A dose e o veneno da reforma tributária

LUIZ NICOLAEWSKY
Superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv)

Em meados do século 16, o médico e físico Paracelso disse que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Em exagero, ambos podem matar. Em doses insuficientes, um não mata, e o outro jamais cura. Esse pensamento é particularmente adequado nesse momento em que se coloca em pauta a reforma tributária. A indústria brasileira — tendo o setor da cerveja como um grande player — está atenta aos principais movimentos da agenda de desenvolvimento econômico e social do país e um dos seus pontos mais importantes é a reforma tributária. Em discussão no parlamento, se bem conduzida, a reforma será fundamental para a retomada econômica, a geração de empregos e o aumento da renda da população brasileira pós-pandemia.

Trata-se de um dos setores de extrema relevância no Brasil. Afinal de contas, somos o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma das cadeias produtivas mais extensas, que gera mais de 2 milhões de postos de trabalho, R$ 25bilhões por ano de tributos e representa pouco mais de 2% do PIB. Por este motivo, podemos afirmar que a indústria da cerveja é peça fundamental nesse processo de retomada do crescimento econômico.

Neste momento tão particular e delicado, aprendemos a repensar nossas atitudes, rever nossos valores, viver com menos e de forma mais simples. E essa lógica precisa ser aplicada também ao nosso sistema tributário. Avançar com a reforma tributária hoje no Brasil é urgente e crucial. O setor apoia uma ampla reforma tributária, abrangendo todos os tributos sobre o consumo e que seja efetivamente transformadora, tendo como fim maior a simplificação de todo o sistema, a eliminação da burocracia e da insegurança jurídica, sem que se promova um aumento da atual carga impositiva, que já é uma das maiores do mundo.

Para ir ainda mais fundo no tema, contratamos um estudo junto à Fundação Getulio Vargas com o objetivo de mapear o setor e simular as propostas que se encontram em debate no Congresso Nacional. As simulações apontam que majorações na carga tributária vigente produziram consequências negativas não apenas para o setor, mas, em especial, para o país.

Um potencial incremento, nos moldes do que tem sido preconizado e apresentado acarretará redução expressiva na renda, nos empregos, nos investimentos e na arrecadação por parte dos Estados e da União. Não é um prognóstico de uma única indústria. A cadeia produtiva da cerveja começa no campo, passa por transporte, energia, veículos, alumínio e vidro, só para citar alguns exemplos. Ou seja, toda e qualquer iniciativa tem impacto, para o bem ou para o mal, nessa cadeia.

Relembrando da analogia do filósofo Paracelso, é preciso conversarmos sobre a “dose” para que não haja exageros ou que as medidas sejam insuficientes. Apoiamos a reforma tributária ampla e abrangente, que traga simplificação e não aumento de carga. Não é hora de aumentar imposto. O momento agora é de acertar a dose para que o remédio não se torne veneno. Defendemos, por isso, a ampla discussão, a reflexão e a união para trabalharmos a favor de uma indústria nacional forte e colaborativa para reencontrar o caminho do crescimento de que tanto necessitamos.

Foto: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/07/4935495-a-dose-e-o-veneno-da-reforma-tributaria.html

Dossiê: O mercado brasileiro de cervejas de fato cresceu na pandemia?

Ampliação no número de fábricas registradas, risco real de fechamento de algumas companhias e aumento no consumo de cerveja. Essas informações, compiladas em diferentes pesquisas e levantamentos realizados nos últimos meses, ajudam a explicar cenários de alguns dos mais difíceis e imprevisíveis meses da história do setor cervejeiro no Brasil, modificado bruscamente pela pandemia do coronavírus.

Mas também indicam um desafio para o segmento de artesanais, que viu apenas as grandes cervejarias conseguirem se beneficiar desse novo contexto. Ao menos é essa a opinião majoritária das lideranças e especialistas do setor cervejeiro ouvidos pela reportagem do Guia, que preparou um dossiê para acompanhar o momento do mercado (acompanhe nas próximas semanas a segunda matéria especial sobre o assunto).

Em 2020, o Brasil registrou aumento de 5,3% no volume de cervejas vendidas, atingindo 13,3 bilhões de litros, a maior quantidade desde 2014, de acordo com um levantamento do Euromonitor. Mas ele se tornou muito mais residencial, com 68,6% de brasileiros com mais de 18 anos dizendo que beberam em casa no ano passado contra os 64,6% de 2019. Um dado que ajuda a explicar os desafios encarados pelas marcas artesanais.

A sommelière Bia Amorim alerta que essa expansão do consumo se concentrou nas principais cervejarias, que têm acesso a canais de venda que não ficaram fechados na pandemia, como os supermercados, uma alternativa que não existe para os pequenos empreendimentos.

“Nos falta ainda poder olhar para o pequeno/nano mercado, sem comparar ele com as grandes. A fatia que cresceu com certeza foi embasada em canais de venda que ganharam força, os supermercados. Para o mercado de cervejarias muito pequenas e locais, essa oportunidade não bateu à porta e nem é viável”, avalia Bia.

Presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Nadhine França lembra que a pandemia veio acompanhada por uma crise econômica, o que afetou as escolhas no momento de compra. “Temos em paralelo à pandemia uma crise financeira, que diminuiu o poder de compra dos consumidores entrantes no mundo das artesanais.”

