Fábrica da Ambev no interior de SP tem emissão zero

A Ambev anunciou que a sua unidade de produção em Agudos (SP) atingiu a marca de zero emissão de carbono. A fábrica deixou, segundo a cervejaria, de emitir mais de 10.000 toneladas de gases de efeito estufa por ano.

A Ambev investiu 130 milhões de reais em tecnologias para tornar sua operação global menos poluente. A medida faz parte de um plano com iniciativas como gestão de água, agricultura inteligente e embalagem circular. No ano passado a companhia passou a usar eletricidade 100% proveniente de fontes renováveis na unidade.

A fábrica de Agudos foi fundada em 1951 como Cervejaria Brahma e hoje conta com mais de 500 trabalhadores. A produção abastece os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.  São produzidos cerca de 630 milhões de litros de cerveja por ano no local.

Fonte: https://veja.abril.com.br

Cerveja Corona lança long neck retornável em todo o Brasil

A cerveja Corona, da Ambev, anuncia o lançamento da primeira garrafa long neck retornável (de 330 ml) com distribuição para todo território nacional O Brasil ainda é o primeiro mercado da América Latina a receber a novidade com o selo da marca, que se dedica à preservação da natureza, especialmente na luta pela preservação dos oceanos.

A operação acontecerá de forma faseada e começa em junho na cidade de Curitiba (PR), onde Corona vai substituir 100% das garrafas pelas retornáveis e colocar em prática com consumidores a rotina de devolução das embalagens, com pontos de recolha distribuídos pela cidade e apoio logístico pelo aplicativo de bebidas Zé Delivery.

A novidade deverá ganhar distribuição nacional em 2023, se tornando a longo prazo a long neck padrão distribuída pela cerveja da Ambev no país. Além do impacto sustentável do produto, Corona também vai atuar junto a organizações de reciclagem por meio da recompra das garrafas de vidro, fomentando a economia circular e acompanhando de perto todo o ciclo de uso – e também de reuso – de cada garrafa. As vendas terão parte do lucro revertido para ONGs de preservação ambiental.

“Sabemos que a jornada por um mundo mais sustentável é longa e seguimos buscando novas formas de fazer a nossa parte e engajar nossos consumidores. A long neck é um símbolo importante de Corona, por isso criamos garrafas retornáveis que tenham sempre a mesma aparência das novas e ao mesmo tempo ajudem a diminuir a quantidade de lixo gerada no planeta”, diz Gustavo Castro, diretor de inovações da Ambev.

Em 2021 a cerveja também apostou em inovação ao lançar uma versão de embalagem em lata, na qual as seis unidades de cerveja são unidas por uma lâmina de papel cartão afixada no topo do pack. Agora, para transportar as garrafas retornáveis até os pontos de venda, a marca também vai contar com uma nova “garrafeira” – criada pela própria Ambev com 100% de plástico reciclado, a caixa acomoda uma quantidade maior de produtos em um mesmo espaço, reduzindo as emissões de carbono ao longo do processo.

Fonte: https://exame.com

Ambev aposta na Lemon para reduzir sua pegada ambiental e levar energia limpa para 250 mil bares

A Ambev vai reduzir a pegada ambiental de 250 mil bares, restaurantes e casas de shows — e por tabela a sua própria — com uma solução de energia renovável para o consumo de eletricidade dos estabelecimentos. Para atingir a meta até 2025, a Ambev vai escalar o negócio da Lemon, startup de energia que é uma investida da Z-Tech, hub de inovação da cervejaria, e que dá acesso ao mercado livre de energia renovável a consumidores de baixa tensão.

A “conversão” para energia limpa no consumo de 250 mil estabelecimentos equivaleria a uma compensação de 290 mil toneladas de CO2 — ou à retirada de CO2 feita naturalmente por 4 milhões de árvores plantadas.

A meta da Ambev é zerar as emissões líquidas próprias e de terceiros em sua cadeia de valor até 2040.

Hoje a Lemon está presente em 2,7 mil estabelecimentos em quatro estados. Para dar conta desse crescimento de quase 100 vezes, a Lemon está negociando um novo aporte, que deve ser concluído ainda neste semestre. Em 2019, a empresa recebeu seu primeiro cheque, uma rodada semente de US$ 1 milhão com os fundos Big Bets e Canary. No ano seguinte, veio um aporte da Z-Tech e da Capitale, cujo valor não foi divulgado.

