Auxílio para catadores de recicláveis será disponibilizado pela Ambev

O benefício de R$150,00 deve atingir 23 mil pessoas. Segundo a cervejaria o investimento total é de 5 milhões.

No dia 21 de janeiro, por conta dos aumentos de registros de casos da variante Ômicron da Covid-19, foi anunciado o cancelamento de blocos de rua e o adiamento dos desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro. O benefício disponibilizado pela cervejaria tem como objetivo aliviar as contas dos trabalhadores que tiveram suas atividades prejudicadas neste cenário.

Além do auxílio de R $150, o programa vai disponibilizar um fundo que será dividido entre os catadores. A medida, que vai ser operada pelo aplicativo de delivery de bebidas da empresa, o Zé Delivery, vai destinar R$ 5 a cada entrega entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março. Os ambulantes também serão beneficiados, segundo a Ambev.

Fonte: https://br.financas.yahoo.com

Estudo avalia impacto econômico global do setor cervejeiro

A Worldwide Brewing Alliance (WBA), associação que representa aproximadamente 90% da produção mundial de cerveja acaba de divulgar os resultados do primeiro relatório global sobre o impacto econômico do setor cervejeiro realizado pela Oxford Economics. De acordo com o estudo, a indústria da cerveja mundial foi a responsável pela geração de US$ 262 bilhões de tributos e 23,2 milhões de empregos (1 em cada 110 empregos diretos e indiretos no mundo) nos 70 países estudados, entre eles, o Brasil.

Segundo o levantamento, realizado entre 2015 e 2019, o setor cervejeiro global contribuiu para a economia brasileira por meio de suas operações locais e internacionais e de sua cadeia produtiva mundial da seguinte forma:

Impacto na Economia Brasileira

O setor global de cerveja contribuiu com US$ 28,7 bilhões do valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, para o PIB do Brasil em 2019. Isso foi equivalente a 1,5% do PIB nacional ou 97% da economia de Porto Alegre.

Impacto no Emprego

A geração de empregos diretos, indiretos e induzidos no Brasil atingiu mais de 1,9 milhão de vagas em 2019. Isso foi equivalente a 2,1% do emprego nacional ou 98% dos empregos em Fortaleza (CE).

Impacto Tributário

Em receitas fiscais, apenas em 2019, a indústria da cerveja no Brasil gerou US$ 14,8 bilhões em contribuições, o que representou 2,5% da arrecadação federal.

“O documento comprova a importância e o potencial do setor cervejeiro como um dos principais setores para a recuperação econômica mundial. A cadeia produtiva da cerveja, se estende desde o agronegócio até o consumo final das famílias, com mais de 40 mil veículos empregados na distribuição e 1,2 milhão de postos de vendas espalhados por todo o país, explica Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV, responsável por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil e filiado ao WBA.

Principais conclusões

Impacto direto: ao fabricar, comercializar, distribuir e vender cerveja, o setor criou diretamente uma contribuição de US$ 200 bilhões e foi responsável por 7,6 milhões de empregos.

Impacto indireto (cadeia de suprimentos): ao comprar bens e serviços de pequenas, médias e grandes empresas ao redor do mundo, o setor cervejeiro apoiou indiretamente o PIB, os empregos e a receita tributária dos governos. Em 2019, o setor gastou cerca de US$ 225 bilhões em insumos de bens e serviços, apoiando uma contribuição adicional estimada de US$ 206 bilhões e 10 milhões de empregos.

Impacto induzido (consumo):  o pagamento de salários dos funcionários em suas respectivas cadeias de suprimentos, as cervejarias e sua respectiva cadeia de valor posterior apoiaram uma contribuição de US$ 149 bilhões em VAB (GVA, na sigla em inglês) para o PIB e 6 milhões de empregos em 2019.

Globalmente, o setor cervejeiro estava vinculado a US$1 em cada US$ 131 dólares do PIB global em 2019, mas a significância econômica do setor foi ainda maior em países de baixa e média renda (PBMR) do que em países de alta renda (1,6% x 0,9% do PIB). Além disso, o setor cervejeiro sustenta 1,4% dos empregos nacionais nos PBMR, em relação a 1,1% nos países de alta renda.

O relatório completo pode ser acessado em: https://worldwidebrewingalliance.org/impact

Heineken anuncia investimento de R$ 320 milhões em sustentabilidade em SP

O grupo Heineken vai investir R$ 320 milhões em suas unidades de produção no Estado de São Paulo para ampliar sua agenda de sustentabilidade e expandir sua produção, especialmente do rótulo Heineken 0.0, que não tem álcool.

