Em todo o país, já são mais de 1.700 estabelecimentos. As informações fazem parte do anuário da cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. O crescimento faz com que as empresas procurem cada vez mais profissionais para atuar no setor.
Em entrevista ao canal da TV TEM, o presidente executivo do @sindicerv, @mrmaciel, repercutiu o crescimento do setor cervejeiro no Brasil e no Estado de São Paulo. A unidade federativa é líder no ranking de cervejarias, com 387 estabelecimentos registrados, 16.528 marcas registradas e 12.319 produtos registrados.
Para ampliar a atuação como entidade representativa de toda a cadeia produtiva da cerveja e reforçar ainda mais a contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV recebe a cervejaria Hocus Pocus como sua mais nova associada.
“É com prazer e alegria que recebemos a cervejaria Hocus Pocus entre nossas associadas. Uma parceria que celebra a união da categoria para fortalecer as agendas prioritárias da entidade, como o consumo responsável, a preservação do meio ambiente, a diversidade e a reforma tributária”, afirma o Presidente Executivo do Sindicerv, Márcio Maciel.
A Hocus Pocus é uma cervejaria artesanal do Rio de Janeiro que surgiu em 2014. O nome inspirado no encantamento utilizado por mágicos do século 16 reflete o espírito da empresa, com rótulos cheios de personalidade e bebidas produzidas com ingredientes selecionados e técnicas de produção avançadas.
Foi eleita a melhor cerveja do Brasil pelos usuários da plataforma Untappd, e já ganhou duas vezes o prêmio de melhor cerveja do Mondial de la Bière, na votação do público. Em 2019 a cervejaria finalizou a construção de sua fábrica própria na cidade de Três Rios (RJ), com capacidade de produção de aproximadamente 50 mil litros por mês.
“A parceria com o SINDICERV irá multiplicar as possibilidades de transformarmos mais ideias em realidade, contratar e treinar mais magos, chegar em novos territórios e fazer mais cervejas novas e fomentar ainda mais o ecossistema cervejeiro”, afirma a CEO da Hocus Pocus, Alida Walvis.
Mercado em expansão
O setor cervejeiro no Brasil cresceu quase 12% no ano passado. Em todo o país, são 1.729 cervejarias registradas, segundo o Anuário da Cerveja 2022, do Ministério da Agricultura.
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o SINDICERV.
O setor em números
A cadeia produtiva da cerveja contribui com mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e geração de 2% do Produto Interno Bruto Nacional. Em números, a cadeia gera mais de R$ 27 bilhões em salários e é responsável por mais de R$ 49,6 bilhões (base 2022) de tributos por ano, sendo um dos principais colaboradores para o crescimento do Brasil.
Sobre o Sindicerv
O Sindicato Nacional da Industria da Cerveja é a entidade que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contribuam com o desenvolvimento da indústria e suas respectivas cadeias produtivas.
Mais uma edição do Anuário da Cerveja foi divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) durante o evento ‘Confraria Sindicerv: Números do Setor’. Os dados, referentes ao ano de 2022, mostram que o setor cervejeiro cresceu 11,6%, com a abertura de 180 novos estabelecimentos. Ao todo, o Brasil registra 1.729 cervejarias.
Não houve diminuição do número de estabelecimentos em nenhuma unidade da Federação. O destaque vai para Minas Gerais que, com aumento de 33 cervejarias registradas, superou Santa Catarina em 2022 e alcançou a terceira posição no ranking com 222 estabelecimentos. São Paulo se mantém como o primeiro Estado com maior número de cervejarias registradas, com total de 387 estabelecimentos, seguido do Rio Grande do Sul com 310 cervejarias.
Segundo o levantamento, a tendência de concentração de cervejarias na região Sudeste permanece, apresentando 798 estabelecimentos registrados, o que representa 46,2% do total de cervejarias do Brasil. Já a região que teve o maior crescimento relativo no ano foi a Norte, que apesar de contar apenas com 36 estabelecimentos, apresentou 20% de aumento no número de estabelecimentos registrados em comparação a 2021.