A Lemon faz a ponte entre produtores de energia renovável com consumidores de baixa tensão (contas de menos de R$ 10.000 ao mês) que hoje não têm acesso ao mercado livre de energia. A empresa simula a venda de energia ainda no mercado regulado, criando cooperativas ou consórcios de pequenos consumidores. As fazendas injetam créditos nas contas dessas cooperativas e com isso zeram o valor da conta de luz (excluídos os impostos) junto à distribuidora.

A solução permite uma economia da ordem de 20% para os estabelecimentos

Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com

Como a Ambev transformou relações corporativas em relações com a sociedade

Como diria Abelardo Barbosa Figueiredo, o popular Chacrinha, dono das tardes de domingo da TV brasileira na década de 80, “quem não se comunica, se trumbica”. Não por acaso, as empresas sempre trataram a questão do relacionamento com o público externo como estratégica, e na era do capitalismo de stakeholder, esse aspecto do negócio ganhou importância. Afinal, sem se comunicar, não é possível gerar valor para todas as partes interessadas.

Na Ambev, esse desafio de se comunicar melhor com os stakeholders, tanto para ouvir, quanto para falar, levou a uma transformação da área de relações corporativas. Antes centrada em questões mais ligadas à atividade principal da companhia, e no relacionamento com reguladores e legisladores, a área incorporou o papel ser a persona da Ambev, mudando até de nome: de relações corporativas para relações com a sociedade.

“Não conheço outra empresa que tenha adotado esse nome”, afirma Carla Crippa, vice-presidente de relações com a sociedade da Ambev. “Percebemos que esse nome ‘corporativa’ dava uma conotação muito burocrática. E não é isso. Nosso papel é se relacionar com as comunidades.” A executiva contou ao podcast ESG de A a Z como se deu essa transformação e as estratégias da Ambev para se relacionar melhor com as comunidades.

A Ambev e as conversas de bar

Crippa afirma que a Ambev enxerga o bar, seu principal ponto de venda, como um lugar de reunião e confraternização comunitária. Nesse sentido, ele acaba funcionando como um canal importante de comunicação, em que a postura de uma empresa de bebidas faz diferença. Há oito anos, por exemplo, a empresa deixou de utilizar imagens sensuais de mulheres em suas propagandas, que passou a focar na ideia da celebração e do brinde. Levada aos botecos e botequins de todo o Brasil, essa comunicação tem um impacto relevante.

Outra mudança significativa foi no relacionamento com o público universitário. A Ambev deixou de patrocinar festas de faculdades e investiu em pesquisas para identificar os hábitos de consumo alcoólico dos jovens. “Nós perguntamos o quanto eles bebiam e se achavam que bebiam mais ou menos que seus colegas”, disse Crippa. “Descobrimos que os jovens universitários têm uma percepção equivocada do quanto seus colegas bebem, o que também se reflete na percepção do quanto eles mesmo bebem. Na realidade, o consumo é menor do que se imagina.”

A Ambev investe para zerar as emissões de carbono dos fornecedores

Para zerar as emissões líquidas de carbono próprias e de terceiros até 2040, a fabricante de bebidas Ambev busca influenciar todo o ecossistema ao incentivar e ajudar os fornecedores a cumprirem a meta. Para isto, foi formado o Compromisso pela Ação Climática.

Atualmente, 160 parceiros assinaram o acordo. Entre eles, estão os 16 dos maiores fornecedores da Ambev, como a Cooperativa Agraria, Valgroup, Vivo, WestRock, Concordia Logística, Ingredion e Ecolab, que juntos representam 50% dos fornecedores em volume de compras.

“Esse é um compromisso coletivo e colaborativo. Vamos apoiar todos os parceiros, incluindo aqueles que ainda não entraram na aliança e não amadureceram sua jornada de descarbonização, e ajudá-los a fortalecer suas políticas ambientais, o que vai dar novas perspectivas aos negócios. Serão treinamentos, consultorias e encontros frequentes com o nosso time para que possam avançar e fazer parte da aliança”, comenta Rodrigo Figueiredo, Vice-Presidente de Sustentabilidade e Suprimentos.

O plano da Ambev para levar energia limpa para 250 mil bares no Brasil

Pouco mais de um ano de meio atrás, a Ambev investiu, através da Z-Tech, seu braço de inovação e tecnologia, na Lemon Energia, uma startup que conecta usinas de energia limpa de fonte solar ou eólica com a rede de grandes distribuidoras e gera créditos que são descontados das empresas que são clientes da startup.

