suas três maltarias instaladas em Entre Rios (PR) e atende cerca de 30% da demanda do mercado brasileiro de cerveja.

“A região escolhida para construção da maltaria é privilegiada, especialmente no que diz respeito à logística”, diz Jorge Karl, presidente da Cooperativa Agrária. Localizada na região, a cidade de Ponta Grossa abriga fábricas da Ambev e da Heineken.

No início do ano, a Ambev anunciou R$ 385 milhões em investimentos de sua planta no município. Já a Heineken prevê concluir no segundo semestre a primeira fase do projeto de ampliação de sua fábrica, cujo valor total é de R$ 865 milhões.

“A princípio, a compra de malte nacional vem para suprir a demanda de crescimento do nosso negócio e da nossa necessidade produtiva. Todas as cervejas do nosso portfólio premium e ‘mainstream’ [categoria média de mercado] são puro malte, o que aumenta a necessidade da compra deste ingrediente fundamental para a produção. Essa iniciativa irá evitar a necessidade de importação adicional de malte”, diz Carlos Eduardo Garcia, diretor de compras do grupo Heineken. A companhia não revela quanto da produção é nacional, mas explica que a maior parte da cevada ainda é importada. “Com esse projeto vamos dobrar a quantidade de cevada nacional.”

Aumentar a fatia de malte nacional também tem forte importância para redução dos custos. Hoje, segundo fontes de mercado, cerca de dois terços do malte utilizado no país é importado. Embora a Argentina e o Uruguai sejam importantes fornecedores, muitas fabricantes dependem dos maltes vindos de fora do Mercosul e têm de pagar uma tarifa de importação, de até 9%.

Em 2016 o setor conseguiu a aprovação de uma cota com redução ou isenção da alíquota. Naquele ano, foram 156,5 mil toneladas anuais. Com validade até 31 de dezembro de 2021, uma cota de 300 mil toneladas poderá ser importada de países de fora do Mercosul com alíquotas zeradas ou de até 2%. Entre esses, os maltes europeus lideram.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/06/18/cooperativas-investem-r-1-bi-em-maltaria-para-heineken-e-ambev.ghtml