O número de municípios com pelo menos uma cervejaria também aumentou e agora um a cada oito municípios brasileiros possuem pelo menos uma cervejaria registrada. Isso quer dizer que são 722 municípios brasileiros com pelo menos uma cervejaria, o que representa um aumento da dispersão em 7,4% se comparado a 2021, quando havia ao menos uma cervejaria em 672 municípios brasileiros.
O Acre, Amapá e Roraima seguem sendo as únicas unidades federativas que possuem apenas um município com presença de cervejaria.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância do setor cervejeiro para a economia nacional. “O setor é muito relevante, e os números apresentados aqui hoje mostram isso. O Mapa está aberto para que possamos continuar tendo números impressionantes”, disse.
Mercado em expansão
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV.
Para o Presidente Executivo do SINDICERV, Márcio Maciel, os números comprovam o potencial do mercado do setor cervejeiro nacional, que demonstrou evolução, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, marcado por taxa de juros em alto patamar e expectativa de inflação em elevação.
“A cadeia produtiva da cerveja contribui com mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos e geração de 2% do Produto Interno Bruto Nacional. Para cada emprego em uma cervejaria são criados 34 novos postos de trabalho em toda a cadeia produtiva, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para SINDICERV. Em números, a cadeia gera mais de 27 bilhões em salários e é responsável por mais de R$ 49,6 bilhões (base 2022) de tributos por ano, sendo um dos principais colaboradores para o crescimento do Brasil.
Para o presidente da ABRACERVA – Associação Brasileira de Cerveja Artesanal, Gilberto Tarantino, os dados do Anuário refletem a maturidade do mercado de cerveja artesanal e o poder empreendedor das micro, pequenas e médias cervejarias.
“Seguimos crescendo, estamos cada vez mais presentes no território nacional e movimentando a economia local. A enorme quantidade de produtos e marcas ilustram o alto poder de inovação deste segmento”, afirma.
Densidade cervejeira
O Brasil possui uma cervejaria registrada para cada 123.376 habitantes. A marca representa um aumento de 10,4% na densidade cervejeira do país, que em 2021 era de 137.713 habitantes para cada estabelecimento.
Santa Catarina é a unidade da Federação em que os habitantes estão mais bem servidos com cervejarias, alcançando a primeira posição com a marca de um estabelecimento para cada 34.132 habitantes. Já São Paulo, apesar de ser o estado com maior número de estabelecimentos, se encontra na sexta posição, por ser mais populoso, apresentando uma cervejaria para cada 120.540 habitantes, valor próximo ao nacional.
Em relação aos municípios, essa é a primeira vez que uma cidade apresenta densidade cervejeira abaixo de mil habitantes por estabelecimento. Tal feito foi alcançado por Linha Nova/RS, o município com a mais alta densidade cervejeira no Brasil, apresentando uma cervejaria para cada 862 habitantes. O município conta com 2 cervejarias, para um total de 1.724 habitantes.
Registros de Produtos
As cervejarias brasileiras alcançaram 42.831 produtos e 54.727 marcas de cerveja. Em relação a novos produtos, houve um crescimento de 19,8 % ao total de produtos registrados que havia em 2021, o que representa 7.090 produtos a mais.
A exemplo do que ocorre para estabelecimentos registrados, há uma concentração de registros de produtos nas regiões Sul e Sudeste, com a marca de 91,8% de todos os produtos registrados em cervejaria do país.
São Paulo lidera como o estado com maior número de marcas nos registros de cerveja (16.528) e maior número de produtos registrados (12.319) e, também, como o município com maior quantidade de registro de cervejas (1.817).
“Houve avanços significativos no processo regulatório dos últimos anos, inclusive com modernização dos padrões de identidade e qualidade da cerveja, o que proporcionou um incremento significativo no número de registros de produtos e de cervejarias. Como resultado, temos benefícios direto ao setor, conforme números retratados no anuário, e também aos consumidores que têm acesso a uma gama de produtos diferenciados, aproveitando ingredientes regionais e tipicamente brasileiros”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
Geração de Empregos
O setor cervejeiro no Brasil é historicamente relevante para economia nacional, gerando mais de 42 mil empregos diretos.