Agora, a Lemon está se tornando uma peça fundamental em um plano da dona das cervejas Skol, Brahma e Antarctica de levar energia limpa para 250 mil bares, restaurantes, casas de show e estádios de futebol no Brasil até 2025.

A startup é a empresa que vai liderar no Brasil um plano global da Budweiser, uma das marcas da cervejaria AB Inbev, dona da Ambev, de levar energia limpa para bares e restaurantes ao redor do mundo.

Chamado da “The Energy Collective”, a iniciativa tem o objetivo de levar energia totalmente limpa a estabelecimentos comerciais com as quais a cervejaria se relaciona.

“A Ambev no Brasil tem cerca de 1 milhão de pontos de venda”, diz Rafael Vignoli, cofundador e CEO da Lemon, em entrevista ao NeoFeed. “A gente quer democratizar a solução.”

No Brasil, se a meta for alcançada, isso deve resultar em 290 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera, o que equivale ao “trabalho” mais de 4 milhões de árvores por mês.

A iniciativa também deve ajudar a Ambev em seu plano de zerar as emissões de carbono próprio e de terceiros de sua cadeia de valor até 2040.

Fundada em 2019 por Vignoli, Rafael Mezzomo, Luciano Pereira e Ariel Amar, a Lemon desenvolveu um modelo em que não há custos ou instalação de placas solares nos bares.

Desde então, a Lemon já opera com 2,7 mil estabelecimentos concentrados em São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Brasília. O plano é chegar em 10 estados até o fim deste ano. No radar estão Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, entre outros.

O negócio já gerou uma redução de 2,3 milhões de toneladas de emissões de carbono que deixaram de ser emitidas na atmosfera. Houve também uma economia de R$ 3,7 milhões nos gastos com eletricidade. “A conta de luz tem um peso muito grande no bolso do pequeno empreendedor”, diz Vignoli. “É uma alternativa simples e sustentável.”

Os planos da startup incluem ainda expandir o negócio para novas praças. Com o crescimento da operação existe a possibilidade que a Lemon recorrer ao mercado em busca de um novo aporte. Além da Z-Tech, da Ambev, a Lemon captou recursos com Canary e Big Bets, além de investidores-anjo.

Fonte: https://neofeed.com.br

Ambev anuncia investimento em transportadora para modernizar distribuição em cidades

A Ambev, dona de marcas como Brahma e Budweiser, anuncia nesta semana que vai fazer um investimento em uma transportadora com a qual tem parceria há mais de 20 anos, a Transportes Imediato.

O objetivo do acordo, cujo valor não foi revelado, é expandir os chamados UDCs, centros de distribuição urbana, na sigla em inglês, que são estruturas compactas em grandes cidades para atender raios de até 6 quilômetros com modais menores, ou seja, além dos caminhões, outros veículos, como motos e vans, ganham protagonismo na entrega.

A mudança faz parte de um projeto de transformação logística que a cervejaria vem promovendo e que ganhou tração nos últimos meses. O anúncio acontece uma semana depois de a Ambev reunir analistas e investidores na sede da empresa, em São Paulo, para falar da nova estratégia de negócio.

A operação com a Imediato ainda está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Apesar da crise, Ambev aposta em “bom ano” para indústria de cerveja no Brasil em 2022

Ambev espera que neste ano de 2022, mostre um crescimento sólido na demanda do mercado brasileiro de cerveja, sendo impulsionada não apenas pelo fim das medidas de isolamento social, como também pela realização de eventos como a Copa do Mundo de futebol que será realizado ao final do ano.

“Do ponto de vista da demanda do consumidor, deve ser um bom ano. Temos a volta aos bares…Copa do Mundo acontecerá pela primeira vez no verão”, afirmou Jean Jereissati Neto, presidente-executivo da Ambev, no segundo dia de apresentações realizado pela empresa para investidores e analistas. 

Entretanto, Lucas Lira, vice-presidente financeiro da empresa afirmou que o cenário está perfurado por “desafios macro e volatilidade no decorrer deste ano”, contudo, “após dois anos de pressão sobre a demanda, há essa necessidade dos consumidores em se reconectarem” .

Ainda segundo Lucas, a Ambev investiu nos últimos anos em ampliar a capilaridade de entrega de produtos no país, aplicando recursos em fábricas para ter mais flexibilidade e lidar com um espectro maior de marcas que vão dos segmentos populares ao premium.