Até por isso, como destaca Carlo Enrico Bressiani, diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), o aumento do consumo de cerveja, especialmente no ambiente residencial, se concentrou nos rótulos mais baratos, algo que pouco pôde ser aproveitado pelas marcas artesanais.

Presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), Carla Crippa relembra que os efeitos da pandemia foram sentidos primeiramente pelas marcas artesanais, em função da indisponibilidade dos seus principais canais de venda. Ela destaca, porém, que o setor cervejeiro, em geral, conseguiu encontrar alternativas para chegar ao consumidor, o que explica esse aumento das vendas, mesmo em um ano tão desafiante – o que incluiu a dificuldade de acesso a insumos.

“Em 2020, havia cerca de 1.400 cervejarias cadastradas no Ministério da Agricultura, em sua grande maioria micro cervejarias que sofreram seja com retração no fluxo de caixa, seja com dificuldades de dar vazão ao produto final. Ao longo de 2020 houve várias iniciativas de apoio ao canal frio, bem como outras iniciativas criativas para fazer com que o produto chegasse ao consumidor final. Por exemplo, por meio de práticas como delivery, take-away e drive thru”, afirma Crippa.

Expansão que não reflete a crise

Outro dado de crescimento encarado com cautela é o da expansão em 14% no número de fábricas registradas no Brasil em relação a 2019, chegando às 1.383, de acordo com o Anuário da Cerveja. Na avaliação de Bressiani, diretor da ESCM, essa abertura de empreendimentos representa a concretização de planos prévios à pandemia.

Assim, os efeitos da crise ainda vão demorar a se refletir no Anuário da Cerveja. “Você tem a abertura das cervejarias porque os projetos são de prazo longo de maturação, refletindo projetos iniciados de 2017 a 2019.  O que vai acontecer é que em 2022 deverá ter menos abertura, porque aí pega a pandemia”, explica Bressiani.

Presidente da Federação Brasileira das Cervejarias Artesanais (Febracerva), Marco Antonio Falcone pondera, ainda, que o registro de uma marca no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento não significa que a empresa esteja, de fato, em funcionamento.

“Isso não quer dizer que estão em operação. Há o projeto, o registro, mas não entra em operação, ainda mais em uma crise como a de 2020. Isso o anuário mascara. Assim como o aumento no número de rótulos, que muitas vezes são registrados, mas não entram em circulação”, destaca Falcone.

Já na visão de Alexandre Prim, especialista em finanças do mercado cervejeiro, a expansão tem relação direta com a existência de mercados que ainda não foram conquistados pelo setor. São nessas regiões que podem ter se concentrado essas aberturas, em sua avaliação. E foi, inclusive, o que aconteceu no Acre, onde foi registrada a primeira cervejaria do estado, a Seringal Bier.

“Há regiões no país que ainda possuem uma baixa oferta de produtos cervejeiros, como Norte e Nordeste, e, portanto, há grande oportunidade de atender este mercado. Isso ressoa como uma oportunidade para empreendedores investirem em negócios com maior propensão de lucratividade”, afirma o especialista.

Além disso, para Prim, a abertura de cervejarias também pode representar a busca por uma alternativa financeira, em uma tentativa de empreender em meio a uma grave crise econômica. “O custo de entrada para registrar uma cervejaria, produzir e vender é relativamente baixo. Quero dizer, se alguém conseguiu juntar R$ 100 mil e tem dúvidas no que investir, este cidadão consegue abrir uma cervejaria de baixa escala e iniciar uma jornada empreendedora. Aos poucos consegue levantar grana e tomar maiores proporções. Este fato torna-se relevante em um momento de reorganização profissional (em caso de perda de empregos) e/ou recolocação no mercado.”

Dificuldade de adaptação

Mas, se o Anuário da Cerveja registrou um aumento no número de fábricas registradas, muitas delas convivem com o temor de encerrarem as atividades. Um levantamento realizado pela Abracerva indicou que 24% dos empreendimentos têm alto risco de fechar.

Na avaliação de Nadhine, esse elevado risco à sobrevivência de diversas cervejarias artesanais se dá pela dificuldade de mudança no foco das suas operações, somado ao apoio quase irrelevante vindo do estado para a sobrevivência dos negócios de pequenos empreendedores durante o período de crise.

Com opinião complementar, Falcone avalia que o quadro de ameaça às artesanais se dá pela perda de vários canais de venda durante a pandemia. “Tivemos uma queda brusca no faturamento. O aumento do consumo foi em casa, com a venda de supermercados e deliveries. O que se perdeu foi a venda nos bares e restaurantes. A minha marca, a Falke Bier, tinha 160 postos de venda e isso se perdeu. É um espelho do que aconteceu em todo o setor. O quadro de ameaça de cervejarias é real”, alerta o presidente da Febracerva.

Para Prim, a incerteza provocada pela pandemia explica essa possibilidade de fechamento de parcela tão relevante de empreendimentos. Ele destaca que muitos deles tiveram seus planos – e investimentos – arruinados pela mudança drástica no mercado e na sociedade.

“Por exemplo, foi realizado um investimento arrojado e tomou o capital de giro da empresa. Com a pandemia surgindo, as vendas caíram, então este empreendedor não teve condições de investir em e-commerce ou outros canais de venda. Ao contrário, acabou o ‘fôlego’ que ele tinha para manter o negócio a longo prazo”, argumenta o especialista.