A região sudeste detém 57,8% dos empregos diretos, seguida das regiões Nordeste e Sul com, respectivamente, 16,8% e 14,7%. Na sequência temos o Centro-Oeste com 7,1% e a região Norte com apenas 3,7%.
O evento contou com o apoio institucional da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal – ABRACERVA, da Federação Brasileira das Cervejas Artesanais – FEBRACERVA, da ABRALATAS – Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro, da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo – APROLÚPULO, e da ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
As variações de sabores, texturas e aromas tornam a cerveja uma bebida única. A partir de diferentes métodos de fabricação é possível agradar diferentes paladares e ocasiões. A Stout, por exemplo, é produzida com alta fermentação e o aspecto encorpado e coloração escura desse tipo de cerveja a torna perfeita para temperaturas mais frias
Originária da Irlanda, a Stout, que em alemão significa forte, é feita com cevada torrada, tem um gosto marcante, associando o amargo do lúpulo ao adocicado do malte e harmoniza com diversos tipos de pratos: desde carnes grelhadas e queijos a sobremesas com chocolate.
“No mercado brasileiro temos à disposição diversos rótulos de cerveja Stout, inclusive incorporando novos ingredientes pensando no paladar do consumidor nacional, como café, cacau, baunilha e manjericão”, destaca o presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV, Márcio Maciel.
Confira os diferentes tipos de cerveja no site do Sindicerv
Se você gosta de uma bebida leve e para beber bem gelada, a Pilsener é para você. A bebida que lidera a preferência entre os brasileiros – chega a 98% do total ingerido, agrada pelo sabor leve, refrescante e coloração clara.
“Por ser um país tropical, com clima predominantemente quente, a cerveja Pilsen é mais consumida no Brasil. Atrás dela estão as do tipo Bock, Light, Mazbier e Stout”, explica o presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV, Márcio Maciel.
A cerveja do tipo Pilsener nasceu em Pils, na Tchecolováquia, em 1842 e também é a mais conhecida e consumida no mundo.
Confira os diferentes tipos de cerveja no site do Sindicerv
Sobre o Sindicerv
O Sindicato Nacional da Industria da Cerveja é a entidade que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contribuam com o desenvolvimento da indústria e suas respectivas cadeias produtivas.
O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado nesta segunda-feira (5). A data foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. A agenda de crescimento e desenvolvimento ambiental do Brasil é um compromisso prioritário da indústria da cerveja.
Para alcançar uma economia de baixo carbono, as associadas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV já adotam o uso de tecnologias limpas, como a geração de energia fotovoltaica e eólica e processos produtivos mais eficientes, implementados na produção, distribuição e engajamento da cadeia de valor da cerveja por redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
“O setor avança na implementação de iniciativas voltadas à preservação dos recursos naturais e transição para energia renovável. Até o fim do ano todo o processo de produção da cerveja nas fábricas das associadas será 100% abastecido com energia limpa. Além disso, temos o compromisso de zerar as emissões de carbono, em toda cadeia de valor até 2040, explica, o presidente executivo do SINDICERV, Márcio Maciel.
O setor tem trabalhado na diversificação das fontes de energia elétrica, tais como por solar, eólica e térmica e na substituição de combustíveis fósseis, como gás natural e óleo BPF, e de energia elétrica não renovável, por eletricidade de fontes renováveis, como biomassa, óleo vegetal e biogás.
Na geração de energia eólica, as associadas têm em funcionamento um parque no Ceará com 14 turbinas, e a construção de outro na Bahia, que juntos devem atingir 202 mil MWh por ano para produção e fornecimento de energia. A medida deixará de emitir 32 mil toneladas de CO2 por ano, o equivalente à retirada de mais de 50 mil veículos de circulação das ruas do país.
Na distribuição, mais de 200 caminhões elétricos já estão em operação no país com veículos abastecidos por energia renovável gerada por suas indústrias ou por compra de energia renovável certificada. Até 2025, a frota será de 2600 caminhões.