“Desde 2019 aumentamos o nível de investimento no alcance de nossa oferta”, respondeu o executivo ao questionamento sobre a capacidade das fábricas da Ambev em lidar com uma maior oferta de produtos da companhia.

De acordo com Jean, o impacto da alta inflação é sentido especialmente sobre o portifólio de marcas mais populares da Ambev, enquanto as linhas mais sofisticadas estão “muito resilientes nos últimos anos”.

As principais commodities utilizadas pela empresa são cevada e alumínio, informou Lucas, e com isso a companhia tem contratado instrumentos de hedge e focado em embalagens retornáveis para se proteger da elevação dos custos.

A Ambev prevê a divulgação de seus resultados ainda no primeiro trimestre no dia 5 de maio.

Fonte: https://lorena.r7.com/

Para Ambev (ABEV3), diversificação é desafio para cervejarias

A Ambev (ABEV3), no segundo dia do seu Investor Day, realizado nesta quarta-feira (13), mostrou algumas tendências que o mercado vem apresentando. Segundo Daniel Wakswaser, VP de Marketing da empresa, o mercado brasileiro está aumentando o consumo de cerveja premium, com mudança forte verificada nos últimos três anos.

“A gente foi de um volume de 61% do core (cerveja tradicional) para 48%. O core plus e o high-end (cervejas premium) quase dobraram: foram de 15% a 33% em três anos”, disse.

Wakswaser exemplificou que no Canadá se precisa de 34 marcas de cerveja para se atingir 80% de market share no setor, enquanto que no Reino Unido esse número chega a 38 marcas. Esses são dois mercados maduros.

“É o que chamamos de fragmentação. O mercado se torna mais fragmentado. O que aconteceu é que se diluiu também”, explica.

“Os consumidores aumentam seu repertório de marcas”, destaca. E as marcas premium têm ficado mais relevantes, de acordo com o executivo.

“Acreditamos que somos uma empresa baseada em portfólio. Temos que ter um portfólio diversificado”, destacou.

O foco da Ambev apresentado no evento para o mercado é nas cervejas Brahma (segmento core), Brahma Duplo Malte e Spaten (segmento core plus), Budweiser (premium) e Becks (high end).

Essa marcas são as prioridades, atingindo consumidores diferentes, destacou o VP da companhia, Daniel Wakswaser.

Ambev: projeções mantidas

No evento, Lucas Lira, CFO da empresa, disse ainda que a companhia mantém as expectativas para o ano iguais às divulgadas quando apresentou os resultados de 2021, em fevereiro.

“Estamos em um ano desafiador e com volatilidade. Janeiro foi um mês difícil, com um começo mais duro e pressão de preços de insumos, principalmente das commodities”, comentou o executivo.

Lira disse que a empresa mantém o crescimento orgânico, com aumento da receita líquida por hectolitro no volume. “Cerveja e não alcoólicos estão se recuperando depois de 2 anos”, acrescentou.

“Em 2022, há espaço para crescimento orgânico no Ebitda dos dois setores (cerveja e não alcoólicos)”, destacou.

Ainda sobre este ano, ele destaca a reabertura dos bares, dois carnavais pela metade e as festas de São João:

“Quando olhamos nosso setor, posso dizer que esse ano vai ser incrível”, disse, acrescentando que a “perspectiva do consumidor é muito boa”.

Água tônica

Também no Investor Day, Pablo Firpo, VP de Bebidas Não Alcoólicas da companhia, apontou os segmentos com potencial de expansão nos próximos cinco anos.

Na taxa de crescimento anual composto (CAGR, da sigla em inglês) de 2021-26 nas categorias de bebidas não alcoólicas da Ambev, a que mais tem projeção de crescimento é a de água tônica: 10,3%.

Pablo Firo apontou que o aumento do consumo de Gim, comumente misturado à água tônica, é um dos impulsionadores do segmento.

Na categoria de energético, o avanço projetado é de 8,8%, com o Red Bull (produto que distribui) e Fusion (energético acessível que fabrica).

A projeção de crescimento nos próximos cinco anos para bebidas sem açúcar, como o tradicional guaraná que fabrica, além do H2O e Pepsi (esses dois últimos a empresa distribui para a Pepsi), é de 7,1%.

Por fim, no segmento de bebida isotônica, a expectativa de avanço 2021-26 é de 4,4% para o Gatorade (distribui para a Pepsi).