Embora reconheça que cervejarias dependentes da venda de chopes estejam em situação mais complicada, Bressiani não crê que o cenário seja tão dramático. Para ele, é improvável que uma parcela tão grande de empreendimentos feche as portas. Mas muitos, na sua opinião, vão submergir.

“Uma parcela está com a vida complicada. São aqueles que estavam focados em bares, restaurantes e eventos. Quem trabalhava só com chope está sofrendo. Mas fechar é uma decisão demorada a se tomar. O que se faz é reduzir a produção e esperar passar a tempestade”, conclui o diretor da ESCM.

Ambev desafia as startups contra as mudanças climáticas

Para fabricar um litrão de Skol, a Ambev precisa de quase 2,5 vezes a medida de água. Em tempos de mudanças climáticas e alterações no regime de chuvas, reduzir o uso de água está na ordem do dia da cervejaria.

Em busca de alternativas para esse e outros desafios ambientais, a Ambev lançou a terceira edição da Aceleradora 100+ para selecionar startups em estágio inicial com projetos que possam ajudar a companhia a atingir suas metas de sustentabilidade.

Até 2025, o objetivo da Ambev é aumentar a eficiência do uso de água nas regiões de estresse hídrico. Nessas áreas, a cervejaria quer produzir um litro da bebida com 2 litros de água. Atualmente, a Ambev precisa de 2,4 litros de água para um litro de cerveja — a média da indústria global é 3,4 litros.

As startups escolhidas para o programa da Aceleradora 100+, que contempla até um mês e meio de imersão — com aulas com executivos da cervejaria e de fundos de investimentos —, poderão testar o modelo de negócios com a ajuda da Ambev.

Não há um número fechado de startups que podem participar do programa — as inscrições vão de 5 a 23 de julho e as escolhidos serão conhecidas em agosto —, mas o objetivo é que as companhias estejam no mesmo estágio de maturidade, entre pré-seed e série A, diz Carolina Pecorari, diretora de sustentabilidade da Ambev.

Nas duas primeiras edições do programa, 39 startups passaram pela aceleradora da Ambev — 21 em 2019 e 18 no ano passado. “Não há uma quantidade definitiva. Priorizamos a qualidade, igual no nosso programa de traine”, afirma.

Alguns frutos da Aceleradora 100+ já apareceram. A startup FNM, que participou da edição de 2019 do programa de aceleração, firmou um acordo com a Ambev em janeiro para fornecer mil veículos elétrico — entre caminhões e vãs — até 2023 para a cervejaria fazer a entrega de bebidas. Ao todo, a Ambev já investiu R$ 10 milhões para viabilizar os programas da Aceleradora 100+.

Para as startups, a participação é uma oportunidade de receber treinamentos em temas como tributação. Um chamariz da terceira edição é a possibilidade de receber treinamento de gestores de fundos de venture capital. Nas primeiras versões, a própria Ambev dava as aulas de como fazer um pitch. “Agora, vão ouvir dos fundos o que eles esperam ouvir num pitch”, enfatiza Pecorari.

Ao final do programa, as startups fazem o pitch num Demo Day — a melhor recebe um prêmio de R$ 100 mil. “É um ganha ganha para todo mundo. Temos a solução que ajuda nos nossos desafios, o meio ambiente ganha e a sociedade ganha”, resume a diretora da Ambev.

A Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e o Quintessa, uma aceleradora de negócios de impacto, são parceiros da cervejaria no Aceleradora 100+.

Fonte: https://pipelinevalor.globo.com/startups/noticia/ambev-desafia-as-startups-contra-as-mudancas-climaticas.ghtml

Ambev reforça comprometimento com agenda ESG em evento para investidores, diz BTG

O evento sobre práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) que a Ambev realizou nesta semana reforça a mudança de filosofia que a empresa vem realizando nos últimos anos, na avaliação do BTG Pactual.

“No passado recente, a Ambev vem saindo da zona de conforto. A nova filosofia centrada no consumidor não significa apenas que a empresa está mudando sua abordagem nos negócios, mas também cultura corporativa”, escrevem os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Rafaella Dortas.

Entre as principais iniciativas que a companhia vem realizando está o baixo uso de água por litro de cerveja produzido, só 2,4 litros, abaixo da média global de 3,4 litros.

“A Ambev se comprometeu a reduzir esse número para 2 litros em áreas de risco.”

Outro ponto de destaque para o BTG é a renovação do conselho de administração da Ambev, trazendo diversidade e novos olhares para a empresa. “Isso permitiu que a Ambev ganhasse uma certificação da ONU”, comentam os analistas.

O banco acredita que o incentivo a práticas ESG dentro da Ambev podem criar vantagens competitivas para a empresa, de forma a compensar algumas que sumiram ao longo do tempo. “A execução das iniciativas durante a pandemia é um testemunho de como fazer tudo isso e continuar a entregando excelência operacional.”

O BTG Pactual tem recomendação neutra para Ambev, com preço-alvo em R$ 16, valor 8,58% menor que o fechamento de ontem.

Ambev e Abrasel firmam parceria para oferecer programa de cuidado emocional

A cervejaria Ambev, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), estendeu para todos os seus clientes o Seu Apoio, um de seus programas internos. Elaborado pela cervejaria para dar suporte emocional a seus funcionários, o programa tem uma área totalmente voltada para a saúde, o bem-estar e a inclusão.

A partir de agora, proprietários de bares e restaurantes também podem ter acesso a uma rede de Psicólogos e Assistentes Sociais de forma gratuita e confidencial. O serviço funciona 24 horas por dia pelo telefone 0800 033 0305.