Em bares e restaurantes, a indústria investe em programas para conectar e levar aos estabelecimentos fontes de energia renovável de maneira acessível e descomplicada. Já são mais de 6.500 parceiros cadastrados. A medida ajuda a reduzir as faturas de energia dos estabelecimentos parceiros em no mínimo 10%.
Nos pontos de vendas onde estão presentes produtos das empresas associadas ao Sindicerv, 100% dos refrigeradores já seguem os padrões globais de eficiência, o que trouxe uma redução de 50% no consumo de energia e emissão de carbono na ponta.
Sobre o Sindicerv
O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja é a entidade que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contribuam com o desenvolvimento da indústria e suas respectivas cadeias produtivas.
As grandes cervejarias projetam um ano positivo para 2023, com crescimento do mercado, investimento e chegada de novos produtos. Considerando as micro e pequenas fábricas, o Brasil tem mais 1.500 cervejarias em funcionamento atualmente, com perspectiva de chegar a 1.600 ainda neste ano. O setor foi um dos poucos que manteve o crescimento mesmo durante a pandemia da covid-19, e viu um aumento de 8% nas vendas do produto no ano passado. Além disso, o Brasil é o terceiro maior consumidor da bebida no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, em segundo, e da China, em primeiro.
Ao Correio, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria das Cervejas (Sindicerv), Márcio Maciel, conta que o mercado passa por uma diversificação em nichos, com as empresas mirando setores específicos como as cervejas sem álcool, low carb e premium. O sindicato representa fabricantes de grande porte, como a Ambev e a Heineken.
Segundo Maciel, as cervejarias vêm de um crescimento nas vendas desde 2017, e o cenário deve se manter positivo nos próximos anos, com empresas investindo no mercado brasileiro e pensando em trazer novos produtos ao país. Ele enfatiza, porém, que a reforma tributária é importante para o setor, principalmente a simplificação dos tributos. Os altos nível de taxação impactam o setor. Uma lata de cerveja contém cerca de 56% de impostos, por exemplo. Leia, a seguir, os principais pontos da entrevista.
Setor em expansão
O setor de cervejas no Brasil está vindo de alguns anos com um crescimento bom. No último ano, a gente teve um crescimento de 8% em volume. De 2018 para cá, a gente tem tido uma recuperação relevante. Saltamos, nos últimos 10 anos, segundo o Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura, de 157 cervejarias no Brasil para 1.549. Temos a expectativa de passar de 1.600 neste ano. A gente ainda espera ter um crescimento para 2023, e as perspectivas são boas. Não deve ser tão vigoroso quanto foi nos últimos anos, mas a expectativa é, sim, de um crescimento relevante.
Nichos
Estamos começando a ver também o setor da cerveja cada vez mais se dedicando aos nichos. Há todo tipo de cerveja: parecida com champanhe, misturada com café, com frutas cítricas — que inclusive é um tipo exclusivamente brasileiro. São cervejas para todas as categorias de pessoas que querem beber, desde as alcoólicas até as sem álcool. Você tem as que a gente chama de low cost, as mais populares, até as com preços muito mais altos, que se assemelham a vinhos e outros tipos de bebidas.
Zero álcool
O setor de low and no (com baixo teor ou sem álcool) deve crescer bastante. Há uma década, o pessoal bebia cervejas zero álcool e dizia ‘pô, não é a mesma coisa’. A inovação no setor foi tão forte que hoje tem cerveja zero álcool que é cerveja mesmo. Ao fim do processo de produção, é adicionada uma nova etapa que retira o álcool por diferentes formas, algumas por evaporação, outras usando um tipo específico de lúpulo. No Brasil, de 2019 para cá, a gente praticamente triplicou o volume de cervejas zero sendo vendidas. A gente saiu de 140 milhões de litros para 390 milhões no fim do ano passado.