Fonte: https://www.infomoney.com.br

Ambev se prepara para colher a primeira safra de lúpulo

Da flor à matéria-prima, a Ambev, que busca lugar como precursora no desenvolvimento sustentável e de qualidade do lúpulo brasileiro em larga escala, se prepara para uma nova etapa no cultivo do insumo. Após dois anos desde o início do projeto que fomenta e incentiva a produção local do ingrediente, a companhia realiza o 1º Festival de Colheita de Lúpulo na Fazenda Santa Catarina, em Lages (SC), e espera colher a sua primeira safra, que será destinada para a receita de cervejas locais.

O evento ocorre nesta quarta-feira (13) e inaugura oficialmente a fábrica de beneficiamento de lúpulo da Ambev, construída há dois anos, e representa a materialização de todas as iniciativas da companhia para a implementação do insumo que, até então, era pouco produzido no Brasil, dadas as condições climáticas. Além de impulsionar o desenvolvimento de uma nova cultura em solo nacional, o projeto beneficia diretamente a comunidade local, a agricultura familiar, a academia e o ecossistema cervejeiro.

A Head de Conhecimento e Cultura Cervejeira da Ambev, Laura Aguiar, afirma:

“O Projeto Fazenda Santa Catarina comprova como o trabalho colaborativo entre Ambev, pesquisadores e agricultores tem força para tornar o Brasil um potencial produtor de lúpulo de alta qualidade. Cada vez mais, queremos apoiar a academia brasileira com tecnologia e inovação para pensar novas formas do cultivo sustentável de ingredientes cervejeiros.”

A programação do festival conta com visita à lavoura de lúpulo da Ambev, música, bebidas e comidas típicas da região, além da ativação de marcas do portfólio da companhia, como a Colorado, conhecida pelos ingredientes brasileiros em suas receitas, e a Goose Island, com toda a sua experiência em lúpulos, e que, juntas, vão realizar durante o evento a brassagem da Santa Lupulina, uma receita feita com goiaba serrana local e lúpulo colhido diretamente da Fazenda Santa Catarina.

A SILVER HOPS

A produção de lúpulo brasileiro ganhou reforço em dezembro. A iniciativa de fomento e incentivo à cultura de lúpulo da Ambev fechou uma parceria que amplifica sua atuação, agora no Estado de São Paulo. Ao lado da agritech Silver Hops, implantada na Fazenda Pratinha, na região de Ribeirão Preto, a companhia pretende ampliar a produção de lúpulo genuinamente nacional e realizar pesquisas de desenvolvimento à cultura do insumo cervejeiro.

A Silver Hops nasceu com a missão de implementar soluções de alta tecnologia no cultivo de lúpulo e colaborar para o desenvolvimento da produção nacional do ingrediente, muito em linha com o que já vendo sendo realizado pelo Projeto Fazenda Santa Catarina desde 2020, em Lages, com o principal objetivo de estimular a agricultura familiar. A expectativa é de que, com essa parceria, sejam criadas possibilidades para o cultivo e desenvolvimento de lúpulo nacional de qualidade em outros estados.

Em 2020, quase 100% do lúpulo utilizado para produção de cervejas nacionais foi importado, seguindo a oferta de mercado para grandes cervejarias e artesanais. Hoje, o projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev, vê uma possibilidade de alavancar este cenário, como conta Felipe Sommer, coordenador do Projeto Fazenda Santa Catarina da Ambev:

“Estamos trabalhando integrados para garantir uma produção de lúpulo nacional de altíssima qualidade. Estamos acelerando esse processo com parcerias que possuem sinergias entre si e com um ecossistema engajado em trabalhar dia e noite para propiciar as melhores condições para o desenvolvimento de um lúpulo com qualidade no Brasil.”

A parceria também é vista com otimismo por José Virgílio Braghetto Neto, responsável pela Silver Hops e que hoje integra o ecossistema de inovações e projetos disruptivos da Ambev:

“Nosso papel será complementar ao trabalho que já está sendo feito com a agricultura familiar, trazendo ainda mais o olhar da pesquisa e da inovação. Com essas duas frentes, poderemos gerar transformações importantes na cadeia de produção cervejeira e no agronegócio responsável brasileiro.”

Segundo Sommer, o projeto deverá seguir um calendário de ações que visam eliminar as barreiras que atualmente impedem a evolução da cultura:

“Começamos desenvolvendo mudas com comprovação de origem, construímos uma planta de beneficiamento, criamos um modelo de fomento e incentivamos o uso do lúpulo nacional pelas microcervejarias. Entre os próximos desafios estão a regulamentação da cultura e ampliação de acesso ao crédito. O foco é desenvolver e escalar a produção do lúpulo brasileiro com apoio da Fazenda Pratinha, produtores, universidades, Aprolúpulo e outros envolvidos.”

Em agosto de 2021, um passo foi dado à verticalização da cadeia cervejeira. A Lohn Bier lançou uma cerveja totalmente brasileira, a Toda Nossa, uma Brazilian Pale Ale, com lúpulo, cevada e leveduras 100% nacionais, especificamente de Santa Catarina. Além da Toda Nossa, a Lohn Bier produz regularmente a Green Belly, produzida com lúpulos nacionais. A Colorado, outra marca do portfólio Ambev, também utilizou o lúpulo brasileiro em sua recente Hop Lager da Linha Brasil com S, que leva tapioca na receita.

MAIS TECNOLOGIA NA LAVOURA DE LÚPULO

Em setembro, a Ambev havia anunciado que, em parceria com a startup ManejeBem, levaria mais tecnologia às lavouras de lúpulo com uma ferramenta inteligente, capaz de promover melhor desempenho dos pequenos agricultores em sua cadeia produtiva.

Foi mais um passo para impulsionar a agricultura familiar do Estado de Santa Catarina, onde, em 2020, foi criado o Projeto Fazenda Santa Catarina, que fomenta o cultivo de lúpulo em solo brasileiro. Agora, a comunidade local, que já é beneficiada com as mudas da flor, infraestrutura, auxílio técnico e contrato de compra do ingrediente, contará também com a expertise da ManejeBem, descoberta e acelerada pela própria companhia em 2019, por meio do programa Aceleradora 100+, para melhorar o manejo agrícola e aumentar a produtividade de suas produções.

Com uma plataforma acessível e intuitiva, a ManejeBem conecta especialistas a produtores, facilita a assistência técnica, compartilha dicas sobre como plantar e colher, auxilia no planejamento da safra do ano e contabiliza os resultados esperados com aquela plantação, considerando indicadores sociais, ambientais e agronômicos. Além disso, com a ferramenta, os agricultores passam a contar com relatórios de gestão do negócio todos os meses.

Felipe Sommer, coordenador do Projeto Fazenda Santa Catarina da Ambev, contou na ocasião do lançamento:

“Estamos lidando com o desenvolvimento de um insumo que, até pouco tempo, era desacreditado de ser produzido com qualidade no Brasil. A Fazenda Santa Catarina vem conectando os principais atores do cenário do lúpulo nacional (Aprolúpulo, Secretaria da Agricultura, EPAGRI e universidades), que vêm sendo responsáveis pelo desenvolvimento da cultura. Com essa nova plataforma tecnológica, conseguiremos levar todo esse conhecimento para os nossos produtores no campo para que eles tenham resultados cada vez melhores e que as boas práticas sejam compartilhadas.”

O PROJETO DE LÚPULO EM SANTA CATARINA

Ao longo de um ano e meio, o Projeto Fazenda Santa Catarina trouxe quatro variedades de lúpulo para o país e, após testes de manejo e avaliação do potencial agronômico, começou a produção e doação de mudas para os produtores. Todo o lúpulo produzido foi utilizado na produção de novas cervejas, como a Green Belly, a Brazilian Blonde Ale, e a TodaNossa. Para os próximos anos , o projeto espera impactar cerca de 200 famílias.

A parceria entre a Ambev e ManejeBem tem rendido bons frutos. O piloto entre as empresas começou com o Projeto Roots, que estimula o uso de matéria-prima local para o desenvolvimento de novas cervejas, em estados como Maranhão, Ceará, Pernambuco, Piauí e Goiás. Com o impacto positivo do projeto frente às famílias participantes, que cresceu 250% desde sua criação, a companhia trouxe o mesmo modelo de atuação da startup agora para a região Sul do país.

Fonte: https://revistabeerart.com

Ambev usa plataforma digital como novo modelo

Foto: Divulgação

Dona das marcas de cerveja BrahmaSkol e Antarctica, a Ambev começa a viver um “novo capítulo”, cuja história apresenta hoje a investidores. “Falar que somos uma companhia de bebidas já não nos representa mais inteiramente”, diz o presidente da Ambev, Jean Jereissati em entrevista ao Valor. O grupo quer ser uma plataforma, que vai além da venda de cerveja ou refrigerante e passa por alimentos e até mesmo serviços como crédito e geração de energia renovável.