O Seu Apoio busca a resolução de problemas pessoais diversos, tais como: questões de estresse, depressão, ansiedade, abuso de substâncias, violência doméstica, luto, crises ou traumas. Além de dar orientações sobre Previdência Social, autocuidado, acesso a medicamentos especiais, dúvidas sobre adoção e acesso à legislação.

Para o secretário do Sindicerv e Diretor de Relações Institucionais da Ambev, Rodrigo Moccia, o momento pede mais cuidado e um olhar atento às pessoas.

Segundo o secretário, desde o ano passado a Ambev tem aumentado o suporte emocional dos seus funcionários.

“Percebemos que a saúde mental da população se intensificou com a pandemia da Covid-19 e a busca por ajuda profissional é fundamental para saúde mental dos nossos funcionários e parceiros”, explicou Moccia.

Ao ligar no 0800 033 0305, uma consultora especializada fará algumas perguntas para identificar o beneficiário e iniciar o atendimento, que passará por uma triagem da situação e realizará o suporte e dará as orientações. O programa está disponível até 8 de agosto deste ano.

Sobre o SINDICERV

O Sindicerv – Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja é a entidade que representa há mais de 70 anos o setor. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contemplem a evolução e o desenvolvimento da indústria nacional da cerveja e suas respectivas cadeias produtivas e que beneficiam absolutamente todos os atores do setor, sejam eles pequenos, médios ou grandes fabricantes. Atualmente, as empresas associadas ao Sindicerv representam 80% da produção de cerveja no país.

Cooperativas investem R$ 1 bi em maltaria para Heineken e Ambev

Uma onda de investimentos está se formando na região Sul do Brasil e nos vizinhos Argentina e Uruguai para atender à demanda do setor cervejeiro por malte. No Paraná, Estado produtor de cevada (insumo usado para fazer malte), as cooperativas Agrária, Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia vão destinar mais de R$ 1 bilhão para criar uma nova maltaria, na região de Campos Gerais.

Prevista para ser inaugurada em 2023, a fábrica produzirá 240 mil toneladas de malte anualmente e tem previsão de gerar mais de mil empregos diretos e indiretos. Ainda no papel, a nova maltaria já tem um cliente garantido: o grupo Heineken anunciou contrato de dez anos de compra do malte da unidade.

Segundo fontes, a Ambev também vai ser uma das compradoras. A expectativa é de que a dona das marcas Brahma e Skol compre 50% do malte da nova fábrica e a Heineken, 35%.

Entre as razões para o crescimento na busca pelo ingrediente, essencial na fabricação de cervejas, está o sucesso das versões puro malte, que têm ganhado o paladar do consumidor brasileiro. Na pandemia esse gosto ficou bastante evidente, com produtos liderando as vendas, como a Brahma Duplo Malte da Ambev, e com novas apostas, como a asiática Tiger, do grupo Heineken, que está chegando ao Brasil.

Dados da consultoria Nielsen apontam um crescimento de 39% dessa categoria no último ano. A procura pelo ingrediente também é puxada pelo bom desempenho das vendas totais de cerveja no país, a despeito da pandemia. Em 2020, o consumo chegou a 13,3 bilhões de litros, abaixo apenas de 2014, diz a consultoria Euromonitor. E deve avançar mais 2,70% neste ano, para 13,67 bilhões de litros. Assim, garantir matéria-prima é crucial.

Além do projeto paranaense, fontes do setor destacam o projeto uruguaio da Maltería Mosa, pertencente ao Grupo Petrópolis, que produzirá 240 mil toneladas a partir de 2022. A dona das cervejas Itaipava e Petra previa inaugurar uma maltaria em Araucária (PR) em 2018, mas o projeto não se concretizou.

Maior produtora de cervejas no país, a Ambev mantém seis maltarias próprias. Duas estão na Argentina, outras duas no Uruguai e mais duas no Estado do Rio Grande do Sul. O projeto de uma sétima maltaria está em andamento. Juntas, as seis maltarias produzem em torno de 1 milhão de toneladas de malte de cevada por ano, o que faz da Ambev a maior produtora da América do Sul e garante cerca de 95% de seu consumo de malte. Também mantém um programa de fomento ao cultivo de cevada com cerca de 800 produtores no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e uma parceria com a Agrária.

Para a nova maltaria das cooperativas paranaenses, a escolha da região foi pelo clima propício à plantação da cevada, com um potencial de plantio que pode atingir até 100 mil hectares por ano. Além da nova maltaria, batizada de Maltaria Campos Gerais, a Agrária, que lidera o projeto, já produz 360 mil toneladas por ano em suas três maltarias instaladas em Entre Rios (PR) e atende cerca de 30% da demanda do mercado brasileiro de cerveja.

“A região escolhida para construção da maltaria é privilegiada, especialmente no que diz respeito à logística”, diz Jorge Karl, presidente da Cooperativa Agrária. Localizada na região, a cidade de Ponta Grossa abriga fábricas da Ambev e da Heineken.

No início do ano, a Ambev anunciou R$ 385 milhões em investimentos de sua planta no município. Já a Heineken prevê concluir no segundo semestre a primeira fase do projeto de ampliação de sua fábrica, cujo valor total é de R$ 865 milhões.