Moderação
Quem bebeu uma cerveja zero recentemente viu que é igual a uma tradicional. Isso é muito bom. Permite que as pessoas que não podem ingerir álcool, ou não querem, possam ter a oportunidade de participar de uma celebração. Por exemplo, vou em um happy hour, mas vou dirigir depois. Posso tomar um produto que não vai me colocar em risco dirigindo. A gente diz muito no setor que, hoje em dia, a cerveja zero álcool é um convite à moderação, tema que as cervejarias trabalham há décadas. A gente deu mais essa ferramenta para o consumidor. Mundialmente, segundo a Worldwide Brewing Alliance, é um mercado que deve crescer em pelo menos um terço até 2025. O mercado está estimado em US$ 10 bilhões.
Cerveja low carb
Temos também as cervejas que a gente chama de low carb, que têm menos álcool e menos calorias, outro perfil de cervejas. A média de teor alcoólico é de 4,5%. Essas cervejas low estão em torno de 3% e com baixa caloria, normalmente menos de 70 kcal. Então são cervejas para você tomar saindo da academia, querendo algo para se hidratar, porque, querendo ou não, 96% da cerveja é água. Para quem tem esse estilo de vida mais fitness, quer consumir menos calorias, é um mercado que está crescendo em todo o lugar do mundo.
Reforma tributária
O setor é totalmente apoiador da reforma tributária e de todas as reformas estruturantes que melhorem a qualidade de vida do brasileiro, a capacidade de você gerar emprego, gerar renda, e produzir aqui no Brasil. O setor cervejeiro — e os números mostram isso — é parceiro da retomada econômica do Brasil. Na nossa cadeia produtiva são gerados mais de 2 milhões de empregos, do campo à mesa. O que for ajudar esse mercado a gerar mais empregos, é positivo.
Imposto simplificado
Na nossa avaliação, está sendo discutida hoje uma reforma que foca em melhores práticas internacionais. Simplificar sem aumento de carga funciona no mundo inteiro, então tem que funcionar no Brasil também. É totalmente inviável que, nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) você tenha 160 horas gastas por ano com compliance tributário, e no Brasil você tenha, em média, 1.500 horas. Imagine o custo que está envolvido.
Prejuízo geral
Esse é o cenário para as grandes produtoras de cerveja, que a gente representa. Mas as micro, pequenas e até médias cervejarias também sofrem com esse problema. Óbvio que com uma grandeza diferente. Tem uma pesquisa recente pelo Guia da Cerveja mapeando o cenário das micro e pequenas cervejarias no Brasil. 37% delas colocam a questão tributária como o principal problema. ‘Ah, mas eles não estão na reforma tributária, eles estão no Simples’. Mas até quem está no Simples tem problema com o nosso cenário atual.
Projeções
As grandes cervejarias, talvez em um ritmo um pouco menor, vão continuar crescendo. Olhando as micro e pequenas, mais da metade delas ficaram no zero a zero em 2022, não obtiveram lucro. Isso é problemático para um setor que tem 1.600 cervejarias. A expectativa para 2023 é que esse cenário se reverta e elas acompanhem o crescimento das mainstreams de fora geral. Há uma expectativa de mais de 80% das micro e pequenas cervejarias de fato terem um crescimento para este ano. O nosso principal ponto de venda, que são bares e restaurantes, 33% segundo pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) estão com perspectiva de contratar em 2023, o que é superpositivo. E a gente tem um ano cheio de eventos. Temos vários festivais, e 2023 foi o melhor carnaval de todos os tempos, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Mais de R$ 8 bilhões foram gerados na economia. A expectativa do setor é que seja um ano bom.
Investimentos
A expectativa é de que produtos novos, presentes em outros países, cheguem ao Brasil ao longo deste ano. O setor está investindo bastante. Uma associada nossa, neste mês, anunciou uma expansão com investimento de mais de R$ 2 bilhões em Pernambuco, em uma fábrica. Outra vai lançar a pedra fundamental de uma fábrica em Minas Gerais, com investimento de mais de R$ 1,8 bilhão. O pessoal está investindo no Brasil, porque entende que é um mercado que vai crescer.
Eles fazem parte de uma força de trabalho estimado entre 600 mil e 1 milhão de trabalhadores, conhecidos como catadores de lixo reciclável, no País. Estima-se que 90% do material reciclado que retorna para a indústria, passa pelas mãos desses profissionais, que atuam na coleta, separação e venda, como meio de vida ou complemento de renda.