O investimento se soma a outros R$ 1,7 bilhão em aportes feitos ao longo dos últimos três anos pela empresa no Estado. O valor anunciado nesta segunda-feira inclui a modernização das cervejarias localizadas nas cidades de Itu, Jacareí, Araraquara e Campos do Jordão. A expectativa é de que 400 empregos sejam criados relacionados ao montante investido.

Os recursos serão direcionados à ampliação do uso de energias renováveis, a exemplo das caldeiras de biomassa, e ao ganho de eficiência hídrica. A unidade de Jacareí ganhará uma caldeira de biomassa. A companhia tem a meta de chegar a 100% de energia renovável em suas fábricas em 2023.

Circularidade de embalagens de vidro também está entre as prioridades da cervejaria, que apresentará novas iniciativas para contribuir com a meta de atingir 100% de circularidade de suas embalagens utilizadas em bares e restaurantes até 2025.

Hoje, segundo o presidente do grupo, Mauricio Giamellaro, 30% do vidro usado pela companhia no país é importado. “Vidro hoje é um dos grandes desafios da indústria cervejeira. Ser sustentável nessa cadeia também ajuda a sermos mais eficientes na nossa produção e mais nacionalizados.”

Recentemente, a marca Heineken lançou um programa de geração distribuída de energia verde para bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras que, além de contribuir para a redução da emissão de carbono, traz o benefício direto de redução na conta de luz dos estabelecimentos, que pode chegar a 40%. A meta é chegar, até 2025, a 50% dos estabelecimentos que vendem cervejas o grupo. Agora, o programa também será disponibilizado aos consumidores finais.

No caso do Estado de São Paulo isso deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano. Para isso, é preciso se cadastrar em uma plataforma digital (www.heinekenenergiaverde.com.br) que vai conectá-lo a uma fonte de geração de energia verde. A distribuição de energia será feita normalmente pela rede da concessionária de energia regional, sem qualquer tipo de custo ou necessidade adaptação no sistema elétrico atual.

Essas medidas fazem parte do plano da companhia de neutralizar a emissão de carbono de toda a sua cadeia de valor até 2040. “O investimento vem para fortalecer a agenda de sustentabilidade. Estamos saindo discurso, que são os compromissos e indo pra prática, quando anunciamos. Esse investimento nos aproxima dessa ambição”, afirmou Mauro Homem, que assumiu à recém-criada vice presidência de sustentabilidade e assuntos corporativos da Heineken no Brasil. Além das metas financeiras, critérios ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) também entram no cálculo de bonificação dos executivos do grupo.

O investimento da Heineken também visa aumentar a presença de seu portfólio de marcas premium e craft (artesanal) no mercado. Uma das iniciativas é dobrar a capacidade produtiva de Heineken 0.0, passando a produzir também na cervejaria de Araraquara. Atualmente, o rótulo é produzido exclusivamente em Ponta Grossa e o Brasil já é seu maior mercado consumidor, de acordo com a empresa.

Na unidade de Itu, segundo Giamellaro, o objetivo é expandir a produção de cervejas especiais. “Itu é nosso maior investimento em, cervejas especiais. Está se tornando neste primeiro trimestre a maior produtora de cervejas especiais dentro do Brasil.”

Fonte: https://valor.globo.com

Vendas de cerveja crescem 7,7% em 2021

Mesmo diante do cancelamento de grandes eventos e restrições de funcionamento de bares e restaurantes, o consumo de cerveja se manteve em alta em 2021, alcançando o volume de cerca de 14,3 bilhões de litros, crescimento de 7,7% ante 5,3% em 2020, segundo levantamento da Euromonitor para o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).

FONTE: Euromonitor – Dados da pesquisa feita pela Euromonitor International no Brasil no início de 2021. Os dados poderão variar na próxima atualização da edição de 2022.

“O avanço ocorreu em mais um ano desafiador para a indústria, marcado por um cenário econômico de alta nos juros, queda do Produto Interno Bruto, mudança no hábito dos consumidores e incertezas do rumo da pandemia de COVID-19”, diz o superintendente do SINDICERV, Luiz Nicolaewsky.

Ainda assim, em termos de faturamento, a projeção das vendas no varejo apresentou alta de aproximadamente 11% em comparação a 2020 totalizando R$ 208,8 bilhões ante R$ 184,5 bilhões, no ano anterior, impulsionado pela força das cervejas premium entre os consumidores.

Entre os brasileiros, a categoria de cerveja mais popular continua sendo a lager, que representa 91% do volume total de vendas de cerveja no varejo.

O ano apontou o crescimento por parte dos consumidores   de cerveja não alcoólica. A projeção do volume por litros foi de mais de 257 milhões, que corresponde ao crescimento de 30% nas vendas em comparação com 2020 (197,8 milhões/litro).

Skol e Brahma permaneceram na liderança das marcas com maior volume de vendas no país seguida da Antarctica, Itaipava, Nova Schin e Kaiser.  O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos. A indústria da cerveja gera mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e representa pouco mais de 2% do PIB.

“As grandes cervejarias estão se tornando plataformas de tecnologia”

A pandemia do coronavírus desafiou toda a sociedade, mas a indústria cervejeira vai sair dela não apenas modificada, mas também com mais vertentes de atuação. Essa avaliação foi apresentada por Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), em entrevista ao Guia, com o executivo apontando que as grandes cervejarias buscaram alternativas ao longo dos últimos anos, o que as levou a praticamente se transformarem em “plataformas de tecnologia”.

O Sindicerv representa hoje, no Brasil, as duas principais cervejarias do mundo, a Ambev e o Grupo Heineken. E avalia que o poder de adaptação das duas gigantes, que as faz Nicolaewsky qualificá-las como futuras plataformas de tecnologia, indo muito além da atuação apenas com as suas bebidas, foi fundamental para o crescimento de 5,3% em volume em 2020 e de estimados 7,7% em 2021 da indústria cervejeira no país.

Um êxito que faz o diretor do Sindicerv acreditar que nem o aumento de casos de coronavírus no início de 2022 freará a expansão da atividade das cervejarias brasileiras.

“Nós não tivemos carnaval, São João e outras festas em 2021, e o resultado foi acima da expectativa, houve crescimento. Então, a nossa projeção, em ordem de grandeza, é de crescimento tão forte quanto de 2020 para 2021, quando falamos em 7,7% no volume” Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicerv

Ainda assim, o setor não deixa de ter suas demandas, sendo a principal delas a simplificação da cobrança tributária. Confira as razões para esse pedido por uma reforma, as avaliações de mercado, as perspectivas para as grandes cervejarias e a visão sobre as artesanais na entrevista do Guia com Luiz Nicolaewsky, superintendente do Sindicerv:

Qual foi o saldo para a indústria cervejeira no ano de 2021?

A gente vem numa crescente desde 2015. O ano de 2020 veio com a pandemia, o que surpreendeu a todos, não só as cervejarias. Por ter sido uma coisa absolutamente nova, não se sabia como lidar com isso. A gente evoluiu nos cuidados, mas isso repercutiu em 2020, com impacto nos três primeiros meses. Mas o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com mais de 1.300 cervejarias e o povo é muito criativo. Então, conseguimos nos adaptar a esse fenômeno. Houve um crescimento em 2020 de 5,3% no volume. Para 2021, estamos projetando um crescimento de 7,7%. Entregamos em 2020 13,3 bilhões de litros de cerveja. E a projeção para 2021, que tivemos com o Euromonitor, é de 14.3 bilhões de litros. Esse aumento se deu por causa da adaptação. Descobrimos que o consumo migrou para o domicílio. E as cervejarias precisavam encontrar um caminho para chegar ao seu cliente. Para isso, a tecnologia favoreceu muito. Quem implementou medidas vinculadas a isso, com os deliveries e os aplicativos, acabou se dando bem, o que justifica esse crescimento.

A chegada da variante Ômicron e o aumento do caso de coronavírus logo no verão podem atrapalhar a continuidade desse crescimento em 2022?

De fato, temos a Ômicron, com uma aceleração de casos, embora não com o mesmo pico de mortes. A vacinação evoluiu muito, o brasileiro aderiu. Então, o desfecho não será tão cruel quanto foi em 2020 e 2021. Muitas cidades têm cancelado o carnaval e concordamos, porque entre a vida e a empresa, nós optamos pela vida. Mas a nossa percepção é que será uma nuvem passageira, que vai se dissipar mais rapidamente do que em 2021. Nós não tivemos carnaval, São João e outras festas em 2021, e o resultado foi acima da expectativa, houve crescimento. Então, a nossa projeção, em ordem de grandeza, é de crescimento tão forte quanto de 2020 para 2021, quando falamos em 7,7% no volume. Acreditamos e confiamos que chegaremos muito próximos disso.

Embora a indústria cervejeira tenha crescido ao longo da pandemia, houve inúmeros desafios. Como foi possível se equilibrar e quais são as perspectivas?

Já temos investimentos anunciados. A Heineken teve um problema em Pedro Leopoldo (MG), de localização e captação de água, mas ela está com R$ 1,8 bilhão para investimento em uma nova fábrica para dar conta da sua demanda. A Ambev vai investir em uma fábrica de vidros e investiu em fábrica de latas. Houve problemas pontuais de abastecimento de insumos na indústria, mas não só na cervejeira. Toda a indústria brasileira experimentou isso. A Estrella Galicia vai colocar uma fábrica em Araraquara (SP), trazendo R$ 2 bilhões. Isso são grandes números, que revelam a confiança em um mercado espetacular, mesmo com os problemas do Brasil.

Quais são as principais demandas do Sindicerv nesse momento para as grandes cervejarias?

Uma ampla reforma tributária, não fatiada, que simplifique a tributação. Nossos associados têm mais gente trabalhando na parte fiscal do que na inovação. É importante não só para a indústria cervejeira, mas para todo o país. Precisamos de um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) único, que estava previsto na PEC 45. Ela perdeu tração, depois abrindo espaço para a PEC 110. Ela está parada na CCJ no Senado, talvez seja pautada nesse começo de 2022, mas esse é um ano atípico, por ser eleitoral, quando os grandes temas costumam não ser tratados. Consideramos que a PEC 110 está madura para ser votada. Não se trata nem de mexer na carga tributária, mas de simplificá-la. A carga tributária da cerveja no Brasil está em 56%, é uma das maiores do mundo, um percentual que está próximo ao limite que na economia se abre caminho para a baixa qualidade e a informalidade, como acontece com outros produtos.

A carga tributária também é uma reclamação constante das microcervejarias. Como o Sindicerv enxerga essa demanda?

Nas conversas que nós fizemos, no Senado e na Receita Federal, apresentamos em conjunto as demandas das pequenas cervejarias, que envolvem a aplicação de um redutor de acordo com o volume produzido, como é praticado em alguns países. Têm países que se caracterizam por produção de determinados produtos, como a França com o vinho. Nesses países, o imposto é reduzido a praticamente zero para estimular o mercado e o seu produto. Aqui, nós teríamos a cerveja, e a cachaça que é brasileira e merece atenção e cuidado.

Em sua visão, em termos de bebida, há alguma tendência surgindo no setor cervejeiro?

O PIQ da Cerveja abre uma avenida para a criatividade. Nós vamos ter novos produtos, estaremos mais próximos do que se pratica no mundo. O pessoal é muito criativo, as nossas associadas têm times de inovação, 20% do faturamento de uma delas é de produtos desenvolvidos nos últimos anos. O que eu vejo com o PIQ é a maior variedade de produtos, algo que já temos um crescimento importante. Se você olhar em perspectiva, isso já acontece com a cerveja sem álcool. De 2015 a 2020, a produção de cerveja sem álcool cresceu 91%, passando de 103 milhões de litros para quase 198 milhões de litros anuais. Além disso, deu um salto de 40% de 2019 para 2020. Tem a demanda do low carb, da cerveja sem glúten e com menor teor alcoólico. A cultura dos mais jovens é de valorizar o mundo sustentável e saudável. E você vai atender esse público com essas cervejas.

E como o Sindicerv vê o futuro das grandes cervejarias? Como será a atuação delas?

Em função da pandemia e da mudança de hábito de consumo, as empresas se reposicionaram e estão muito próximas de serem plataformas de tecnologia, com delivery e e-commerce. Além de trabalhar com o seu produto, a cerveja, você tem, por exemplo, um aplicativo (Zé Delivery, da Ambev), como acontece com um dos associados, que existe para você encomendar produtos, alguns até da concorrente. Também tem um aplicativo de B2B (Parceiro BEES, da Ambev). A Amazon nasceu dessa maneira, com venda de livros pelo correio. Hoje está colocando gente no espaço.

Fonte: https://guiadacervejabr.com/

‘Hoje, partimos de quais são as dores dos clientes’, diz diretor da Ambev

Colocar o cliente no centro do negócio e desenvolver as estratégias a partir das necessidades dele foi chave para a Ambev conseguir se recuperar da estagnação que vinha vivendo desde 2016, diz o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Lucas Lira. “Aprendemos que era essencial ouvir mais o cliente e o consumidor para desenvolver produtos e serviços que ajudem no negócio.”

Outra lição desses anos difíceis, diz o executivo, é a necessidade de ousar. Segundo ele, a empresa ousou antes da chegada da pandemia investindo em tecnologias que se mostraram essenciais durante a quarentena. Confira, a seguir, a entrevista. 

Lucas Lira: ‘conforme ouvimos mais o consumidor, tivemos melhores condições de desenvolver produtos’. Foto: Ambev – 7/1/2022

Quais fatores fizeram a Ambev se recuperar?

Estamos passando por uma transformação estrutural. Isso leva tempo. De 2019  para cá, começamos a trilhar um caminho que acreditamos que pode ser muito bom. Primeiro, resolvemos nos abrir mais como companhia e olhá-la como parte de um ecossistema maior, que inclui revendedores, clientes, consumidores, fornecedores. Começamos a tentar trabalhar de forma mais colaborativa com esse ecossistema. Conforme ouvimos mais o consumidor e os clientes, tivemos melhores condições de desenvolver produtos e serviços que podem agregar valor. Hoje, partimos de quais são as dores dos clientes e consumidores em termos de experiência e qualidade. Tentamos desenvolver nossa estratégia com base nisso. A primeira é um portfólio  de bebidas mais amplo e diverso. Não só de cerveja, mas de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Segundo, ouvindo os clientes, conseguimos dar um salto importante no nível de serviço na pandemia.  Terceiro, fizemos apostas em tecnologia. A plataforma Bees passou a ser não só o principal veículo de comunicação com o ponto de venda, o que nos ajuda a atender melhor e ofertar mais produtos para os clientes, como também ajuda a digitalizar o negócio do cliente, além de trazer benefícios na área de logística.  Outro exemplo: no Rio, temos um marketplace que permite que possamos oferecer para nossos clientes produtos que não são da Ambev. Temos feito parcerias com outras empresas de bens de consumo, como Camil, Pernod Ricard, Mondelez… 

De 2016 até mais ou menos o começo da pandemia, a empresa teve um desempenho mais fraco. Como avalia esse período?

Vou tentar responder com base nos nossos aprendizados. Número um: a gente realmente precisava se abrir mais como companhia. Dois: aprendemos que era essencial ouvir mais o cliente e o consumidor para desenvolver produtos e serviços que ajudem no negócio. Colocamos o cliente e o consumidor mais no centro. Houve algo que não foi um aprendizado propriamente dito, mas uma oportunidade que se apresentou, e a companhia tem, por enquanto, sabido aproveitar. Foi essa aposta em tecnologia que fizemos como forma de ajudar o cliente que estava com as portas fechadas e precisava encontrar uma forma de operar. O Zé Delivery (aplicativo de venda de bebidas) chegou como uma solução para que nossos clientes pudessem continuar abertos, entregando em casa. Esse tipo de solução surgiu de uma demanda real. A pandemia trouxe dificuldade para todo mundo, mas, por já estarmos investindo nessas tecnologias há alguns anos, fizemos apostas corretas e isso talvez seja um aprendizado: ousar mais.Ousamos na parte tecnológica e também na de inovação de produto. No meio da pandemia, lançamos a Brahma Duplo Malte, que chegou super bem. O produto foi desenvolvido escutando 3 mil consumidores ao mês e conseguiu estar presente em um momento em que o consumidor estava mudando seu padrão de comportamento. A Brahma Duplo Malte abraçou as lives. Isso ajudou a marca a ser conhecida.

Apesar do aumento de receita e market share, as margens da Ambev ainda não se recuperaram. Como melhorá-las diante de um cenário de alta no dólar e no preço das commodities?

O mundo que estamos vivendo está mais incerto e volátil. Isso faz com que qualquer projeção seja complicada. Por isso, no nosso processo de planejamento, passamos a trabalhar com diferentes cenários, mais ou menos conservadores. A rentabilidade do nosso negócio tem estado sob pressão nos últimos anos muito em função de fatores fora do controle, como a desvalorização cambial e a inflação de commodities. Quando a gente olha para frente, em maior ou menor grau, continuamos vendo esse desafio. Por conta disso, acreditamos que o caminho segue sendo entregar crescimento de receita sólido. Tudo que a gente vem falando – da nossa estratégia comercial, da parte de inovação, do foco em marcas “premium” e da volta do consumo do bar – tende a nos ajudar muito. É no bar que a garrafa retornável (cuja margem é maior)  é campeã de audiência. Isso ajuda a recuperar rentabilidade. Acreditamos que, se continuarmos entregando o nosso plano comercial, que é o que tem feito a diferença da pandemia para cá, e esse crescimento de receita, isso deverá continuar nos ajudando a recuperar a rentabilidade do negócio. Nosso ‘mood’ (humor) é de recuperação, e essa recuperação é puxada pelo crescimento da receita por conta da estratégia comercial.

O que ainda falta fazer nessa transformação da empresa e o que é importante para manter os resultados positivos?

Tudo que falei de aprendizado, temos de continuar aplicando para frente. Não existe jogo ganho, longe disso. Para mim, o mais importante agora é consistência. Continuar ousando, ouvindo o cliente e o consumidor e construindo produtos e serviços para atendê-los melhor. 

A companhia está com um foco em cervejas “premium”. Como ficam as tradicionais Brahma, Skol e Antarctica?

Continuam sendo importantes. Na pandemia, elas foram resilientes. Vimos consumidores voltando para marcas conhecidas.  A Brahma Duplo Malte foi importante para a família Brahma. Mas aqui também é importante falar como enxergamos o mercado brasileiro. Parecido com a Argentina e o Paraguai, o Brasil é um mercado em fase de expansão e de amadurecimento. O País ainda não é um mercado maduro do ponto de vista de perfil de consumo. A indústria de cerveja do Brasil segue crescendo, mas, dentro desse crescimento, tem as marcas “premium” e “core plus” crescendo em um ritmo mais acelerado. Quando olhamos nosso portfólio premium, ainda tem muita coisa para fazer. Quando o consumidor começa a considerar mais de uma marca, quem consegue desenvolver um portfólio mais amplo tende a criar um negócio de crescimento mais sustentável.

Fonte: https://economia.estadao.com.br

Grupo Heineken reforça ESG com criação de vice-presidência

Para ter mais foco e ação na agenda ESG no Brasil, o Grupo Heineken anuncia a criação da vice-presidência de sustentabilidade e assuntos corporativos com a nomeação de Mauro Homem como líder da área, que atuará diretamente com Mauricio Giamellaro, presidente da cervejaria.

“Esta foi uma decisão da alta liderança da empresa, especialmente do presidente, que vê a necessidade de se posicionar mais, trabalhar o tema nas marcas e ter um acompanhamento do comitê de direção. Fico feliz pela oportunidade de ampliar a atuação na agenda ambiental e social, principalmente”, diz Homem em entrevista à EXAME.

Segundo o executivo, ainda não há detalhes sobre rotina com comitê, por exemplo, mas a intenção é ampliar uma jornada que contou, em novembro, com o lançamento da plataforma Green Your City, de iniciativas de sustentabilidade para a vida noturna de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com compromissos firmados em três diferentes pilares: economia circular, cidades mais verdes e consumo responsável.

Além disso, há o acompanhamento de metas anunciadas, como a neutralização das emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor até 2040 e levar energia renovável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras, até 2030. “Meu desafio é continuar o trabalho com a marca institucional e também ampliá-lo nas outras marcas do Grupo”, diz Homem.

Segundo ele, foi ao pensar nessa estruturação com as marcas que se optou pela unificação de sustentabilidade e assuntos corporativos. “O Brasil é o país de maior mercado para o Grupo Heineken, em volume, e é impossível prosperarmos sem responsabilidade social e sustentabilidade. Para isto, é preciso realizar comunicações com diferentes partes, ter relações públicas e mais, assim entendemos a sinergia das áreas”, explica. Deste modo, haverá um trabalho também com a vice-presidência de jurídico e governança.

“Acreditamos que a agenda ESG nas empresas precisa estar em um nível de maturidade ainda mais elevado e, para além de firmar compromissos públicos, é preciso atuar com base no propósito e nos valores da companhia. Estamos fazendo esse trabalho há alguns anos e, com essa nova estrutura, conseguiremos colocar ainda mais foco e agilidade no que queremos construir e deixar de legado para a sociedade”, diz Giamellaro.

Marcas e ESG

Cada marca do Grupo Heineken tem um papel para reforçar a comunicação ESG com o consumidor final. Enquanto a cerveja Heineken encabeça a plataforma Green Your City, a cerveja Amstel realiza ações sociais com foco em diversidade e inclusão, especialmente para a população LGBTQIA+; a Devassa tem uma plataforma de criatividade cultural e igualdade racial; a Lagunitas trabalha com proteção de animais abandonados; e as marcas de não alcóolicos carregam compromissos como a redução de 80% no uso de garrafas PET, ocasionando em menos 25% do uso do plástico no portfólio.

“Percebemos a oportunidade de gerar diferenciação por meio das marcas, ao levar as mensagens da companhia, reforçar o propósito e gerar vantagem competitiva”, diz Homem.

Fonte: https://invest.exame.com

Ambev planeja atingir zero emissões de carbono até 2040

Terceira maior indústria cervejeira e quinta maior produtora de bebidas do mundo, a Ambev planeja zerar as emissões de carbono de toda sua cadeia de valor até 2040. O anúncio, de caráter global, foi feito no final de 2021, junto com a apresentação do novo propósito da companhia: “Sonhamos grande por um futuro com mais razões para brindar”.

O anúncio marca um movimento que começou em 2017, quando a Ambev assumiu compromissos importantes focados na melhoria dos processos de gestão de uso de água, agricultura, embalagem circular e outros relacionados à sustentabilidade até 2025. Desde então, a companhia vem avançando consideravelmente nessa jornada.

O anúncio marca um movimento que começou em 2017, quando a Ambev assumiu compromissos importantes focados na melhoria dos processos de gestão de uso de água, agricultura, embalagem circular e outros relacionados à sustentabilidade até 2025. Desde então, a companhia vem avançando consideravelmente nessa jornada.

Os avanços

Só no Brasil, as emissões totais de Gases de Efeito Estufa (GEE) de suas atividades foram reduzidas em 35% até 2020 e 100% de suas 32 unidades nacionais já operam com energia renovável.

Em 2021, a fábrica de produção de malte em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e o centro de distribuição em Joinville, Santa Catarina, se tornaram as primeiras unidades nacionais da Ambev a operar com carbono neutro.

Metas para 2025

Entendendo que sua responsabilidade vai além do último gole de cerveja, a Ambev agora está de olho em 2025, ano limite para que 100% de toda a eletricidade que move a empresa venha de comprada fontes renováveis, para que as emissões de carbono já estejam reduzidas em 25% e para que todas as embalagens sejam retornáveis ou feitas majoritariamente feitas de conteúdo reciclado.

“O novo propósito traduz a união entre a nossa capacidade de mobilizar pessoas em um objetivo comum e nossas ações para construir um futuro melhor. A sustentabilidade é fundamental nessa construção. O avanço na pauta de ação climática representa a solidez dos resultados das nossas ações e compromissos ambientais até aqui, e a certeza de que podemos e iremos fazer muito mais”, diz Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev.

Nos últimos quinze anos, a empresa reduziu as emissões diretas das fábricas em mais de 60% e está próxima de atingir 100% de uso de energia renovável. Com isso, está em 32% de sua meta atualmente. Pelo futuro do planeta, esperamos que passos ousados como esses influenciam de forma positiva outras companhias. Para conhecer todas as iniciativas da Ambev, clique aqui.

Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br

A reforma tributária precisa caminhar

Falar em retomada econômica é a previsão mais incerta do momento. A escalada da taxa de juros para conter a inflação de 10%, a mais alta nos últimos seis anos, somada ao aumento dos custos de produção e desemprego, reduz de forma drástica o poder de compra da população, além de afastar investimentos.

Diante desse cenário é indispensável voltar a discutir projetos que abram espaço para o Brasil retomar o ritmo de crescimento econômico e desenvolvimento social. E um deles é a reforma tributária, que precisa ser aprovada com a maior celeridade possível para aumentar a competitividade da indústria brasileira.

Entre os projetos abrangentes em tramitação no Congresso Nacional, que unificam e simplificam os diversos tributos que incidem sobre o consumo, temos as Propostas de Emenda à Constituição, a PEC 45/2019, na Câmara dos Deputados, e a PEC 110/2019, no Senado Federal.

Fruto de um extraordinário esforço do senador Roberto Rocha (PSDB/MA), temos visto maiores chances de a PEC 110 avançar ainda este ano. Em meio ao recesso parlamentar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que o projeto terá prioridade na Casa, com a leitura de seu relatório na Comissão de Constituição e Justiça, votação no plenário e envio à Câmara dos Deputados, até o fim de fevereiro.

Em linhas gerais, trata-se de um caminho mais próximo que o setor industrial brasileiro tanto aguarda: um sistema tributário que reduza a burocracia, o contencioso jurídico, a quantidade de impostos, a complexidade e o custo da sua operação. E que traga segurança jurídica para a indústria, mas sem aumentar a carga tributária, uma das mais altas do mundo para a atividade produtiva. O impacto atual dos tributos no preço final da cerveja chega a 56%.

O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos, com uma produção anual de mais de 14,3 bilhões de litros. Movimenta uma cadeia do “Campo ao Copo” que se estende desde o agronegócio, com destaque para a produção de diversos grãos, mais de 40 mil veículos empregados na distribuição e 1,2 milhão de postos de vendas espalhados por todo o país, até o consumo final das famílias.

Em números, o setor cervejeiro representa 14% da indústria de transformação e 2% do Produto Interno Bruto. Contribui com mais de R$ 25 bilhões em impostos, gera uma massa salarial de R$ 27 bilhões e é responsável por mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos. Estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas para o Sindicerv revela que, a cada emprego em uma cervejaria, outros 34 novos postos de trabalho são criados na cadeia produtiva.

Daí a importância da indústria da cerveja como uma das principais molas propulsoras na geração de empregos e retomada do país em meio à crise sanitária que vivemos.

Entendemos que a reforma tributária é um tema complexo e mesmo diante da agenda eleitoral há sensibilidade do Poder Legislativo federal para a aprovação de uma reforma estruturante que conta com o apoio e o consenso entre indústria, Estados e sociedade civil. A reforma tributária precisa caminhar para que o Brasil retome os trilhos de desenvolvimento.

LUIZ NICOLAEWSKY Superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv)

Publicado inicialmente em: https://congressoemfoco.uol.com.br/projeto-bula/opiniao/a-reforma-tributaria-precisa-caminhar/

Grupo Carrefour e Heineken se unem para promover economia circular e reciclagem

De olho em iniciativas sustentáveis, o Grupo Carrefour se juntou à Heineken para montar uma estação de incentivo à reciclagem. A estação é toda da Heineken e fica em uma das unidades do Carrefour na Marginal Tietê, em São Paulo (SP). A iniciativa é um projeto-piloto que prevê a troca de embalagens de vidro, plástico e papel por pontos que podem ser transformados em produtos e descontos.

Além dessa ação, a cada garrafa vazia e inteira de 600 ml da Heineken que o consumidor levar para a estação de reciclagem, ele receberá um cupom de desconto de R$ 2 na compra da próxima cerveja na unidade do Carrefour em questão.

As garrafas, por sua vez, serão recolhidas pela empresa e retornarão à operação da companhia para que sejam reenvasadas e voltem ao mercado. Com essa ação, a Heineken completa o todo o ciclo da economia circular da garrafa.

“O investimento em economia circular, por meio da redução, reutilização, recuperação, regeneração, reabsorção e reciclagem de materiais em nossas operações, é um de nossos pilares de atuação”, destacou Lucio Vicente, diretor de Assuntos Corporativos e sustentabilidade

A iniciativa ficará ativa pelo período de, pelo menos, quatro meses e contará com o apoio da Molecoola, startup de impacto socioambiental. A companhia já arrecadou mais de 600 toneladas de materiais por meio de seu programa de fidelidade.

Para os consumidores que se interessaram em participar, é necessário se inscrever no site da starutup, levar os seus materiais recicláveis limpos e separados para a estação e acessar os pontos no aplicativo Molecoola. A pontuação varia de acordo com o peso e o tipo de material levado.

Projeção

A expectativa de Carrefour e Heineken é que sejam arrecadadas mil garrafas até o começo de março. O grande objetivo, segundo nota, é incentivar e impulsionar a economia circular na região, engajando as pessoas para um olhar mais sustentável e destinação correta de resíduos.

“A parceria com a Heineken vem fortalecer nossa estratégia de fechar o ciclo de uso, descarte e reaproveitamento de embalagens, como já fazemos em outros projetos, como o de circularidade do papel nas caixas do e-commerce e em sete programas de logística reversa nas lojas”, finalizou Vicente.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/01/28/grupo-carrefour-e-heineken-se-unem-para-promover-a-economia-circular-e-a-reciclagem/