“A princípio, a compra de malte nacional vem para suprir a demanda de crescimento do nosso negócio e da nossa necessidade produtiva. Todas as cervejas do nosso portfólio premium e ‘mainstream’ [categoria média de mercado] são puro malte, o que aumenta a necessidade da compra deste ingrediente fundamental para a produção. Essa iniciativa irá evitar a necessidade de importação adicional de malte”, diz Carlos Eduardo Garcia, diretor de compras do grupo Heineken. A companhia não revela quanto da produção é nacional, mas explica que a maior parte da cevada ainda é importada. “Com esse projeto vamos dobrar a quantidade de cevada nacional.”

Aumentar a fatia de malte nacional também tem forte importância para redução dos custos. Hoje, segundo fontes de mercado, cerca de dois terços do malte utilizado no país é importado. Embora a Argentina e o Uruguai sejam importantes fornecedores, muitas fabricantes dependem dos maltes vindos de fora do Mercosul e têm de pagar uma tarifa de importação, de até 9%.

Em 2016 o setor conseguiu a aprovação de uma cota com redução ou isenção da alíquota. Naquele ano, foram 156,5 mil toneladas anuais. Com validade até 31 de dezembro de 2021, uma cota de 300 mil toneladas poderá ser importada de países de fora do Mercosul com alíquotas zeradas ou de até 2%. Entre esses, os maltes europeus lideram.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/06/18/cooperativas-investem-r-1-bi-em-maltaria-para-heineken-e-ambev.ghtml

Nota de Pesar

O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV) lamenta profundamente o falecimento do profissional e gerente de Relações Institucionais, Felipe Pistoia Dutra, ocorrido por complicações causadas pela Covid-19.

Advogado, foi assessor parlamentar na Câmara dos Deputados e em dezembro de 2020 integrou o time do Sindicato. Proativo, colaborativo e com uma vontade permanente de ajudar a todos, Pistoia sempre foi um profissional de extrema capacidade.

O SINDICERV, suas associadas, membros do Conselho Administrativo e colaboradores prestam condolências aos familiares, amigos e colegas.
Brasília, 16 de junho de 2021

Sustentabilidade harmoniza com cerveja?

Dentro de uma garrafa de cerveja existe, principalmente, agricultura (em cevada e lúpulo, dois dos insumos principais) e muita, muita água — o equivalente a 90% do conteúdo de uma garrafa ou latinha.

Quando se pensa na cadeia como um todo — produção, embalagem (vidro ou alumínio), transporte e descarte pós-consumo –, fica claro que aquela cervejinha do dia a dia traz impactos para o planeta.

Dona das marcas Brahma, Skol, Bohemia e Budweiser, entre outras (além de bebidas não alcoólicas, como Guaraná Antarctica, Pepsi, Gatorade e a marca de sucos do Bem), a Ambev estabeleceu uma série de compromissos ambientais, a serem cumpridos até 2025.

As metas foram definidas em 2018 e incluem ter 100% da eletricidade comprada de fontes renováveis; reduzir as emissões de carbono em 25% ao longo da cadeia de valor; melhorar de forma mensurável a disponibilidade da água para 100% das comunidades em áreas de alto estresse hídrico; usar embalagens retornáveis ou que sejam majoritariamente feitas de conteúdo reciclado em 100% dos produtos da cervejaria.

Segundo Carolina Pecorari, diretora de sustentabilidade:

“Até 2017, nossas metas olhavam muito para ‘dentro de casa’, com questões de eficiência elétrica, hídrica e de carbono. Ao longo da jornada, percebemos que nosso impacto é muito grande para o ecossistema. Foi quando lançamos as metas que não olham só para gente”

Carolina exalta alguns índices já conquistados: uso de 71% de energia vinda de fontes sustentáveis; 47,7% de vidro reciclado nas embalagens; 75,1% de alumínio reciclado; e 45% de PET reciclado. Mas sabe que, em se tratando de uma companhia com 32 mil funcionários no Brasil e operações pela América Latina e no Canadá, ainda há um longo caminho a se trilhar.

A seguir, a diretora de sustentabilidade conta um pouco do que já foi e do que vem sendo feito pela Ambev — e como a pandemia afetou essa jornada.

Qual foi o impacto da pandemia nos projetos de sustentabilidade da Ambev?

Só deixou mais forte. Existe um investimento grande ano contra ano — e 2020 foi um ano em que não dava para parar. E tudo se conectou com as nossas iniciativas de olhar para comunidade e oferecer soluções, como usar a nossa gestão para construir hospital ou transformar a cervejaria Colorado para a produção de oxigênio.

Claro que isso teve como base um aprendizado que já tínhamos. Gosto de dizer que não existe perfeição, mas amadurecimento.

A pandemia deu um boost em todos os aspectos. Hoje, existe mais abertura de todos — VPs, conselho fiscal e conselho de administração — para olharmos quais são os nossos gaps e evoluirmos neles. É uma jornada, não um negócio momentâneo.

Uma das metas da Ambev é ter 100% de energia renovável até 2025. Em que momento vocês estão dessa meta e o que está sendo feito para atingi-la?

Hoje, já temos 26 Centros de Distribuição funcionando com energia renovável e 18 deles conectados ao sistema, ou seja, pronto para isso.

A ideia é até o final deste ano ter nossos 84 centros de distribuição conectados com energia renovável. Isso era para ter acontecido no ano passado, mas atrasou por causa da pandemia

Estamos construindo 48 usinas distribuídas em 48 municípios e 21 estados brasileiros. Serão 51 mil painéis solares, com capacidade de geração de 2.3 gWH – o equivalente a 15 mil residências ou a uma cidade com cerca de 60 mil habitantes. A operação e a manutenção das usinas serão realizadas por parceiros especializados.

Tem um parque eólico sendo construído na Bahia? Em que fase está?

O parque eólico da Bahia é o primeiro parque contratado, que está sendo construído em parceria com a Casaforte Investimentos. Ele vai abastecer com energia limpa e renovável todas as cervejarias presentes no Nordeste, inclusive as cervejarias que produzem Budweiser aqui no Brasil. Isso representa, aproximadamente, 35% de nosso consumo total no país.

Além disso, temos outro parque, também localizado na Bahia, para atender outros três centros de distribuição no estado. Hoje, ele está concluído e aguarda apenas o trâmite de conexão para iniciar a operação.

Então, além de Centros de Distribuição existem cervejarias abastecidas com energia sustentável?

Temos um mini parque solar na cervejaria de Guarulhos, mas ele não é suficiente para alimentar totalmente a operação. Mas, com esse projeto, a ideia é que até 2023 todo o Nordeste esteja conectado e, até 2025, cheguemos a 100% das cervejarias. É um projeto que vai demandar a construção de alguns parques solares e eólicos.

Para cuidar da água, existe o Programa Bacias e Florestas. O que é? Em que regiões ele atua e por quê?

Dado que água é mais de 95% da nossa matéria-prima, precisamos cuidar desse item pensando no planeta e também no nosso negócio.

Junto com um grupo de geólogos, olhamos para as bacias de onde extraímos água e identificamos onde há mais extração do que devolução. Então, fazemos um mapeamento, o engajamento da comunidade, definimos as prioridades, o custo, o impacto, enfim: desenhamos como vamos trabalhar.

Hoje, o programa Bacias e Florestas é desenvolvido em parceria com a TNC (The Nature Conservancy) e a WWF em Jaguariúna, Jundiaí, Jacareí e Rio Claro, em São Paulo; Sete Lagoas, em Minas Gerais; Anápolis, em Goiás; e Aquiraz, no Ceará, que são áreas de alto estresse hídrico.

As ações variam de acordo com a realidade de cada local. Por exemplo: uma parte da água que sobra da produção e é tratada pela Ambev pode voltar para o rio mais limpa, mas o agricultor também pode usar essa água direto da cervejaria para irrigar a plantação que esteja ali próxima

Esse projeto também atua fazendo o reflorestamento da mata ciliar para garantir que haja melhor disponibilidade de água e que não haja um estresse nos lençóis freáticos.

Em 10 anos, o programa conseguiu recuperar mais de 10 mil hectares de vegetação — o equivalente a mais de 12 mil estádios de futebol — e já plantou cerca de 1,8 milhão de árvores.

O uso de reciclados também está nas metas da Ambev. Como a empresa pretende usar mais material reciclado nas embalagens de vidro?
Estamos atuando bastante na coleta do material. Para isso, temos parceiros como a Green Mining, que nos ajuda a desenvolver a coleta de vasilhames de vidro junto a hotéis, bares e restaurantes.

Também estamos fazendo testes em condomínios junto com a [cooperativa paulistana] Yougreen. O vidro coletado pode ir para nossos parceiros ou a nossa fábrica de vidros no Rio de Janeiro. Depende um pouco de logística e do que faz mais sentido

Também começamos com um piloto em Curitiba, no Paraná, onde a nossa própria operação faz a coleta nos bares e restaurantes, leva para o nosso centro de distribuição e nós fazemos a triagem para mandar os cacos ou retornáveis para produção, lavagem e tudo mais. É bem possível que a gente consiga atingir a meta do vidro já neste ano, com 50% de material reciclado.

As embalagens retornáveis podem ser uma solução para o problema das embalagens de vidro?
Hoje, no Brasil, 38% do nosso volume de cerveja é retornável. Comparado com outros participantes do mercado, estamos mais ou menos 15 pontos percentuais à frente.

O grande desafio aqui é a conveniência do consumidor. Hoje, tem gente morando em 30 metros quadrados, ou seja, não tem espaço [para guardar embalagens retornáveis]. Daí esse exercício de trabalhar com a Yougreen e outras startups e empresas para direcionar e ter, por exemplo, uma coleta de vasilhames embaixo do prédio.

A Ambev está super envolvida nessas alternativas para endereçar essas conveniências e não exigir que o consumidor tenha um espaço dentro de casa para acumular.

Com relação ao PET, muito usado nos refrigerantes e outras bebidas, como está o processo de uso de reciclados?
O guaraná lançou a primeira garrafa feita com conteúdo 100% reciclado em 2012. Em 2020, fechamos 80% das nossas garrafas de guaraná feitas com 100% de material reciclado.

Mas ainda precisamos trabalhar no interesse da cadeia do plástico pela reciclagem, para que o PET seja um material mais atrativo para os catadores. No Carnaval de 2020, por exemplo, coletamos resíduos — e transformamos em lixeiras neste ano.

Usar mais plástico ou vidro reciclado na indústria exige muita mudança estrutural?
O conteúdo reciclado vem na cadeia antes do nosso fornecedor direto. É a fábrica de alumínio, por exemplo, que faz placas com material reciclado. A gente compra esse material e usa para transformar em lata. Dentro da Ambev, precisamos fazer testes e aprovar para que aquilo seja comercialmente viável, inclusive por contato com o alimento.

Como reduzir as emissões de carbono em 25% ao longo da cadeia de valor?
Estamos evoluindo bem nessa meta desde que começamos a mudar nossa matriz energética em 2013. Quando falamos em escopo 1 (que são as emissões diretas), já reduzimos em 63%. Isso inclui, por exemplo, o uso de biomassa e biogás em algumas caldeiras. Onde é possível, a gente usa. Mas existem algumas coisas que ainda não são viáveis.

No escopo 2 (emissões indiretas relativas ao consumo de energia) estamos trabalhando com a energia renovável e, agora, estamos olhando com mais cuidado para carbono escopo 3 (emissões indiretas em geral), porque vimos que se nós não exigirmos de alguns fornecedores, eles podem não se movimentar.

Esse tipo de transição em caldeiras, por exemplo, exige mudança de infraestrutura da indústria?

Dependendo do caso precisa de alguns ajustes. Mas o que fazemos obrigatoriamente são testes.

Na primeira fase da nossa aceleradora, a 100+, aceleramos uma startup que usa resíduo urbano para fazer briquetes que aquecem nossas caldeiras e geram vapor. Fizemos testes para ver se essa emissão não é mais prejudicial, quais gases são emitidos, se deixa um excesso de resíduo que pode comprometer em médio e longo prazo o uso da caldeira…

A gente não faz nada sem testar se a longo e médio prazo isso é sustentável.

O custo de incluir a sustentabilidade na operação é mais alto?

No passado, muitas alternativas mais sustentáveis eram muito mais caras. Hoje em dia isso está muito melhor e há coisas que são bem competitivas ou até mais baratas. Porém, há coisas que são mais caras mas, por questão de sustentabilidade, optamos por fazer. Usar material reciclado, por exemplo, muitas vezes é mais caro. Mas é algo que faz sentido.

Qual o papel da aceleradora 100+ nesse caminho da sustentabilidade?
A aceleradora foi criada junto com as nossas metas. Sabíamos que eram metas ambiciosas e que não íamos conseguir atingi-las sozinhos.

Então, a ideia é trazer empreendedores e startups com ideias que enderecem os principais problemas socioambientais atuais, nos auxiliem a atingir essas metas; em troca a gente oferece gestão e treinamento

Já aceleramos a Green Mining, de logística reversa; a Deink, que tem uma tecnologia para extrair a tinta do shrink, o plástico que envolve o pet e as latinhas, e tornar esse plástico reciclável para voltar a ser shrink; a Agrosmart, que está criando um algoritmo preditivo para identificar onde há problema na safra e permitir uma atuação bem localizada do produtor…

Como a sustentabilidade se organiza dentro da Ambev?

A sustentabilidade está espalhada pela companhia inteira. Tem pessoas com metas de sustentabilidade e pessoas com iniciativas de sustentabilidade, que não necessariamente são metas. O ESG é multidisciplinar, vai do departamento de compras até as cervejarias.

Neste ano, iniciamos um comitê de ESG, primeiro para ter uma conscientização. Então, trouxemos todo mundo para o conhecimento, mostramos os nossos gaps e temos conversas constantes com investidores que nos dão feedback.

Como a sustentabilidade se organiza dentro da Ambev?

A sustentabilidade está espalhada pela companhia inteira. Tem pessoas com metas de sustentabilidade e pessoas com iniciativas de sustentabilidade, que não necessariamente são metas. O ESG é multidisciplinar, vai do departamento de compras até as cervejarias.

Neste ano, iniciamos um comitê de ESG, primeiro para ter uma conscientização. Então, trouxemos todo mundo para o conhecimento, mostramos os nossos gaps e temos conversas constantes com investidores que nos dão feedback.

Fonte: https://www.projetodraft.com/sustentabilidade-harmoniza-com-cerveja-entenda-como-a-ambev-trabalha-para-reduzir-o-impacto-ambiental-de-sua-operacao/

Corona é a 1ª marca global de bebidas neutra em resíduos plásticos

Corona acaba de se tornar a primeira marca global de bebidas neutra em resíduos plásticos, o que significa que hoje a cerveja da Ambev recupera e recicla mais plástico do que coloca no mundo. Anunciado durante a Semana dos Oceanos, o avanço faz parte do objetivo da cerveja em ser líder em sustentabilidade em produtos de consumo embalados e é o mais recente de seus esforços de longa data para ajudar a proteger os oceanos e as praias do mundo da poluição por plástico.

A conquista acontece depois de uma extensa avaliação das operações globais de Corona de acordo com as Diretrizes Corporativas de Gestão de Plásticos 3RI da South Pole, consultoria internacional líder em soluções de sustentabilidade, medindo desde o uso restante de plástico da marca em todos os seus produtos até a revisão de sua logística e distribuição. O processo também seguiu o Padrão de Redução de Resíduos Plásticos da Verra Plastic, líder global no enfrentamento a desafios ambientais e sociais, para calcular o impacto das atividades de mitigação de plástico de Corona, incluindo um grande investimento no México Recicla, projeto e instalação de reciclagem no México.

“Como uma marca nascida na praia e profundamente conectada com a natureza, Corona tem a responsabilidade de fazer todo o possível para ser uma aliada do nosso meio ambiente e dos nossos oceanos”, conta Felipe Ambra, Vice-Presidente Global de Marketing da Corona. “Mas não podemos fazer isso sozinhos, por isso criamos Plastic Reality (Realidade do Plástico), uma experiência de realidade aumentada que permite que as pessoas vejam seu consumo anual de plástico dentro de suas próprias casas. Visualizar nosso consumo de plástico de um ano inteiro na nossa própria sala é realmente revelador, então esperamos que isso possa inspirar as pessoas a reduzirem seu uso e reavaliarem seu impacto ao meio ambiente”, completa.

Em Plastic Reality, os usuários têm acesso a uma estimativa de seu consumo anual de plástico depois de responderem a algumas perguntas básicas sobre seus hábitos. Essa pegada é visualizada por meio de pedaços de plástico introduzidos virtualmente no espaço físico. A ferramenta ainda abre um portal virtual para uma praia poluída e mostra os efeitos dessa poluição na natureza, a fim de motivar o público a agir. É possível participar da experiência gratuitamente em www.PlasticReality.com, selecionando sua região para visualizar o conteúdo em português.

“Corona está estabelecendo um alto padrão para a indústria. Seus esforços contínuos de redesenho de produto vão eliminar progressivamente o plástico de que não precisam e seu investimento no México Recicla vai até além do que é necessário para lidar com sua pegada plástica atual, o plástico que acaba se perdendo na natureza. Os parabenizamos por reduzir o uso de plástico e fortalecer a infraestrutura de coleta e reciclagem no México, sem a qual a visão de uma economia circular não seria possível “, comenta Irene Hofmeijer, Consultora Sênior para Plásticos na South Pole.

Na jornada para eliminar inteiramente seu consumo de plástico, uma das iniciativas de Corona é o Desafio Livre de Plástico (Corona Plastic-Free Challenge), que busca empreendedores de todo o mundo para ajudar a encontrar novas ideias ou tecnologias para reduzir ou eliminar o plástico restante da cadeia de abastecimento. Lançado em 2019 no Brasil, o projeto teve sua segunda edição anunciada em maio deste ano. “Saudamos esse primeiro e importante passo de Corona em direção à retirada do plástico de sua cadeia de fornecimento”, comenta Richard Hill, CEO do movimento global Ocean Generation. “A neutralidade em resíduos plásticos demonstra o reconhecimento de Corona sobre a pegada de consumo deixada por seus produtos no planeta e a série de passos práticos que a marca está começando a adotar para que essa mitigação aconteça. Estamos ansiosos para trabalhar com Corona para alcançar seu objetivo final, que é não deixar nenhum plástico na natureza”.

Até agora, Corona conduziu globalmente mais de 1,4 mil ações de limpeza, engajando 68 mil voluntários e coletando plástico de mais de 44 milhões de m² de praias. No Brasil, já foram mais de 25 limpezas desde 2019, limpando 1,2 milhão de m² de praias e recolhendo mais de 5,4 toneladas de lixo descartados de forma irregular na natureza. Em parceria com a Green Mining e a Precious Plastic, a cerveja ainda abriu em fevereiro deste ano as estações Protect Paradise, com dois containers instalados em Fernando de Noronha (PE) e Trancoso (BA) para coleta, reciclagem e transformação de plástico, cada uma com capacidade para processar até 1,5 tonelada de plástico por mês. Em maio, foi anunciada oficialmente como um dos patrocinadores de Voz dos Oceanos, a nova expedição dos velejadores da Família Schurmann que, durante dois anos, vai atuar para dar visibilidade à causa da poluição marítima, especialmente em decorrência do plástico. Também a partir de hoje, lança junto à marca carioca Levh Rio uma collab exclusiva de roupas femininas, que inova ao transformar plástico e redes de pesca em tecidos reciclados de alta qualidade.

Fonte: https://d.arede.info/cotidiano/380972/corona-e-a-1-marca-global-de-bebidas-neutra-em-residuos-plasticos

Grupo HEINEKEN oferece vagas, mentoria e workshop ao público LGBTQIA+

A segunda maior cervejaria do País, o Grupo HEINEKEN no Brasil, com o propósito de incentivar cada vez mais a diversidade, participa pela segunda vez da Feira DIVERS/A, evento que conecta empresas a jovens profissionais lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais.

Veja também:

As inscrições estão abertas para estudantes, recém-formados e jovens profissionais pelo site www.feiradiversa.com.br/. O Programa de Mentoria Feira DIVERS/A, que terá duração de seis meses com encontros de julho a dezembro, uma vez por mês ou mais, contará com um time forte e aliado à comunidade LGBTQIA+. A 7ª edição da feira acontecerá entre 31 de maio e 4 de junho, justamente para celebrar o mês do Orgulho LGBT+.

“Estamos muito felizes de participar mais uma vez da Feira DIVERS/A, por ser uma oportunidade rica de conexão com este público, para o qual queremos dar cada vez mais espaço de desenvolvimento e pertencimento dentro de nossa companhia. Para nós, a diversidade e a inclusão são fundamentais quando falamos de gestão de pessoas, pois reflete diretamente o nosso valor respeito e é peça-chave para garantirmos um futuro sustentável para o nosso negócio e para a comunidade”, conta Andréa Bianchi, Diretora de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações do Grupo HEINEKEN.

SERVIÇO

Feira DIVERS/A

Datas: de 31/05 a 04/06

Inscrições: Feira DIVERS/A online

Site do evento: www.feiradiversa.com.br/

Fonte: https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/grupo-heineken-oferece-vagas-mentoria-e-workshop-ao-publico-lgbtqia