Em um País que só em 2022 produziu 81,8 milhões de toneladas de lixo e reciclou apenas 4%, reconhecer a importância e o valor ambiental, econômico e social dos catadores é fundamental, principalmente no mês em que se comemora o Dia Mundial da Reciclagem, no dia 17 de maio.
Para valorizar essa categoria tão importante para o setor cervejeiro, que tem entre suas prioridades a economia circular, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – SINDICERV conversou com Roberto Rocha, presidente da Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT).
“A indústria da cerveja tem preocupação ambiental e diálogo com quem está na ponta, como os catadores. Entendemos que o setor tem bons projetos que contribuem para a recuperação das embalagens, fazendo com que parte dos materiais voltem as linhas de produção das empresas”, afirma o dirigente.
Há 30 anos, Roberto se dedica a buscar soluções, parcerias e políticas públicas para o fortalecimento dos catadores. A ANCAT é uma associação sem fins lucrativos que atua pelo avanço e a profissionalização da categoria organizada em cooperativas e associações, além de contribuir para o trabalho dos catadores que atuam nas ruas, aterros sanitários e em lixões no Brasil, realidade que ele conhece de perto.
Tudo começou nas ruas, quando aos 19 anos, Roberto iniciou suas andanças como catador. A discriminação sofrida por exercer essa prática o impulsionou a ir em busca de mudanças. Desde então, ele construiu uma trajetória de luta em prol da categoria. Fundou a cooperativa CRUMA, em Poá, São Paulo, participou na construção do Movimento Nacional de Catadores (MNCR), da criação da Rede de Cooperativas CataSampa e atualmente pleitear a presidência da ANCAT. “Somos trabalhadores invisíveis, mas que graças a nosso trabalho e dedicação, a profissão de catador passou a ser reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações”, orgulha-se.
Atualmente, além de ter se tornado uma referência nacional no debate sobre a gestão de resíduos sólidos e de visibilidade dos catadores, Roberto Rocha tem atuado de forma efetiva para estabelecer políticas públicas em prol da reciclagem, logística reversa e direitos dos profissionais da catação, buscando incluí-los de forma cada vez mais justa na cadeia produtiva. Além de buscar trazer reconhecimento ao fato de que sua atuação não se limita à coleta dos resíduos, mas contribuem também com um serviço de educação ambiental, ainda que a remuneração hoje esteja garantida apenas na ponta, na venda dos materiais, e não nesse processo como um todo.
“O trabalho realizado pelos catadores está totalmente alinhado com as propostas que são a base do ESG. E isso pode ser melhorado. Tanto no trabalho de recuperação de embalagens, parte importante das boas práticas ambientais, como no aspecto do social, que se refere a melhores condições de trabalho e renda”, finaliza do dirigente.
A reciclagem é das mulheres
As mulheres são a maioria dentro das organizações de catadores. De acordo com dados do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), as mulheres são maioria entre os catadores, representando 70% dos 800 mil trabalhadores em atividade no Brasil.
Confira outras informações sobre o setor no Atlas Brasileiro da Reciclagem, no site.
Sobre o Sindicerv
O Sindicato Nacional da Industria da Cerveja é a entidade que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contribuam com o desenvolvimento da indústria e suas respectivas cadeias produtivas.
O Dia Mundial da Saúde, celebrado todos os anos em 7 de abril, em comemoração ao aniversário de fundação da Organização Mundial da Saúde, neste ano terá como tema “Saúde para Todos”. Na data do 75º aniversário da OMS, a preocupação em torno da saúde pública mobilizará toda a sociedade em torno do enfrentamento dos desafios de hoje e de amanhã. Para a indústria brasileira da cerveja o consumo responsável da bebida mais apreciada no País é uma das principais prioridades do setor.
Para enfrentar os malefícios causados pelo consumo excessivo álcool para a saúde, as associadas do SINDICERV – Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja, que representam 80% da produção nacional de cerveja, têm atuado ativamente na educação e engajamento dos consumidores, com cursos e treinamentos em eventos por todo o país..