Com um modelo de forte expansão via aquisições e corte de custos, buscando eficiência, a Ambev teve sucesso. “Foi a companhia que conquistou o mundo”, observa o executivo. “Mas quando fizemos 20 anos [em 2019] repensamos como seriam os próximos 20, e ficou claro que o que trouxe a gente até aqui não seria o que nos levaria até lá”.

Agora a Ambev quer fazer alianças como as que já tem com BRF, M. Dias Branco, Pernod Ricard e Beam Suntory para vender a seus clientes diferentes produtos como salames, biscoitos e vodca.

Jereissati diz que a pandemia da covid-19, em 2020, aumentou a “janela tecnológica” para a companhia colocar em prática o que começou a discutir entre o fim de 2015 e começo de 2016. “O mundo foi para o varejo on-line, se digitalizou e estávamos preparados quando a pandemia aconteceu.”

Antes da covid-19 apenas 15% dos cerca de 1 milhão de clientes da Ambev estavam digitalizados, hoje são 80%. “Antes [o canal digital] era uma opção, agora é nosso core. É lá que está tudo.”

O aumento da digitalização teve impacto importante na operação, acelerando o negócio. Um bar, por exemplo, pode fazer encomendas pela plataforma Bees. Isso deu mais tempo para o vendedor da Ambev. Antes da pandemia, ele tinha apenas sete minutos para falar com um cliente – são 5 mil vendedores para uma carteira de um milhão de clientes. Com a Bees, o bar ou restaurante acaba ficando em contato com a companhia por 37 minutos.

A digitalização também aumentou o guarda-chuva de atividades e a produtividade dos vendedores que, agora, são chamados de representantes. Os mesmos 5 mil que atendiam a 750 mil clientes, em 2019, atendem a 1 milhão e irão atender a 1,2 milhão em breve, diz o executivo.

Para isso, foi montada uma força de trabalho de mais 5 mil pessoas, com programadores e desenvolvedores de software, que se dedicam a aperfeiçoar as diversas tecnologias usadas pela Ambev e a criar novos produtos e serviços. Uma das prioridades é melhorar a logística. A empresa passou a usar pequenos galpões como centro de distribuição, e motocicletas, para acelerar as entregas.

“Nossas aquisições agora devem ser mais para melhorar nossas capacidades, em tecnologia e logística. E fazer alianças”, diz Jereissati. A companhia quer, por exemplo, desenvolver ou comprar uma empresa que tenha criado um software para gerenciar pedidos.

Nos últimos três anos, os investimentos da empresa, incluindo inovação, somaram R$ 17,5 bilhões, sendo R$ 7,7 bilhões somente no ano passado.

A Ambev, nos últimos dois anos, criou e conseguiu consolidar dois aplicativos: o Zé Delivery, que atende o consumidor final, e o Bees, para bares e restaurantes.

A plataforma que Jereissati coloca no centro de sua estratégia engloba a oferta de crédito a clientes. Do início da pandemia até o fim de 2021, a companhia dobrou a massa de crédito a pequenos varejistas. E a expectativa é de que dobre mais uma vez neste ano. As restrições sanitárias, que exigiram o fechamento de bares e restaurantes por meses a fio, provocaram uma crise nesse segmento. Por isso, diz Jereissati, “fomos muito flexíveis e rolamos os pagamentos”. A fintech Bees Bank, antes chamada de Donus, tem 250 mil contas digitais.

Esse novo modelo de operação ajudou a Ambev a vender 180 milhões de hectolitros em 2021 – um recorde. A receita líquida cresceu 24,8%, para R$ 72,85 bilhões. De acordo com ele, o ano foi menos sobre um grande crescimento da indústria e mais sobre ganho de mercado. “A gente foi muito contracíclico na pandemia.”

A concorrência ficou mais acirrada. A Heineken foi reclamar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) neste ano contra os contratos de exclusividade da Ambev com bares. Jereissati mostra-se tranquilo: “Representa muito pouco das nossas vendas”. De acordo com fontes ouvidas pelo Valor, contratos de exclusividade respondem por cerca de 2% da receita da Ambev. O limite do Cade é 10%.

Fonte: https://valor.globo.com