As associadas foram pioneiras em desenvolver e patrocinar as principais iniciativas no país de combate à venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, para quem vai dirigir ou quem tenha restrições ao consumo de álcool.
“Oferecemos cursos ou treinamentos em alguns dos mais importantes eventos no calendário festivo nacional, em parceria com diversos segmentos da sociedade e do mercado, como médicos, ONGs, artistas, influenciadores digitais, redes varejistas, bares e restaurantes. O objetivo é conscientizar todos os consumidores, por isso, lideramos as pautas ligadas ao consumo responsável”, afirma o Presidente Executivo do SINDICERV, Márcio Maciel.
Ações das associadas
A Ambev tem, entre suas metas, o investimento de, no mínimo, US$ 1 bilhão em campanhas e programas de conscientização até 2025.
Seus programas de conscientização são: Dia de Responsa – data simbólica que mobiliza mais de 30 mil funcionários em visitas em mais de um milhão de Pontos de Venda na conscientização e treinamento sobre o consumo inteligente.
Por meio da cultura, do esporte e do lazer, o Projeto NA RESPONSA colabora diretamente na formação de uma juventude mais saudável. O programa atua em parceria com diversas ONGs em todo o Brasil e tem como objetivo conscientizar famílias e jovens menores de 18 anos em comunidades de baixa renda.
Já o Grupo HEINEKEN, tem 10% de seu orçamento anual de mídia investido na plataforma de consumo responsável. A plataforma Day After Project tem foco na conscientização e na promoção de mudanças reais de comportamento nocivos ao uso de álcool e o Projeto WeLab, para jovens de 18 a 24 anos, tem foco em trazer experiência de autoconhecimento e mudança positiva de comportamento no consumo de bebidas alcoólicas.
Cerveja zero álcool em alta
A busca pelo consumo responsável impulsionou as vendas da categoria “não alcoólicas” que foi uma das mais bem-sucedidas nas vendas ao varejo, nos últimos anos. Segundo levantamento da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International para o Sindicerv esse segmento registrou volume de 390, milhões de litros em 2022, um aumento em 37% em relação a 2021.
A crescente busca do consumidor por um estilo de bebida mais leve e equilibrado e os investimentos do setor em inovação e oferta do produto impulsionaram a categoria.
Redução do Consumo Nocivo de Álcool
O uso excessivo de álcool é um ponto de atenção global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 3 milhões de pessoas morrem anualmente pelo consumo nocivo, além das inúmeras consequências adversas causadas para a saúde.
Desde 2010, o Brasil tem empenhado esforços significativos a favor do consumo responsável e moderado de bebida alcóolica. Em dez anos do lançamento da Estratégia Global para Reduzir o Uso Nocivo de Álcool, em diminuir em 10% o consumo nocivo da substância até 2025, o Brasil apresenta avanços em indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo relatório do Centro de Informações Sobre Álcool e Saúde (CISA) – Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2021, de 2010 a 2018, o consumo de álcool per capta teve uma redução de 13% (de 8.5 litros para 7,4 litros), inferior a região das Américas (7,6 litros).
Os dados mais recentes de consumo excessivo de álcool pela população brasileira sinalizam que, ao menos neste quesito, o Brasil se aproxima de um retorno aos índices do período pré-pandemia. Em 2021, a frequência deste padrão de consumo foi de 18,3% para a população geral no conjunto das 27 capitais, indicando que, após o aumento em 2020, com prevalência de 20,9%, o consumo excessivo retornou aos patamares percebidos desde 2010.
Sobre o Sindicerv
O Sindicato Nacional da Industria da Cerveja é a entidade que representa as empresas responsáveis por cerca de 80% da produção de cerveja no Brasil. Atua continuamente para o debate de regulamentos, leis, normas, políticas públicas e práticas que contribuam com o desenvolvimento da indústria e suas respectivas cadeias produtivas.
A cerveja é a bebida que une as pessoas em todo o mundo. Está no centro das principais celebrações e seu consumo é bastante variado: em festas, happy hours, encontros, churrasco e em grandes eventos. Seja para socializar, relaxar, gerar renda e empregos, movimentar o agronegócio, apoiar o empreendedorismo e a reciclagem, a cerveja faz parte da vida dos consumidores e é um excelente indicador do desenvolvimento sociocultural. E por ser tão relevante, gostaria de propor um brinde e ressaltar à forma como a cerveja apoia as economias no Brasil e em todo o mundo.
Recente estudo realizado pela Oxford Economics para a Worldwide Brewing Alliance (WBA), associação que representa aproximadamente 90% da produção mundial, avaliou o impacto econômico global do setor cervejeiro e a contribuição para Produto Interno Bruto (PIB), empregos e impostos. Em 2019, ainda sem o reflexo da crise sanitária em 2020, a cerveja apoiou US$ 555 bilhões em PIB, uma média de 0,8% do PIB por país. A indústria também gerou mais de 23 milhões de empregos e US$ 262 bilhões em receitas fiscais para os governos.
No levantamento, a indústria da cerveja mundial foi a responsável pela geração de US$ 262 bilhões de tributos e 23,2 milhões de empregos (1 em cada 110 empregos diretos e indiretos no mundo) nos 70 países estudados, entre eles, o Brasil.
A geração de empregos diretos, indiretos e induzidos pelo nosso setor atingiu mais de 2 milhões de vagas em 2019. Isso foi equivalente a 2,1% do emprego nacional ou 98% dos empregos de Fortaleza, no Ceará.
De fato, por aqui o setor cervejeiro é um multiplicador de postos de trabalho. Segundo estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas para o SINDICERV, a cada emprego em uma cervejaria, outros 34 novos postos de trabalho são criados na cadeia produtiva, o que gera uma massa salarial de R$ 27 bilhões.
Isso sem contar que o setor da cerveja movimenta uma extensa cadeia de valor, composta pelas indústrias dos insumos e da distribuição. Está conectada com outros setores econômicos, como o agronegócio, transporte, energia, veículos, alumínio e vidro, entre outros, e que gera R$ 49,6 bilhões de reais por ano em arrecadação de impostos.
A cadeia produtiva representa 2% do Produto Interno Bruto do país, o que nos coloca no ranking de terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma produção de 15.4 bilhões de litros em 2022, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
O impacto é tão grande que o setor global de cerveja contribuiu com US$ 28,7 bilhões do valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, para o PIB do Brasil em 2019. Isso foi equivalente a 97% da economia de Porto Alegre.
Mesmo em um período tão desafiador para a indústria e economia, com as restrições impostas pela pandemia da covid-19, o mercado demonstrou evolução e foi considerado um dos setores mais importantes para garantir a retomada da economia brasileira.
O setor vem experimentando crescimentos constantes nos últimos quatro anos. Em 2022, o volume de vendas teve incremento em 8%, em comparação com 2021.
Mesmo diante do cenário macroeconômico desfavorável nos últimos anos, o setor cervejeiro nacional conseguiu expandir suas atividades. É o que revelou o último Anuário da Cerveja, publicação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em que o Brasil tem 1.549 cervejarias registradas, um crescimento de 28% em relação a 2019, quando havia 1.209 cervejarias.
Além de impulsionar a economia, a indústria também exerce um importante papel social, que o Brasil necessita para construir bases sólidas para o desenvolvimento sustentado.
No entanto, reconhecemos que o crescimento do setor deve estar sempre associado ao compromisso de garantir que os nossos produtos sejam comercializados e consumidos de forma responsável. Por isso, seguimos ampliando os investimentos em inovação e apresentando ao consumidor uma gama de opções para quem busca consumir os nossos produtos em ocasiões tradicionais em que não se deve e não se pode consumir álcool, caso da categoria da cerveja zero que teve um crescimento de 37% de 2021 para 2022.
Temos orgulho em pertencer a um setor que oferece tanto para milhares de pessoas. E acreditamos que podemos contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do nosso país e que a cerveja continue sendo essa parceira do crescimento do Brasil neste e nos próximos anos.
*Márcio Maciel é presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv)